O Pastor Domingos, estará presente neste evento, com uma grande caravana de irmãos da ADPARAÚ.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Nesta 2ª Feira, 30 de Novembro de 2015, acontece o Aniversário de 87 Anos de Fundação da ADMOSSORÓ e 12 Anos de inauguração do Templo Sede.
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Mossoró comemora 87 anos de proclamação da palavra do Senhor nesta cidade. Uma história construída por líderes como Manoel Higino de Souza. Por tantos outros homens e mulheres anônimos usados como instrumentos para resgatar vidas para o reino de Deus. Entre eles, servos do Senhor como os pastores Manoel Nunes da Paz, João Gomes da Silva, Diomedes Pereira Jácome, Martim Alves da Silva e, agora, Francisco Cícero Miranda.
Também nesta segunda-feira, dia 30, a Assembleia de Deus em Mossoró celebra o 12º aniversário da inauguração do Templo Sede (localizado na Avenida Dix-neuf Rosado). A dimensão do complexo eclesiástico e administrativo mostra o quanto Deus pode mover o seu povo na realização de sua obra e no resgate de almas. Leia mais no blog “Carta de Paulo”
(Com informação de Charlles Oliveira)
(Com informação de Charlles Oliveira)
domingo, 29 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Subsídio Escola Dominical - Lição 09 - 3º Trimestre CPAD - BENÇÃO E MALDIÇÃO NA FAMÍLIA DE NOÈ
(Extraído do Blog Auxílio ao Mestre)
29 de Novembro de 2015
TEXTO ÁUREO
"Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo." (Gn 9.26,27)[Comentário: Com esta bênção em forma de doxologia, Noé reconhece em Deus o autor da vida e estende a bênção a Sem. A linha da promessa messiânica é agora reduzida à linhagem de Sem e será especificada posteriormente através de Abraão, Isaque, Jacó e Judá. Com a vinda do Messias e da nova aliança, a promessa da aliança é estendida a todos os crentes.].
VERDADE PRÁTICA
Por causa de sua irreverência e falta de respeito, Cam veio a perder boa parte de sua herança.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 9.22 - A atitude desrespeitosa de Cam para com seu pai
Terça - Gn 9.23 - A atitude reverente de Sem e Jafé para com seu pai
Quarta - Lc 3.36 - Sem, ascendente do Messias que viria para salvar a humanidade
Quinta - Gn 11.10,29 - Abraão,amigo de Deus, é descendente de Sem
Sexta - Gn.9.25 - A maldade levou o filho de Cam a ser amaldiçoado
Sábado - Gn 17.8 - Canaã perde suas terras, que são entregues a Abrão
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 9.20-29
20 - E começou Noé a ser lavrador da terra e plantou uma vinha.
21 - E bebeu do vinho e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda.
22 - E viu Cam, o pai de Canaã, a nudez de seu pai e fê-lo saber a ambos seus irmãos, fora.
23 - Então, tomaram Sem e Jafé uma capa, puseram-na sobre ambos os seus ombros e, indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai; e os seus rostos eram virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai.
24 - E despertou Noé do seu vinho e soube o que seu filho menor lhe fizera.
25 - E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.
26 - E disse: Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.
27 - Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.
28 - E viveu Noé, depois do dilúvio, trezentos e cinquenta anos.
29 - E foram todos os dias de Noé novecentos e cinquenta anos, e morreu.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que, por não respeitar seu pai, Cam perdeu parte de sua herança.
HINOS SUGERIDOS: 305, 306,308, da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
- Saber a respeito da vinha que Noé plantou;
- Analisar o juízo de Noé sobre a irreverência de Cam;
- Mostrar que a maldição de Canaã se cumpriu.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos o triste episódio da embriaguez de Noé e a trágica consequências de seu ato para a sua família. Este é o primeiro relato bíblico com relação ao uso exagerado do vinho. Com ele aprendemos que o crente precisa estar sóbrio. Deus advertiu inúmeras vezes o seu povo quanto ao uso do vinho. Os sacerdotes não podiam beber vinho antes de se apresentarem ao Senhor: "Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações" (Lv 10.9). Eles deveriam ser santos, diante de Deus e das pessoas. Hoje, somos a geração santa, sacerdotes do Senhor em Jesus Cristo (1 Pe 2.9), e como tal devemos nos manter sóbrios, evitado o uso de bebidas alcoólicas.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A história de Noé e de sua família não se encerra com sua saída da Arca. Houve um fato triste que trouxe julgamento a um de seus descendentes, e a futura divisão das terras do novo mundo. Esta lição nos mostra o quanto devemos ensinar nossos filhos sobre o respeito para conosco, e o preço que se paga por não se ter o devido cuidado no tocante à embriaguez, mesmo para aqueles que já nasceram de novo. Se por um lado a Bíblia nos adverte sobre o mau uso do vinho, do qual o crente deve se abster, por outro lado nos é dito sobre a consequência da bebida e do deboche no lar de pessoas que conhecem a Deus. Portanto, eduquemos a nós mesmos e aos nossos filhos. [Comentário: Logo depois do dilúvio, uma ordem renovada é estabelecida. A fidelidade de Noé, que ocasionou a sua libertação, é agora manifesta numa expressão de culto a Deus quando ele desembarca da Arca e logo oferece ao Senhor um sacrifício agradável e Deus o abençoou, a Noé e seus filhos, Jafé (o mais velho), Sem (o do meio) e Cam (o mais jovem). Deus lhes ordena o mesmo que a Adão: "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra". Foi-lhes dado domínio sobre todos os animais e permissão de matar e comer, mas foi-lhes avisado para não beber do sangue. Deus deu a Noé o governo de toda a terra. Depois disso, Noé plantou uma vinha, fez vinho e embebedou-se. Seu ato trouxe grande tristeza sobre sua descendência, pois Cam pecou contra seu pai, durante a bebedeira. Isso trouxe uma maldição sobre ele e sua descendência por todas as gerações vindouras.].
PONTO CENTRAL
A atitude desrespeitosa de Cam para com o seu pai, Noé, resultou em maldição e a atitude reverente de Sem e Jafé para com o pai resultou em bênçãos.
I - A VINHA DE NOÉ
Adaptando-se já à nova realidade, Noé faz-se lavrador e planta uma vinha (Gn 9.20). Do fruto desta, fermenta um vinho tão inebriante que o levou a escandalizar toda a família. O episódio serve-nos de grave advertência.
