terça-feira, 4 de junho de 2013

Subsídio para Escola Dominical - Lição 10 - A Necessidade do Culto Domestico





A NECESSIDADE E A URGÊNCIA DO CULTO DOMÉSTICO
Texto Áureo: Dt. 11.19 – Leitura Bíblica: Dt. 11.18-21; II Tm. 3.14-17

Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
O lar e a igreja são parte de um todo, por isso, o culto doméstico, como 
extensão do culto no templo, deve ser uma prática constante. Na aula 
de hoje trataremos a respeito do valor do culto doméstico, mas antes, 
mostraremos sua base bíblica, e ao final, apresentaremos algumas 
orientações prática para a realização do culto no lar. Esperamos que 
através dessa aula as famílias cristãs sejam despertadas para a 
necessidade e a urgência do culto doméstico.

1. CULTO DOMÉSTICO, A BASE BÍBLICA
A família precisa ter oportunidade de cultuar a Deus não apenas no
templo, mas também em casa, no ambiente do lar cristão. O fundamento
bíblico para o culto doméstico se encontra em Dt.11, mais especificamente
no versículo 19, no qual está escrito: “E ensinai-as a vossos filhos, falando
delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, 
e levantando-te”. A influência dos pais, na formação espiritual dos filhos, 
é atestada por Josué, ao declarar: “Mas se vos parece mal servirdes ao 
Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem
serviram os vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos 
amorroeus, em cuja terra habitais. Porém, eu e a minha casa serviremos
ao Senhor” (Js. 24.15). A palavra servir, em hebraico, é abad, e significa
trabalhar, atuar, dando ideia que os pais devam se esforçar para repassar
para os filhos os valores divinos. O próprio Abraão foi escolhido pelo Senhor
a fim de que ele ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que 
guardem o caminho do Senhor” (Gn. 18.19). O verbo guardar, em hebraico,
é shamar, com o sentido de “dar atenção”, mostrando, assim, que
o ensinamento é fundamental no processo de formação da visão cristã
dos filhos. Em consonância com esse princípio, em Dt. 6.6,7, o povo
de Deus recebe a seguinte instrução: “E estas palavras, que hoje te ordeno,
estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado
em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.
No Novo Testamento, Paulo instruiu aos pais, para que esses, criem seus
filhos na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef. 6.4). Disciplina, em grego,
é paideia, que tem a ver com tutoria, ou instrução. Isso quer dizer que 
os pais precisam educar, e se for o caso, corrigir seus filhos para que esse 
aprendam a temer, e sobretudo, amar a Deus. A palavra admoestação, em 
grego, é nouthesia, que reforça a necessidade de adverti-los mediante a 
Palavra de Deus, para que eles vivem de acordo com as orientações do 
Senhor. Timóteo, o jovem pastor, é um exemplo de uma criança que foi instruída, 
desde a tenra idade, nas Sagradas Letras, que o fizeram sábio para a salvação
(II Tm. 3.15), tal ensinamento partiu da sua avó, Lóide, e da sua mãe, Eunice
(II Tm. 1.2-5).

