sexta-feira, 14 de abril de 2017

Subsídio Escola dominical CPAD - Lição 03 - MELQUISEDEQUE: REI DE JUSTIÇA - 2º Trimestre 2017

MELQUISEDEQUE: REI DE JUSTIÇA
                      Texto Áureo  Hb. 7.17  – Leitura Bíblica  Gn. 14.18-19; Hb. 7.1-7


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos o caráter de Melquisedeque,
 um homem que fui usado por Deus para abençoar Abraão,
 depois de uma das suas mais importantes batalhas. Ainda 
que o patriarca tenha sido um exemplo de fé,
 passou por tempos de adversidades. Destacaremos,
 na segunda parte da aula, a figura de Melquisedeque,
 o sacerdote de justiça, e rei de Salém. Ao final,
 ressaltaremos que esse sacerdote prefigura Cristo,
 aquele que viria a oferecer um sacrifício perfeito, pelos
 pecados da humanidade.

1. A BATALHA DE ABRÃAO
Abraão não entrou na batalha por interesse particular,
 nem mesmo a fim de obter ganhos materiais (Gn. 14.22,23).
 O motivo da sua disputa foi a proteção do seu sobrinho Ló,
 que havia sido capturado, depois que este decidiu habitar
 em Sodoma (Gn. 13.10-13). Isso mostra que o patriarca não
 estava indiferente a realidade social na qual estava inserido.
 Ele sabia que as decisões humanas podiam afetar
 diretamente a realidade individual. De igual modo,
 devemos saber que as decisões políticas trazem implicações
 para a sociedade. Precisamos estar atentos ao que está
 acontecendo em nosso país, e cuidar para não ser conduzido
 pelos engodos da mídia. Abraão entrou em uma aliança com
 alguns príncipes da região, a fim de alcançar um propósito 
comum. Não estamos impedidos de fazer alianças, contanto
 que sejam éticas, e tragam benefícios para a coletividade 
(Lc. 10.25-37; Gl. 6.10). Abraão era um homem pacífico,
 mesmo assim se preparou para guerra, quando essa se fez
 necessária. A maior guerra do cristão é espiritual 
(II Co. 10.3-5), precisamos vencer o mundo através
 da fé (I Jo. 5.4), e nos revestir de toda armadura
 de Deus (Ef. 6.10-18). A principal arma do cristão
 é a Palavra de Deus, precisamos buscar a revelação
 do Senhor, a fim de destruir os sofismas humanos 
(II Tm. 3.16,17). Como soldados de Cristo, não podemos
 nos envolver com negócios deste mundo, nosso objetivo
 deve ser satisfazer àquele que nos arregimentou (II Tm. 2.4).
 Ao retornar da batalha, Abraão encontrou dois reis: Bera,
 rei de Sodoma, que ofereceu espólios da guerra, e 
Melquisedeque, o rei de Salém, que ofereceu pão e vinho.
 O patriarca rejeitou a oferta do primeiro, porque não 
queria ser influenciado pelos subornos do mundo.