1. A destemperança do patriarca. Embriagado, o patriarca desnuda-se em sua tenda, indiferente à censura que poderia sofrer da esposa, filhos e netos (Gn 9.21). Se não vigiarmos, o mesmo ocorrerá conosco. Eis por que, devemos agir com sobriedade em todas as instâncias da vida. Não foi sem razão que Paulo recomendou aos obreiros a abstinência de bebidas alcoólicas (1 Tm 3.3). Um bêbado, ainda que nascido de novo, age sempre de forma inconsequente. [Comentário: As Escrituras vêem o vinho favoravelmente, isso inferimos de textos como Nm 15.5-10; Dt 14.26; Sl 104.15 e Jo 2.1-11, e ao mesmo tempo, advertem sobriamente do seu perigo (Is 5.22; Pv 21.17; 23.20-21, 29-35; Is 28.7), particularmente no desleixo moral exemplificado pela auto-exposição (Lm 4.21; Hc 2.15). Os nazireus, sacerdotes exercendo o ofício e governantes tomando decisões deveriam se abster do vinho (Nm 6.3,4; Lv 10.9; Pv 31.4-5). Noé embriagado, desnuda-se e assim como Adão, o cabeça original da raça humana, pecou no comer (Gn 3.6), Noé, o cabeça da raça pós-diluviana, pecou no beber. A exposição da nudez é desmoralizante publicamente (2Sm 6.16) e incompatível com uma vida na presença de Deus. Alguns sugerem vários tipos de males que tiveram lugar na tenda de Noé. Enquanto a linguagem empregada pode deixar espaço para certos pecados sexuais (Lv 18), pessoalmente não encontro nenhuma razão para presumir qualquer má conduta por parte de Noé, além da indiscreta bebedeira e sua conseqüente nudez. A posição exegética de que o pecado de Cam e Canaã tenha sido contemplar de modo desrespeitoso a nudez do pai, encontra sua confirmação no versículo 25 que atesta que Sem e Jafé, para não recair no mesmo erro. Talvez a melhor descrição para a conduta e condição de Noé seja a palavra “impróprio”. Também não há como interpretar como um ato homossexual entre Cam e seu pai. Note ainda, que a referência utilizada pelo comentarista para afirmar que Paulo “recomendou aos obreiros a abstinência de bebidas alcoólicas” (1Tm 3.3), na verdade, o termo “dado ao vinho” sugere alguém “viciado”, e não se trata de recomendação mas de uma exigência! – “Convém, pois, que...” “Convém” é verbo intransitivo e indica ação ou fato.].
2. A irreverência de Cam. O destempero de Noé é flagrado por seu filho, Cam. Ao invés de calar-se e, discretamente, resguardar a honra do pai, saiu a depreciar-lhe a imagem (Gn 9.22). Ao que parece, ele não era muito diferente daqueles que pereceram no dilúvio. Mais tarde, atitudes como as de Cam seriam arroladas como faltas graves pela Lei de Moisés (Lv 18.7). Não entreguemos o faltoso ao vitupério. Se agirmos com amor, poderemos recuperá-lo plenamente (Tg 5.20). Doutra forma, perderemos almas mui preciosas aos olhos de Deus. Lembremo-nos da recomendação de nosso Senhor, de buscar a reconciliação (Mt 18.15-18). [Comentário: Fitar a nudez alheia, seja com lascívia ou com desdém, é moralmente errado. O olhar malicioso e desdenhoso de Cam a seu pai, a quem ele deveria ter reverenciado, era particularmente repreensível (Êx 21.15-17). Se já é errado divulgar o pecado de outrem (Pv 10.12), muito mais ainda o do próprio pai. A história condena ainda a falta de respeito aos pais. O pecado de Cam consistiu em não honrar, nem respeitar seu pai; ao invés de cobri-lo, ele expôs a sua condição deplorável. Noé lança uma maldição que foi direcionada não para seu filho Cam que o teria visto naquela situação desnudo e sim, ao seu neto, filho mais novo de Cam, de nome Canaã. Talvez Canaã estivesse de alguma maneira envolvido no pecado de Cam, ou tivesse os mesmos defeitos de caráter do seu pai. A maldição prescrevia que os descendentes de Canaã (os quais não eram negros) seriam oprimidos e controlados por outras nações. Por outro lado, os descendentes de Sem e Jafé teriam a benção de Deus (vv. 26,27). Essa profecia de Noé era condicional à todas as pessoas a quem ela foi dirigida. Qualquer descendente de Canaã que se voltasse para Deus receberia, também, a bênção de Sem (Js 6.22-25; Hb 11.31); mas também quaisquer descendentes de Sem e de Jafé que se desviassem de Deus teriam a maldição de Canaã (Jr 18.7-10).].
3. O respeitoso gesto de Sem e Jafé. Diante da atitude irreverente e maldosa do irmão mais novo, Sem e Jafé tomaram "uma capa, puseram-na sobre ambos os seus ombros e, indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai; e os seus rostos eram virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai" (Gn 9.23). Ajamos como Sem e Jafé, e muitos escândalos serão evitados no arraial dos santos. Isso não significa que os pecados serão acobertados. Todavia, o pecador tem de ser tratado com dignidade, a fim de que venha a experimentar plena restauração. Como gostaríamos de ser tratados em semelhantes circunstâncias? Sem e Jafé agiram amorosa e nobremente.[Comentário: Ao contrário de Cam e Canaã, Sem e Jafé evitaram cuidadosamente de incidir no mesmo equívoco de seu irmão e sobrinho (v.23). Ao despertar do sono e recuperar-se da embriaguez, Noé toma conhecimento dos atos de seus filhos, e seguindo a tradição do seu tempo pronuncia maldições e bênçãos segundo o agir de cada um deles.].
SÍNTESE DO TÓPICO I
Noé plantou uma vinha, fez vinho e acabou por se embriagar.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Noé era um lavrador da terra, como fora Caim. Cuidar de plantas se tornou sua grande paixão e entre elas estava a videira. Esta é a primeira vez que a produção de vinho é aludida na Bíblia, e é significativo que esteja ligada a uma situação de desgraça.
Noé pode ter sido inocente, não conhecendo o efeito que a fermentação causa no suco de uva nem o efeito que o vinho fermentado exerce no cérebro humano. Isto não impediu que a vergonha entrasse no círculo familiar. Perdendo os sentidos, Noé tirou a roupa e se deitou nu. A nudez era detestada pelos primitivos povos semíticos, sobretudo pelos hebreus que a associavam com a libertinagem sexual (cf. Lv 18.5-19; 20.17-21; 1 Sm 20.30)" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 42).
CONHEÇA MAIS
*O pecado de Cam
O pecado é muito debatido, pois a frase 'viu a nudez de' é usada em relações sexuais ilícitas (cf. Lv 18). Aqui o texto sugere que o pecado de Cam foi o de ridicularizar o pai a quem deveria honrar (cf. Êx 20.12). As falhas de Noé e de Cam nos advertem que, embora vivamos num lar aparentemente perfeito, a raiz do pecado está plantada profundamente em cada pessoa individualmente. A causa de nossos fracassos está em nós mesmos."
Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 30
II - O JUÍZO DE NOÉ SOBRE A IRREVERÊNCIA DE CAM
Já passada a embriaguez, Noé toma conhecimento do que lhe fizera o filho mais novo. Todavia, sendo um homem justo, não poderia deixá-lo sem disciplina. [Comentário:Deuteronômio 27.16 reforça a reação de Noé após despertar da embriagues: “Maldito quem desonrar o seu pai ou a sua mãe”. Na antiga sociedade hebraica, ver a nudez de pai ou mãe era considerado uma calamidade social grave, e um filho ou filha ver tal nudez propositadamente era um lapso sério da moralidade entre pais e filhos. De acordo com os padrões da época, Cam errou gravemente, como se não bastasse, correu até seus irmãos, fazendo do incidente um motivo de zombaria].