2.  A IMPORTÂNCIA DO CULTO DOMÉSTICO
O culto doméstico tem grande valor, o principal deles é a comunhão que
proporciona no lar, na medida em que os membros da família se unem
para adorar a Deus. A família moderna está sendo solapada pela inversão
de valores, dentre eles o isolamento. Pais e filhos já não conseguem mais
se relacionar, cada um se isola em seu espaço, seja ele físico ou virtual.
Por isso é urgente que pais e filhos passem a ter momentos juntos na 
presença de Deus, a fim de lerem a Bíblia, orarem e cantarem hinos de louvor.
Outro valor do culto doméstico é que esse deixa marcas indeléveis para toda
vida dos filhos. Como está escrito em Pv. 22.6, quando o filho é ensinado na 
Palavra, é menos provável que esse venha a se desviar quando adulto.
E, se isso vier a acontecer, ele carregará, por toda vida, as instruções
que recebeu na infância. Esse é também um momento de partilha, não 
apenas de problemas, mas também de conquistas, e uma oportunidade
singular para tirar dúvidas. O culto doméstico tem um papel fundamental 
no contexto familiar a fim de espiritualizar as relações. Não podemos esquecer 
que vivemos em uma época marcada pelo secularismo. A programação televisiva,
e até mesmo as escolas, estão pautadas em valores contrários à Palavra de
Deus. Através da realização do culto domestico, pais e filhos podem dialogar
a respeito dos valores do Reino. Nesse momento todos param suas atividades
para ficarem juntos, somente esse motivo já é suficiente, tendo em vista que as
pessoas não conseguem mais se relacionarem, nem mesmo dentro do mesmo 
ambiente físico. A tecnologia está roubando o tempo das famílias, é muito 
tempo dedicado à televisão e à internet, e quase nada à meditação na 
Palavra de Deus. Os momentos de adoração, no culto doméstico,
favorecem um clima de piedade no lar. Os poucos minutos destinados 
ao culto doméstico contribuíram para que a família, não apenas dentro,
mas também fora do lar, possam ter atitudes mais piedosas (I Tm. 4.7).

3. ORIENTAÇÕES PARA O CULTO DOMESTICO
O culto doméstico não precisa ser demorado, na verdade, é bom que tenha 
curta duração, não mais que meia hora. É preciso considerar que vivemos 
em meio a uma sociedade agitada, as pessoas estão assoberbadas de 
tarefas, inclusive os filhos. Por isso, é melhor fazer um culto doméstico 
com a duração de 10 minutos diários do que fazer uma vez apenas com 
uma hora de duração. O horário deve ser apropriado à participação de
todos, a fim de que, na maioria das vezes, os membros da família estejam 
presentes. Se não tiver como realizar o culto doméstico todos os dias, todo 
o esforço deve ser empreendido para que esse seja feito pelo menos uma 
vez por semana. A escolha do(s) hino(s) que ser(ão) cantado(s) é fundamental,
é importante que seja do agrado de todos, principalmente das crianças.
A leitura da Bíblia também deve ser bem pensada, é importante que seja 
um texto curto, de fácil compreensão, e que tenham caráter tanto instrutivo
quanto devocional. A alternância na leitura é um aspecto importante, 
respeitando inclusive as diferentes versões que são utilizadas. Dependendo
mesmo da faixa etária dos filhos, pode ser necessário a utilização de 
uma versão mais simples, com uma linguagem mais contemporânea. 
Comentários rápidos poderão ser acrescentados ao texto, evidentemente
os pais poderão dar início à exposição, mas é produtivo ouvir o que os
filhos têm a dizer a respeito do texto. A oração é um elemento essencial
no culto doméstico, cada membro da família deve ter a oportunidade 
para fazer seu pedido. Nenhum pedido deoração deve ser motivo de
reprovação. O respeito pelas necessidades individuais é condição
necessária para o êxito no culto doméstico. Essa é uma oportunidade
para aprender a colocar os mais simples problemas na presença do 
Senhor. É importante também que os membros da família se alternem
na oração, que todos tenham a oportunidade de elevar sua voz a
Deus, através de uma oração simples, sem palavras muito difíceis, 
sobretudo com sinceridade de coração.

CONCLUSÃO
O culto doméstico está sendo esquecido em muitos lares cristãos. 
Por causa da correria desses dias, muitos já não mais têm tempo
para reunir a família para cultuar a Deus. É importante que pais 
e mães sejam despertados para a realização do culto doméstico, 
mesmo que esse tenha curta duração, pelo menos uma vez com
semana. Que essa seja uma oportunidade para crescer no temor,
sobretudo no amor ao Senhor. O culto doméstico não precisa 
ser um espaço apenas de repreensão, mas também de edificação, 
de alegria na presença de Deus (Mt. 19,20).

BIBLIOGRAFIA
MARCELLINO, J. Redescobrindo o tesouro perdido do culto
 familiar. São José dos Campos: Fiel, 2004.
MERKH, D. 1001 ideias criativas para o culto doméstico. São Paulo:

 Voxlitteris, 2003.

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Blog Não é da Conta de Ninguém
Pastor Edinaldo Domingos


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