2. SEU ENCONTRO COM MELQUISEDEQUE
O encontro de Abraão com Mesquisedeque está repleto de
 significados, para os quais devemos atentar. O nome
desse sacerdote-rei significa “rei de justiça”, e Salem, 
ao que tudo indica, era a antiga Jerusalém, que quer dizer paz. 
Em Hb. 7 e no Sl. 110 Melquisedeque prefigura Jesus Cristo, 
o Rei e Sacerdote Celestial (Hb. 12.11). O oferecimento de pão
 e vinho a Abraão remete à celebração da Ceia do Senhor, em
 memória do Seu sacrifício na cruz (Mt. 26.26-30). O rei de Salém
 não era um ser angelical, muito menos Cristo encarnado, mas 
um homem justo, que desfrutava de intimidade com Deus. 
Ele se encontrou com Abraão para fortalecê-lo, depois
 de uma batalha. O patriarca, em gratidão aos cuidados
 sacerdotais, entregou o dízimo a Melquisedeque (Gn. 14.20).
 Essa é a primeira menção a essa contribuição nas Escrituras, 
procedimento que se tornou comum entre os judeus (Lv. 27.30-33).
 A entrega do dízimo continua sendo uma prática observada
 pela igreja cristã. Ninguém deverá ser coagido a fazê-lo, 
pois a gratidão deve ser a maior motivação, em reconhecimento
 pela providência divina (I Co. 16.1,2). O desprendimento de
 bens em prol do rei de Deus é também uma demonstração
 de que não estamos debaixo do reino de Mamom (Mt. 6.24).
 Essa é uma manifestação de que o dinheiro não é 
nosso deus, mas que confiamos no Senhor, e em
 sua providência. Através da sua fé Abraão se tornou um 
exemplo para todos aqueles que creem. Paulo destaca 
que o patriarca creu em Deus, e isso lhe foi imputado por 
justiça (Rm. 4.1-8). A fé é o firme fundamenta das coisas
 que se esperam, mas que não são vistas (Hb. 11.1),
 somos salvos pela graça, por meio da fé, não pelas
obras da Lei (Ef. 2.8,9).

3. UM TIPO DO SACERDÓCIO DE CRISTO
Jesus é Sacerdote Eterno e Perfeito, da linhagem de
 Melquisedeque, isso porque os adeptos da religiosidade
 judaica eram incapazes de realizar plenamente o sacrifício
 (Hb. 7.19). O sangue derramado pelos animais não 
tornavam qualquer pessoa perfeita aos olhos de Deus
 (Hb. 10.1-3). Uma das restrições desse sacerdócio
 era que não poderia ser exercido por alguém da tribo
 de Judá (Hb. 7.14). Além disso, o sacerdote aarônico
 dependia apenas de um ritual religioso, que cumprisse
 os requisitos físicos e cerimoniais (Lv. 21.16-24). 
O sistema sacrifical judaico somente se tornou possível
 por causa de Cristo, o Sumo Sacerdote da tribo de Judá
 (Cl. 2.13,14; Hb. 7.18).  Ele é Sacerdote para sempre, 
segundo a ordem de Melquisedeque (Hb. 7.21). Através
 dEle a questão do pecado foi resolvida definitivamente,
 não carecendo mais de derramamento de sague de animais 
(Hb. 7.22). Jesus é um Sumo Sacerdote, que diferentemente 
dos levíticos, não é imperfeito, e muito menos temporário.
 E porque Ele é também imutável (Hb. 7.24) e inculpável
 (Hb. 7.26) podemos confiar que ele intercede para sempre 
por nós (Hb. 7.25). Por causa dEle os cristãos podem se
 achegar a Deus em oração (Hb. 4.14-16). Ele nos oferece 
graça e misericórdia, de modo que se viermos a pecar,
 temos da parte de Deus, um Advogado (I Jo. 2.1,2).
 Quando confessamos nossos pecados Ele é fiel e justo
 para nos perdoar, e nos restaurar a comunhão com
 o Pai (I Jo. 1.9). Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é
 perfeito para sempre (Hb. 7.28), e nEle podemos 
confiar que nossos pecados são perdoados, e
 temos livre acesso ao trono da graça.

CONCLUSÃO
Abraão teve um encontro profundo e pessoal com Deus,
 ao ser recebido por Melquisedeque. Esse sacerdote-rei
 de justiça prefigura Cristo, Aquele que se manifestou 
para trazer reconciliação do homem com Deus. Cada 
um de nós precisa ter um encontro com Deus, e se dispor 
a adorá-LO em espírito e em verdade (Jo. 4.24,25).
 Como Abraão, precisamos reconhecer que Deus é 
nossa maior riqueza, e nEle encontramos satisfação
 plena para as nossas vidas (Gn. 15.1), e as riquezas 
celestiais em Cristo Jesus (Ef. 1.7

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pode comentar.... Não é da Conta de ninguém!