1. A maldição de Canaã. O patriarca castiga indiretamente a Cam, lançando sobre o filho deste uma pesada maldição: "Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos" (Gn 9.25). À primeira vista, parece que o patriarca condena os cananeus à servidão. Mas o caso era bem mais grave. Eles seriam punidos com a perda de suas terras aos filhos de Abraão, o mais notável descendente de Sem, depois de Jesus Cristo. Quanto aos demais filhos de Cam, haveriam de construir grandes e admiráveis civilizações como a egípcia e a etiópica (Gn 10.6). Aliás, o Egito foi um poderoso e culto império, acerca do qual há uma profecia maravilhosa (Is 19.18-25). [Comentário:Cam teve outros filhos além de Canaã (Cuxe, Mizraim e Pute – Gn 10.6), a maldição foi especificamente para Canaã e seus descendentes, isto é, os cananeus da Palestina, e não Cuxe e Pute, que provavelmente se tornaram os ancestrais dos etíopes e dos povos negros da África bem como, dos líbios. O cumprimento dessa maldição fez-se à época da vitória de Josué (1400 a.C.) e também na conquista da Fenícia e dos demais povos cananeus pelos persas. O Blog Voltemos ao Evangelho publicou um artigo do Pr americano John Piper, onde ele afirma que “Primeiro, Noé toma essa ocasião do pecado de seu filho Cam e a usa para fazer uma predição sobre a prosperidade do filho mais novo de Cam, Canaã. Basicamente a predição é que os cananitas eventualmente seriam subjugados pelos descendentes de Sem e Jafé. [...] Cam tinha quatro filhos de acordo com Gênesis 10.6. “Os filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã”. Ora, em termos gerais, Cuxe é provavelmente o ancestral dos povos da Etiópia; Mizraim é o ancestral dos egípcios; e Pute é o ancestral dos povos do norte da África, os líbios. Mas Canaã é o único dos quatro filhos que não é ancestral de povos africanos. Gênesis 10.15–18 cita os descendentes de Canaã: “Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus”. Todos esses povos eram habitantes de Canaã e proximidades, não da África. E a predição de Noé se tornou verdade quando as nações cananitas foram expulsas pelos israelitas por causa de sua perversidade (Deuteronômio 9.4–5). Então a maldição não recai sobre os povos africanos, mas sobre os cananitas. Segundo, a nação predita de Noé não dita como o povo de Deus deve tratar cananitas individuais. Por exemplo, cinco capítulos depois, em Gênesis 14.18, Abraão, descendente de Sete, encontra um cananita nativo chamado Melquisedeque, que era homem justo e “sacerdote do Deus Altíssimo”, e que abençoou Abraão. Abraão deu a ele o dízimo dos seus espólios. Então nem mesmo o fato de que Deus ordena julgamento sobre nações perversas dita a nós como devemos tratar indivíduos nas mesmas nações. Terceiro, em Gênesis 12, Deus coloca em ação um grande plano de rendenção para todas as nações, para resgatá-las dessa e de qualquer outra maldição de pecado e julgamento. Ele chama a Abrão para todas as nações e faz uma aliança com ele e promete: Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. “Todas as famílias da terra” inclui as famílias cananitas. Então o que vemos é que, com Abraão, Deus está colocando em ação um plano de redenção que derruba cada maldição sobre qualquer pessoa que recebe a bênção de Abraão, a saber, o perdão e a aceitação de Deus que vem através de Jesus Cristo, a semente de Abraão (Gálatas 3.13–14)”. Disponível em: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/11/os-africanos-nao-sao-descendentes-de-canaa-nem-estao-sob-maldicao-de-noe/].
2. A bênção de Sem e Jafé. Ao galardoar a atitude respeitosa e reverente de Sem e Jafé, o patriarca concede-lhes uma bênção eterna: "Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo" (Gn 9.26,27). A irreverência e o deboche vêm destruindo muitos jovens promissores. A sociedade atual caracteriza-se pela insolência e por uma irreverência sem limites. Que tais coisas não nos invadam as igrejas, pois santidade convém à casa de Deus (Sl 93.5). Eduquemos nossos filhos e netos, para que não sejam amaldiçoados e venham a perder a herança que lhes reservou o Senhor. Quem ama instrui, educa e disciplina. [Comentário: Notemos agora a beleza exegética da bênção sobre Sem: “Para Sem o nome divino usado é YHWH El enquanto para Jafé éElohîm. Os dois nomes são significativos dentro do contexto da promessa messiânica a Sem. O texto não diz “Bendito seja Sem”, mas “Bendito seja YHWH El de Sem”, isto é, “YHWH será tanto o Deus quanto a bênção de Sem”! É aos descendentes de Sem que é confiada a Aliança e o conhecimento do Senhor e é através dela que o Messias é dado ao mundo!” A bênção de Jafé está subordinada a de Sem: “habite ele nas tendas de Sem”, o que equivale a dizer que Jafé e Sem teriam relações diplomáticas amigáveis! Todavia, Elohîm engrandeceria a Jafé de tal forma que Canaã lhe seria servo (v.27). Além de Canaã receber a sua sentença imprecatória, esta foi reforçada em cada bênção pronunciada a seus irmãos. Os cananitas seriam escravos tanto dos semitas (linhagem judaica) quanto dos jafetitas (povos indo-europeus)].
SÍNTESE DO TÓPICO II
Passada a embriaguez, Noé toma conhecimento do feito perverso de seu filho Cam e pronuncia uma palavra de juízo sobre ele.
O pecador tem de ser tratado com dignidade, a fim de que venha a experimentar plena restauração.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Recuperando os sentidos, Noé ficou sabendo do que aconteceu e falou com seus filhos. Ele deixou Cam sem bênção e concentrou sua reprimenda em Canaã, cujos descendentes historicamente se tornaram um povo marcado por moralidades sórdidas e principalmente fonte de corrupção para os israelitas. A adoração Cananéia de Baal desceu às mais baixas profundezas da degradação moral. Embora os cananeus obtivessem certo poder, como os fenícios, pelo tráfico marítimo no Mediterrâneo, eles nunca conseguiram se tornar grande nação. Quase sempre foram dominados por outros povos" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 52).
III - CUMPRE-SE A MALDIÇÃO DE CANAÃ
Noé não se limitou a abençoar a Sem e a Jafé, nem a amaldiçoar a Cam. O patriarca, na verdade, definiu o futuro messiânico de seus filhos. Passados aproximadamente 700 anos, sua profecia começa a cumprir-se.
1. Canaã perde a sua herança. Cam, através de seu caçula, Canaã, não demorou a ocupar toda a terra que, no tempo de Josué, seria conquistada pelos hebreus. As possessões cananitas iam de Sidom, passando por Gerar e Gaza, até Sodoma e Gomorra (Gn 10.19). Sim, os sodomitas também eram descendentes de Cam. Tratava-se, de fato, de uma gente tão vil e tão debochada quanto seu patriarca; não demonstrava nenhum temor a Deus. Tendo em vista a degradação moral dos descendentes de Canaã, promete o Senhor ao semita Abraão: "À tua semente tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates, e o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, e o heteu, e o ferezeu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu" (Gn 15.18-21). Todas essas nações eram da linhagem de Canaã. [Comentário: É lamentável que passagens como esta sejam usadas para justificar a escravidão. A maldição foi, antes de tudo, profética contra um futuro inimigo do povo de Deus, algo plenamente confirmado pela história posterior dos cananeus. Os cananeus recebem a maldição, não por serem uma raça diferente, mas por causa de sua depravação moral e dos deuses a quem adoravam (Lv 18.2-23). Não nos esqueçamos de Raabe, a mulher Cananéia, que foi integrada ao povo de Deus. Portanto, a maldição de Canaã deve ser interpretada dentro do contexto do Antigo Testamento e identificada como a vitória dos israelitas sobre os cananeus, habitantes da terra prometida. O Pr Esdras Costa Bentho, colunista da CPADNEWS, escreve em seu artigo A Maldição de Noé, a homossexualidade e a raça negra: “Acredita-se que para que a maldição recaísse sobre Canaã, ele tenha participado de alguma forma do desrespeitoso ato de seu pai Cam. Das 63 ocorrências do termo ārar (maldição) no Antigo Testamento, o verbo ocorre por 12 vezes como antônimo do verbo abençoar (bārak), e um desses casos é o versículo 25 do texto em apreço. Seguindo os conceitos anteriores (Gn 3.14, 17; 4.11), o sentido primário é de que Canaã e sua descendência estariam banidos, cercados de obstáculos e sem forças para resistirem seus inimigos tornando-se escravos dos escravos (ebed ‘abādîm). Devemos notar, contudo, que embora Cam tivesse outros filhos além de Canaã (Cuxe, Mizraim e Pute – Gn 10.6), a maldição foi especificamente para Canaã e seus descendentes, isto é, os cananeus da Palestina, e não Cuxe e Pute, que provavelmente se tornaram os ancestrais dos etíopes e dos povos negros da África. O cumprimento dessa maldição fez-se à época da vitória de Josué (1400 a.C.) e também na conquista da Fenícia e dos demais povos cananeus pelos persas. Por fim, não se trata de uma maldição dirigida aos negros africanos como costuma afirmar certos intérpretes. Os canaanitas foram totalmente extintos segundo a posição de vários biblistas e historiadores.” Disponível em:http://www.cpadnews.com.br/blog/esdrasbentho/cultura-crista/41/a-maldicao-de-noe-a-homossexualidade-e-a-raca-negra.html].
2. A bênção de Sem na pessoa de Israel. Depois de uma peregrinação de quarenta anos pelo Sinai, Israel, o ramo messiânico da grande família de Sem, desapossa Canaã daquela terra tão formosa (Js 6.21). Os que lhe escapam à espada, são submetidos a trabalhados forçados (Js 17.13). [Comentário: Gênesis 10.21 a 32 apresenta uma relação de nações oriundas de Sem. A Bíblia é uma grande fonte de informações a respeito das genealogias árabes. E os árabes são um povo semita (descendentes de Sem), tanto quanto os judeus. Concentrando o relato apenas no ramo que deu origem aos judeus a partir de Héber, temos que: a civilização Cananéia era tão corrupta que coexistir com eles seria uma grave ameaça à sobrevivência e ao bem-estar da nação dos hebreus. Israel é o instrumento do julgamento de Deus contra aqueles que se recusaram a honrá-lo.].
3. Jafé participa da bênção de Sem. O Evangelho veio-nos através de Cristo, o mais ilustre dos semitas. Logo após a morte dos apóstolos, porém, foram os filhos de Jafé que se encarregariam de proclamar o Evangelho até os confins da Terra. Jafé teve suas possessões alargadas desde a Europa às Américas. E, pela fé em Cristo, habitamos nas tendas de Sem (Gn 9.27). A profecia de Noé cumpriu-se rigorosamente. [Comentário:Os povos descendentes de Jafé foram os povos que conquistaram a Europa e a Ásia, tendo de fato uma “largueza de terras”. Esses povos tornaram-se os ancestrais de grandes nações como: Rússia, Lituânia, Polônia, Alemanha, Grécia, Roma, França, Ilhas Britânicas etc… Mathew Henry comentando a bênção de Jafé escreve: “Alguns entendem estas palavras como se referino totalmente a Jafé, com a finalidade de denotar, em primeiro lugar: A sua prosperidade exterior, que a sua semente seria tão numerosa e tão vitoriosa que eles deveriam ser senhores das tendas de Sem, o que foi cumprido quando o povo judeu, a raça mais iminente de Sem, foi tributário primeiro dos gregos e depois dos romanos, ambos da semente de Jafé. Observe que a prosperidade externa não é uma marca infalível da verdadeira igreja. As tendas de Sem nem sempre são as tendas do conquistador. Ou, em segundo lugar, isto denota a conversão dos gentios, e a entrada deles na Igreja. E então deveríamos entender que Deus persuadiria Jafé (porque este é o significado da palavra), e então, sendo assim persuadido, ele habitaria nas tendas de Sem, isto é, judeus e gentios seriam reunidos no aprisco do Evangelho. Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento, Volume 1
Por Henry Matthew].
SÍNTESE DO TÓPICO III
Canaã perde a sua herança dando cumprimento a maldição de Canaã.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
"Maldito seja Canaã
Quando Noé ficou sabendo do ato desrespeitoso de Cam, pronunciou uma maldição sobre Canaã, filho de Cam (não sobre o próprio Cam). (1) Talvez Canaã tivesse de alguma maneira envolvido no pecado de Cam, ou tivesse os mesmos defeitos de caráter do seu pai. A maldição prescrevia que os descendentes de Canaã (os quais não eram negros) seriam oprimidos e controlados por outras nações. Por outro lado, os descendentes de Sem e Jafé teriam a bênção de Deus (vv. 26,27). (2) Essa profecia de Noé era condicional a todas as pessoas a quem ela foi dirigida. Qualquer descendente de Canaã que se voltasse para Deus receberia, também, a bênção de Sem (Js 6.22-25; Hb 11.310; mas também quaisquer descendentes de Sem e de Jafé que desviassem de Deus teriam a maldição de Canaã (Jr 18.7-10)" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 42).
CONCLUSÃO
A grande lição que podemos extrair do texto que ora estudamos é que devemos agir com amor e cuidado ante nossos irmãos surpreendidos em faltas e pecados. Ajamos com amor, a fim de que sejam recuperados. Assim faria Jesus. Que em nossos arraiais não haja lugar para irreverências nem desrespeitos. Além disso, cuidemos da educação de nossos filhos e netos. Somos responsáveis por suas almas. [Comentário: Alguém já disse, e com razão, que Noé foi o maior evangelista de todos os tempos, porque, embora, ninguém creu em sua pregação, levou para a arca da salvação toda a sua família. Vale a pergunta: “O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua família?” Que sabor tem um homem chegar ao topo da pirâmide e alcançar sucesso em sua vida profisional e fianceira e deixar para trás sua família? Nenhum sucesso vale a pena se o preço a pagar é o fracasso da família. Noé não entrou sozinho na arca. Levou sua mulher, seus três fihos e suas três noras. Ninguém de sua família fiou para trás. Todos foram salvos e sobreviveram ao dilúvio. O exemplo de Noé deve nos motivar a lutar por nossa família. Nosso tesouro mais precioso não são os bens que granjeamos, mas a família que temos. Nossos fihos valem mais do que toda a riqueza do mundo. Nossa família merece nossos melhores investimentos e deve ser o alvo das nossas orações mais fervorosas. Nenhum homem pode abrir mão de sua família. Nenhum pai pode desistir de ver seus fihos salvos e seguros dentro da arca da salvação. A salvação dos fihos é mais importante do que o sucesso deles. A salvação da família deve ser o nosso mais alto ideal, a nossa mais intensa luta, a nossa mais doce alegria. (Fonte: Devocionário Cada Dia - Hernandes Dias Lopes). Noé, o “pregoeiro da justiça” é para nós um exemplo magnífico. Devem imitá-lo na fé inabalável que teve na promessa divina, e na firmeza diante das zombarias de seus contemporâneos que se recusaram a receber sua mensagem.]. “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Novembro de 2015
PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
Em que consistiu o pecado de Cam?
Ao invés de calar-se e, discretamente, resguardar a honra do pai, saiu a depreciar-lhe a imagem (Gn 9.22).
Em quem recaiu a maldição de Cam?
O patriarca castiga indiretamente a Cam, lançando sobre o filho deste uma pesada maldição.
Como Sem e Jafé foram abençoados?
Ao galardoar a atitude respeitosa e reverente de Sem e Jafé, o patriarca concede-lhes uma benção eterna: "Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo" (Gn 9.26,27).
Como Canaã foi castigado?
Eles seriam punidos com a perda de suas terras aos filhos de Abraão, o mais notável descendente de Sem, depois de Jesus Cristo.
De que forma devemos agir ante os pecados alheios?
Não entreguemos o faltoso ao vitupério. Se agirmos com amor, poderemos recuperá-lo plenamente (Tg 5.20). Doutra forma, perderemos almas mui preciosas aos olhos de Deus. Lembremo-nos da recomendação de nosso Senhor (Mt 18.15-18).
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 40.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
Pequena Enciclopédia Bíblica
Considerada como uma das mais populares obras de referência, indicada para pesquisadores e para todos que desejam um excelente recurso para seu estudo bíblico.
Tempos do Antigo Testamento
Esta obra explica os personagens e acontecimentos do período em que os livros bíblicos foram escritos.
Arqueologia Bíblica
Através de um belíssimo estudo arqueológico, esta obra nos ajuda a compreender melhor a veracidade da Palavra de Deus.
Postado por Francisco Barbosa

quarta-feira, 25 de novembro de 2015
PROGRAMAÇÃO DO DIA DO EVANGÉLICO EM PARAÚ/RN
Programação:
05:00 h. - Culto Matutino - Clamor por Despertamento.
09:00 h. - Sessão Solene na Câmara Municipal de Paraú - RN
15:30 h. - Caminhada de Bíblia na Mão - Participação especial das igrejas das cidades de Itajá e Triunfo Potiguar.
19:00 h. Culto de Gratidão.
23:00 h. Encerramento com o CLAMOR DA MEIA NOITE.
sábado, 21 de novembro de 2015
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Semana da Bíblia em Natal-RN
Período: 06 à 13 de Dezembro
➢ Dia 06 (Domingo) - Abertura solene da semana da bíblia em cada Congregação, e a palavra do nosso Pastor Presidente sendo transmitida pela Radio Nordeste Evangélica às 19 horas.
➢ Dia 07 (Segunda) Ação amigo da Bíblia –Visitação nos Lares
O voluntário agendará para na segunda com um amigo não evangélico, uma vista em sua residência para uma oração, a leitura e exposição de um texto bíblico e o convite para receber uma bíblia na noite do dia 12 de Dezembro em sua congregação quando acontecerá o Culto do "Amigo da Bíblia"
➢ Dia 09 (Quarta -Feira): Grande Concentração Evangelística envolvendo toda Natal, a ser realizada na Zona Norte (enfrente à Congregação Pólo Gramoré 1). Levar descrentes na caravana.
➢ Dia 11 (sexta) Culto de Doutrina no Templo Central alusivo ao Dia da Bíblia.
➢ Dia 12 (Sábado) cada Setor realizará uma cruzada ou outra atividade evangelística alusivo ao dia da Bíblia.
➢ Dia 13 ( Domingo) Encerramento da Semana da Bíblia em todas as Congregações, e Culto do amigo da Bíblia quando acontecerá a entrega das Bíblias para os amigos visitados na segunda feira.
Outras atividades:
Exposição da Bíblia na Praça Gentil Ferreira (Alecrim)
De 07 à 11 de Dezembro
Horário: de 08hs às 17hs
O DEPEM disponibilizará tendas e cavaletes de divulgação.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Subsídio Escola Dominical - Lição 08 CPAD 4º TRIMESTRE - O INICIO DO GOVERNO HUMANO
(Extraído do Blog Auxilio do Mestre)
Data: 22 de Novembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).[Comentário: Paulo não sugere que Deus aprova uma autoridade corrupta, oficiais ímpios ou legislações injustas. Algumas vezes, entretanto, em punição aos pecados de uma pessoa ou por outros motivos conhecidos por Deus, ele permite que os governantes maus tenham autoridade por algum tempo, como os profetas do Antigo Testamento freqüentemente testemunham. Idealmente, Deus concede autoridade para fazer boas obras. A maneira como esta autoridade é exercida será responsabilidade de cada um a quem ela foi concedida. Os crentes têm uma base racional distinta para se submeterem, de modo apropriado, às autoridades: o reconhecimento de que o próprio Deus é a fonte do governo na sociedade humana (Pv 18.15-16; Dn 2.21).].
VERDADE PRÁTICA
Deus instituiu autoridades e leis, a fim de preservar a sociedade humana de uma depravação total e irreversível. [Comentário: O governo cível é um meio ordenado por Deus para reger e manter a ordem nas comunidades. Em nosso mundo decaído, essas autoridades são instituições da Graça comum de Deus, colocadas como anteparo contra a anarquia e contra a dissolução da sociedade ordenada.].
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 9.6 - O livro de Gênesis e a origem do governo humano
Terça — Rm 13.1 - O princípio do governo humano revelado na Palavra de Deus
Quarta — 1Pe 2.17 - A Palavra de Deus e a honra devida às autoridades
Quinta — 1Tm 2.1,2 - Orações devem ser feitas pelas autoridades
Sexta — 1Tm 1.9,10 - A Palavra de Deus e o objetivo da lei
Sábado — Ap 19.6 - Jesus Cristo, a suprema autoridade revelada à humanidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 9.1-13.
1 — E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.
2 — E será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues.
3 — Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde.
4 — A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
5 — E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
6 — Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem.
7 — Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela.
8 — E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo:
9 — E eu, eis que estabeleço o meu concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós,
10 — e com toda alma vivente, que convosco está, de aves, de reses, e de todo animal da terra convosco; desde todos que saíram da arca, até todo animal da terra.
11 — E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra.
12 — E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas.
13 — O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra.
HINOS SUGERIDOS
531, 532 e 588 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender que Deus instituiu autoridades e leis para preservar a humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· I. Mostrar que Deus estabeleceu um novo começo a partir da família de Noé;
· II. Analisar o arco de Deus como símbolo do seu novo pacto com a humanidade;
· III. Explicar o princípio do governo humano.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
As águas do dilúvio foram baixando até que Noé e sua família puderam deixar a arca e iniciar uma nova vida em um mundo novo, purificado do pecado pelas águas do dilúvio. Noé e sua família deram início a nova vida com sacrifício e adoração a Deus, o grande Criador (8.1-22). O Senhor então decide introduzir o governo humano no novo mundo. O governo humano é uma forma de governo onde Deus delega ao homem a direção do planeta e a administração da justiça. Esta forma de governo foi confirmada pelo filho de Deus ao declarar: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Deus também fez um pacto com a humanidade, prometendo que nunca mais destruiria a vida humana por intermédio de dilúvio. A Terra havia sido purificada, porém Noé e seus descendentes carregavam a semente do pecado em seus corações.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Deus fez chover sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites. As águas caíram e brotaram em tal quantidade, que vieram a prevalecer por quase um ano. Veio a perecer, assim, toda a primeira civilização humana. Enquanto isso, Noé e sua família, na grande arca, vagavam sobre as águas que, dia a dia, iam diminuindo até que o chão enxuto apareceu.
Já fora do grande barco, os sobreviventes empreendem uma nova obra civilizatória. E, para tanto, o patriarca recebe instruções específicas do Senhor, a fim de que ele e seus filhos cumpram-lhe fielmente a vontade: edificar uma sociedade baseada no amor a Deus e ao próximo. Uma sociedade que, distanciando-se daquela região, alcançasse os confins da terra.
Tinha início, naquele momento, o governo humano, que haveria de perdurar, apesar de tantos dramas e tragédias, até nossos dias. [Comentário: Posto que o dilúvio foi uma prefiguração do batismo cristão, conforme 1Pe3.20,21, a saída de Noé e sua família da Arca pode ser tida como seu surgimento das águas da morte para uma nova vida. Eles prefiguram a nova humanidade que prevalece sobre o mal (Ap 21.7). Nesta lição, vamos estudar a dispensação do governo humano. Dispensação é um período de tempo, longo ou curto, no qual, através de uma lei fixa, Deus prova a humanidade, sob a qual a humanidade deve ser fiel e obediente para que possa receber as bênçãos prometida. Este método não só é o mais antigo, más também o mais razoável. A palavra "dispensação", vem do latim "dispensatio", significando administração,economia ou mordomia. Isso nos leva a afirmar que em cada período bíblico Deus está administrando os tempos e as diferentes revelações manifestadas ao homem. Na Bíblia vamos encontrar sete dispensações:
1. Dispensação da INOCENCIA
2. Dispensação da CONSCIENCIA
3. Dispensação do GOVERNO HUMANO
4. Dispensação da PROMESSA
5. Dispensação da LEI
6. Dispensação da GRACA
7. Dispensação do REINO OU MILENIAL.
A dispensação da consciência terminou em fracasso porque a humanidade não obedeceu às determinações de sua consciência. Por desobedecê-la durante um longo período sua consciência se enfermou a tal ponto que não podia distinguir o bem do mal. Vimos que a raça humana, em virtude de sua maldade e desobediência, foi destruída pelo Dilúvio. Depois do Dilúvio Deus dá uma nova oportunidade à humanidade, através de Noé e sua família; esta é a terceira dispensação, o "Governo Humano", tinha a completa vontade e liberdade de Deus (Gn 9.1-7), isso incluía a permissão para formar um governo humano e governar-se a si mesmo. Começou no fim do Dilúvio, durando 427 anos, até o chamado de Abraão. A dispensação termina com a humanidade intoxicada com a sua importância (Gn 11.4). O resultado foi o juízo (vs. 8,9).].
PONTO CENTRAL
Deus estabeleceu o governo humano.
I. UM NOVO COMEÇO
Noé e sua família permanecem a bordo da arca por quase um ano (Gn 7.11; 8.13). Ao deixarem a embarcação, conscientizam-se de que, de agora em diante, terão de se deparar com uma realidade inteiramente nova. [Comentário: A capacitação dos seres humanos por Deus, com esta autoridade judicial, mostra que estes permanecem diante de Deus como dominadores (Gn 1.26) e lança fundamentos para o governo pelo Estado (Rm 13.1-7).].
1. Um novo relacionamento com a natureza. Se até aquele momento o homem havia convivido harmonicamente com a criação, a partir de agora, esse relacionamento será bastante traumático. Alerta o Senhor que os animais, por exemplo, terão medo e pavor do ser humano (Gn 9.2). Para combatê-los, haveriam de surgir grandes caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A natureza deveria ser domada a duras penas, a fim de que o habitat dos filhos de Noé se fizesse sustentável. Sobre o assunto, declara o apóstolo Paulo: “Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8.22 —ARA). No Milênio, porém, tal situação será revertida (Is 11.6). Por enquanto, todos jazemos sob um pesado cativeiro. [Comentário: Depois do Dilúvio, Deus deu uma nova chance para a raça humana, representada na família de Noé. Noé é o novo Adão. Em Gn 7 e 8 testemunhamos a destruição de toda vida na face da terra, com a exceção de Noé e sua família. Deus acabou com tudo e todos, para limpar sua terra do mal. Noé achou graça, obedeceu a Deus, e foi usado grandemente por Deus. O homem passou a ter medo dos animais (9.2). Gênesis 9.2 parece indicar que antes daquele momento a convivência entre o homem e os animais tenha sido diferentes do que conhecemos hoje. Alguns intérpretes se aproveitam da ideia de um possível relacionamento harmonioso entre o homem e os animais, para explicarem como Noé conseguiu controlá-los dentro da arca.].
2. Uma nova dieta. Se antes do Dilúvio todos dispunham de uma dieta vegetal rica e farta, agora teriam de complementá-la com nutrientes animais. Todavia, deveriam abster-se do sangue (Gn 9.4). Semelhante recomendação fariam os apóstolos em Jerusalém (At 15.19,20). [Comentário: Além de vegetais para comer, agora recebem a permissão de comer carne, com certa limitação. Eles não têm permissão de participar de carne na qual fique sangue. O sangue era símbolo da vida, e no homem particularmente não tinha de ser tratado de modo leviano. Deus fez o homem conforme a sua imagem e, por isso, tinha uma condição especial. Contra comer sangue, veja Gn 9.4. Deus nunca mudou essa determinação (At l5.29). O sangue sempre foi precioso aos olhos de Deus.].
3. A bênção divina. Reconstruir a sociedade humana era tarefa nada fácil. Noé e sua família teriam de recomeçar um processo civilizatório que, por causa da grande inundação, perdera quase dois mil anos de invenções, descobertas e avanços tecnológicos.
Nessa empreitada, o patriarca e seus filhos necessitariam da plenitude da bênção divina. Bem-aventurando-os, ordena-lhes o Senhor: “Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela” (Gn 9.7). Não demoraria muito, conforme veremos nas próximas lições, para que o homem voltasse a progredir e a ocupar os mais remotos continentes. [Comentário: A terceira vez que Deus abençoou os seres humanos e lhes ordena serem frutíferos. As bênçãos de Deus para Noé, de ser fecundo e dominar, se constituem o ato culminante de Deus na renovação da criação.].
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A terra foi purificada pelas águas do dilúvio e Deus estabeleceu um novo começo a partir da família de Noé.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor para a introdução do primeiro tópico da lição faça a seguinte indagação: “Quanto tempo durou o dilúvio?”. Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Explique que “Gênesis 7 e 8 registra detalhes sobre isso. Os animais entraram na arca no dia 10 do mês dois (7.8,9). A chuva começou sete dias depois (v.11), e o volume de água foi aumentando até dia 27 do mês três (v.12). A arca não toca a terra até dia 17 do mês sete (8.4). O cume de montanhas é visto no dia 1º do décimo mês (v.4), e as portas da arca finalmente são abertas em 1º do mês um (v.13). A terra estava seca o suficiente para Noé e sua família saírem em 27 do mês dois (v.14), um ano e dez dias depois que o dilúvio começou” (RICHARDS, Lawrence O.Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.30).
“O relato do dilúvio fala-nos, tanto do julgamento do mal, como da salvação (Hb 11.7). (1) O dilúvio, trazendo a total destruição de toda a vida humana fora da arca, foi necessário para extirpar a extrema corrupção moral dos homens e mulheres e para dar à raça humana uma nova oportunidade de ter comunhão com Deus. (2) O apóstolo Pedro declara que a salvação de Noé em meio às águas do dilúvio, seu livramento da morte, figurava o batismo do cristão” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).
II. O ARCO DE DEUS
Antes do Dilúvio, não havia chuva. Um vapor regava a terra. A partir de agora, porém, haveria de cair regularmente sobre a terra, como sinal da bênção divina (Mt 5.45). A pergunta, todavia, era inevitável: “E se viesse outro dilúvio?”.[Comentário:Há toda uma série de palavras, frases e declarações que pessoas diversas, inclusive cultas, e até obreiros, citam como se fossem da Bíblia, quando na verdade não são. Devemos nos precaver para evitar esses "senões" e impropriedades para com a Palavra de Deus. Aafirmação de que até o dilúvio não havia chovido sobre a terra é uma destas citações sem lastro. Isto dizem, tomando por base Gn 2.5,6: “Porque ainda o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra (...)”. Discordando do comentarista - e o leitorexamine as Escrituras e textos auxiliares - o texto de Gn 2.5 refere-se à terra quando ainda não existia as plantas nem o homem. Vemos aí neste texto que foi antes da criação do homem que a erva não brotava por não chover, embora havia ali um vapor que não resultava no crescimento das plantas. Isto posto, discordo da posição apresentada, pois, como sabemos, após a criação do homem, houve um jardim. Caim, filho de Adão, era lavrador e, em certo momento, ofereceu frutos em sacrifício a Deus. Noé fez a Arca de madeira. Vemos então que plantas nasceram sobre a terra. Lembremo-nos que haviam dois requisitos para que as plantas nascessem: lavrador e chuva. Também vamos nos lembrar que o vapor não tinha capacidade de fazer plantas crescerem. Dessa forma, está claro que teve de haver chuva antes do Dilúvio. Pura questão de interpretação de texto].
1. Um novo pacto com a humanidade. Visando acalmar-lhes o espírito, promete-lhes o Senhor: o mundo não voltará a ser destruído por uma nova inundação. Sem essa promessa, a descendência de Noé teria desperdiçado seus esforços na construção de arcas, torres e barragens.
Em sua misericórdia, o Senhor promete: “E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra” (Gn 9.11).[Comentário:O substantivo pacto significa, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “ajuste”, “convenção” ou “contrato”. Estes tres substantivos são também usados para definir o significado do substantivo aliança. Diferentes versões da Bíblia em português usam os substantivos pacto, aliança, acordo e concerto para traduzir o substantivo hebraico berith que aparece cerca de 290 vezes no Antigo Testamento. Para todos esses sinônimos a ideia básica que encontramos é a união entre duas partes, um pacto ou acordo bilateral.No verso 11, o Senhor diz: “Estabeleço uma aliança”, aquilo que precisamos tem que vir do céu.A Aliança Noética foi uma aliança incondicional entre Deus e Noé (especificamente) e Deus e a humanidade (em geral). Depois do dilúvio, Deus prometeu à humanidade que nunca mais destruiria toda a vida na Terra com um dilúvio (ver Gênesis capítulo 9). Deus deu o arco-íris como sinal da aliança, a promessa de que toda a terra nunca mais teria um dilúvio e um lembrete de que Deus pode e vai julgar o pecado (2 Pedro 2:5).].
2. O sinal do pacto noético. A fim de que a humanidade se lembrasse da misericórdia de Deus, após cada chuva, o Senhor torna-lhes bem visível o seu pacto: “O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens” (Gn 9.13,14).
O arco de Deus, seria um fenômeno tão novo como a chuva regular. Vendo-o a cada chuvarada, os descendentes de Noé poderiam repousar nos cuidados divinos.[Comentário:“Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações.” (9:12). Esta aliança permanecerá em vigor até a época em que nosso Senhor retornar à terra para purificá-la com fogo (II Pe. 3:10). Toda aliança tem um sinal que a acompanha. O sinal da aliança Abraâmica é a circuncisão (Gn 17.15-27); o da Mosaica é a observância do Sábado (Êx 20.8-11; 31.12-17). O “sinal” do arco-íris é bastante apropriado. Ele consiste nos reflexos dos raios de sol nas partículas de água das nuvens. A mesma água que destruiu a terra forma o arco-íris. O arco-íris também aparece no final de uma tempestade. Assim, este sinal assegura ao homem que a tempestade da ira de Deus (no dilúvio) terminou.].
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Deus, por sua infinita misericórdia, estabeleceu um novo pacto com o homem. Este pacto teve como símbolo um arco nos céus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Peça que os alunos leiam Gênesis 9.9-17. Depois explique que estes versículos “falam do concerto que Deus fez com a humanidade e com a natureza, pelo qual Ele prometeu que nunca mais destruiria a terra e todos os seres viventes com um dilúvio (vv.11,15). O arco-íris foi o sinal de Deus e o memorial perpétuo da sua promessa, no sentido de nunca mais Ele destruir todos os habitantes da terra com um dilúvio. O arco-íris deve nos lembrar da misericórdia de Deus e da sua fidelidade à sua palavra” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.45).
III. O PRINCÍPIO DO GOVERNO HUMANO
Uma nova civilização estava prestes a recomeçar. Mas, para que alcançasse plenamente os seus objetivos, era imperioso que ela se formasse sob o império das leis. Por esse motivo, Deus institui o governo humano.
1. O governo humano. Teologicamente, o governo humano é a instituição estabelecida por Deus, logo após o Dilúvio, através da qual o Senhor delega ao homem não somente a governança do planeta, como também a administração da justiça (Rm 13.1). Essa instituição, sem a qual a civilização humana seria inviável, pode ser sumariada nesta única sentença divina: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem” (Gn 9.6).
O Senhor Jesus, ao ratificar esse princípio, foi enfático ao realçar o lado benevolente e amoroso que deveria reger o governo humano: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12).[Comentário:Antes do Dilúvio já havia sobre a terra um sistema de governo -sugiro ao leitor diferenciar a dispensação do governo humano, que surgiu com Noé e foi até o chamado de Abraão, do governo civil exercido pelo Estado, que é o abrangido pelo texto áureo; notemos que Adão foi constituído governador do Éden, a ele cabia administrar, lavrar e guardar o jardim, logo depois, vemos surgir as primeiras cidades e povoados, e também de alguma forma existiam regras de conduta em relação a Deus, para que pudesse ser possível diferenciar os justos como Abel, Enoque e Noé dos injustos como Caim, Lameque e etc. Porém, somente após o Dilúvio é que encontramos Deus se pronunciando de forma direta sobre o relacionamento entre os homens. Deus agora deu a Noé determinadas leis para governar a raça por elas, e o homem passou a ser responsável pelo seu próprio governo - lembremos de Hamurabi e seu código (1.700 a.C.). Algumas dessas leis formaram a base das leis humanas em todas as eras desde então. Elas são necessárias para punir criminosos, sejam indivíduos ou nações (Rm 13.1-6; 1 Pe 2.13,14); consequentemente, a aplicação das leis é necessária bem como a guerra quando uma nação torna-se criminosa (Is 11.4-9; 65.20-25; Dn 2.21; 4.17-25; 5.21; 7.1-25; 8.20-25; 9.24-27;11.2-45; Zc 14; AP 19.11-21). Teologicamente falando, “Governo Humano” é a terceira dispensação e teve a duração de 427 anos. Iniciou-se logo após o dilúvio e estendeu-se até o chamado de Abraão quando ele tinha 75 anos de idade (Gn 8.15-16; 18-19; 9.18-19; 11.10-32; 12.1-3). Por conseguinte, não devemos confundir a terceira dispensação com o governo civil pelo Estado, este possui suas bases naquele, mas não é a continuidade daquela dispensação.].
2. O aperfeiçoamento do governo humano. Israel teve em vários períodos de sua história, alguns governos que chegaram a ser perfeitos. Haja vista o reinado de Ezequias (2Cr 29.1,2). Aliás, esses homens procuraram cumprir a Lei de Moisés, porque sabiam que nenhum reino poderá ser construído anarquicamente.
Dessa forma, Noé e seus descendentes, sob as novas regras baixadas pelo Senhor, puderam dar continuidade a história humana, apesar das lacunas deixadas pelo Dilúvio.[Comentário:Os governos humanos fazem parte de um governo moral de Deus e são necessários para a preservação da sociedade humana na terra (Rm13.1-2 Rm 13:5-7 I Pe 2:13-14).Os descendentes de Noé cresceram sobre a terra. Todas as civilizações e impérios que já existiram, partiram do “multiplicai-vos” ordenado por Deus a Noé e seus filhos. Ao longo da história, a humanidade já testemunhou ótimos governos, que agiram conforme o padrão moral ordenado por Deus, como também já foi testemunhado governos tiranos, corruptos e totalmente manchados pelo pecado e agindo com influências malignas.].
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O princípio do governo humano se deu a partir de Noé e seus descendentes.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“A Instituição do Governo Humano
No século antediluviano não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho. Mesmo rejeitando o Caminho, não havia refreio contra o pecado. O primeiro homicida, Caim, foi protegido contra um vingador (Gn 4.15). Sucessivos homicidas (Lameque, por exemplo) exigiram semelhante proteção (Gn 4.23,24). Durante séculos os homens haviam abusado do amor e da graça de Deus, e gastaram seu tempo entregues a toda qualidade de pecado e vício. Após o dilúvio, o caminho, o único Caminho para a vida eterna, ainda permaneceria aberto diante deles, e cabia-lhes o direito de aceitar ou rejeitá-lo. Mas se o rejeitassem, continuando desobedientes às leis divinas, eram passíveis de punição imediata por parte dos seus contemporâneos, pois Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos dos ímpios. A ordem divina foi esta: ‘Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu’ (Gn 9.6). A pena capital é a função de maior seriedade do governo humano, e uma vez que Deus concedeu ao homem essa responsabilidade judicial, automaticamente todas as demais funções de governo foram também conferidas. O governo humano, assim construído, exercendo a prerrogativa da pena capital, foi e é sancionada pelo próprio Deus como um meio de deter os desobedientes (Rm 13.1-7; 1Tm 1.8-10). A investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do novo pacto de Deus ao homem após o dilúvio.
Em comparação com a aliança adâmica, notamos que há: 1) maior domínio sobre o reino animal; 2) uma dieta mais ampla; 3) a promessa de Deus que não mais destruirá toda a carne; 4) e maior repressão sobre os ímpios, incluindo a prerrogativa da pena capital, que seria ao mesmo tempo uma ilustração do governo divino” (OLSON, Lawrence N. O Plano Divino Através dos Séculos:As dispensações que Deus estabeleceu para Israel, a Igreja e para o mundo. 26ª Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.69-71).
CONCLUSÃO
O governo humano é uma instituição divina. Foi deixado pelo Senhor, objetivando levar a civilização a cumprir os seus objetivos, até que o seu Reino seja instaurado entre nós através de Jesus Cristo, seu Filho.
Enquanto isso, todos somos exortados a obedecer aos mandatários e governantes, desde que estes não baixem leis que contrariem a Palavra de Deus, que está acima de todas as legislações humanas. Por isso, eis o nosso texto áureo: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).[Comentário:“Deus, o Senhor supremo e Rei de todo o mundo, para a sua própria glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis, a ele sujeitos, e para este fim os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores. Os magistrados civis não podem tomar sobre si a administração da Palavra e dos Sacramentos ou o poder das chaves do Reino de Deus” (Confissão de Westminster, capítulo XXIII. 1,3). Pelo fato de o governo civil existir para o bem de toda a sociedade, Deus lhe confere o “poder da espada”, o uso legal da força para aplicar as leis justas (Rm 13.4). Os crentes devem reconhecer isso como parte da ordem de Deus. Porém, se o governo civil proíbe aquilo que Deus exige ou exige aquilo que Deus proíbe, os crentes não devem submeter-se, e alguma forma de desobediência civil se torna inevitável (At 4.18-31;5.17-29). Temos, ainda, a responsabilidade de exigir que os governos civis cumpram o seu devido papel. Devemos orar pelos governantes, obedecer-lhes e estar atentos com relação a eles (1Tm 2.1-4; 1Pe 2.13-14), lembrando-os de que Deus os estabeleceu para governar, proteger e manter a ordem.]. “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Novembro de 2015
PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
Após o Dilúvio, como seria o relacionamento do ser humano com a natureza?
Se até aquele momento, o homem havia convivido harmonicamente com a criação, a partir de agora, esse relacionamento será bastante traumático. Alerta o Senhor que os animais, por exemplo, terão medo e pavor do ser humano (Gn 9.2). Para combatê-los, haveriam de surgir grandes caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A dieta humana foi alterada com o Dilúvio?
Se antes do Dilúvio, todos dispunham de uma dieta vegetal rica e farta, doravante teriam de complementá-la com nutrientes animais, pois a terra já não era tão fértil como antes. Eis a razão por que Deus autoriza-os a enriquecer suas refeições com carne.
Qual a simbologia do arco de Deus?
Era um sinal do pacto de Deus de jamais destruir a humanidade novamente pelo dilúvio.
O que é o governo humano?
Teologicamente, o governo humano é a instituição estabelecida por Deus, logo após o Dilúvio, através da qual o Senhor delega ao homem não somente a governança do planeta, como também a administração da justiça (Rm 13.1).
Até que ponto devemos obedecer o governo humano?
Desde que estes não baixem leis que contrariem a Palavra de Deus, que está acima de todas as legislações humanas.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O início do Governo Humano
“A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos” — frase atribuída a Winston Churchill. Dizem alguns filósofos que a história da humanidade pode se resumir na luta pelo poder. Ou como disse Karl Marx: “A história de toda a sociedade até aos nossos dias nada mais é do que a história da luta de classes”. Se Churchil e Marx estão certos, esta não é a discussão que desejamos levantar aqui — é bom lembrar que Churchil e Marx são cosmovisões completamente distintas uma da outra, conservadorismo x socialismo.
Entretanto, desde Noé e sua descendência, quando se começou a estabelecer um governo humano, até os dias contemporâneos, muita coisa aconteceu. Reinos se levantaram e reinos foram abatidos. Imperadores chegaram ao poder e imperadores foram retirados do poder. Os governos deixaram de ser uma pessoa para ser uma Carta Magna, com o advento das constituições federais. O Estado não é mais o indivíduo, como disse Luis XV da França (“O Estado sou eu”).
Tudo isso faz parte do plano de Deus para o governo humano. Nosso Senhor disse: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado” (Jo 19.11a). Nosso Senhor deixa claro que todo poder que existe no mundo foi estabelecido por Deus. O apóstolo Paulo escreveu: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).
A ideia bíblica de que a autoridade foi ordenada por Deus para garantir a ordem e o bom funcionamento para a sociedade é apresentada nas Escrituras desde a família de Noé, quando do novo começo da humanidade, passando pela história de toda civilização humana.
Essa é uma boa oportunidade para refletirmos sobre os governos atuais que flertam com a ditadura, com a falta de interesse de desenvolver a educação da nação e a prioridade de proteger o cidadão com estratégias de segurança pública. São questões atuais e necessárias para serem refletidas. Ainda em Romanos, o apóstolo Paulo diz: “Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela” (13.3). Neste texto, está implícito que o governo, segundo a perspectiva de Deus e das Escrituras, é para fazer o bem, proteger as pessoas de bem e fazer justiça a quem for vítima de um algoz que praticar o mal.
Todo poder estabelecido no mundo provém de Deus e prestará contas a Ele!
Postado por Francisco Barbosa

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