Pastor Edinaldo Domingos e Pastor Miranda - ADMOSSORÒ |
domingo, 26 de junho de 2016
Pastor Miranda, supervisor do Campo Eclesiástico de Mossoró, visitará a Assembleia de Deus em Paraú no dia 7 de Julho de 2016.
sábado, 25 de junho de 2016
Subsídio Escola Dominical - Lição 13 - CPAD - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Texto Áureo: Rm.
16.27 Leitura Bíblica: Rm. 16.27
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea
está marcada pelo individualismo, parafraseando um provérbio popular, tem sido
“cada um por si e o diabo contra todos”. Na aula de hoje, a conclusão da
Epístola aos Romanos, nos voltaremos para a importância do cultivo das relações
interpessoais na igreja. Inicialmente, destacaremos os perigos às relações
iniciais no âmbito eclesiástico. E ao final, apontaremos orientações bíblicas
com vistas ao investimento nas relações interpessoais da igreja.
I – AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
As conclusões das Epístolas de Paulo, dentre
elas a de Romanos, identificamos a preocupação do Apóstolo com as relações
interpessoais na igreja cristã. No capítulo 16 nos deparamos com uma longa
lista de pessoas engajadas no ministério de Paulo. As palavras graciosas do
Apóstolo revelam o cuidado que esse tinha com as pessoas da comunidade de fé.
Essa atitude deve inspirar os crentes contemporâneos, sobretudo os líderes
eclesiásticos, para não se esquecerem que estão lidando com pessoas, não apenas
com coisas. Há pastores que se preocupam demasiadamente com os templos, mas não
atentam para as pessoas que estão dentro dele. É importante ressaltar que as
pessoas são mais importantes que as coisas, até mesmo que os rituais
religiosos. Esse foi o pecado daqueles religiosos que desmereceram o homem
jogado à beira do caminho, na parábola do Samaritano, contada por Jesus (Lc.
10.25-37). Uma das características principais do cristianismo deve ser a
inclusão. A igreja em Roma era formada por crentes judeus e gentios, homens e
mulheres, e todos foram instados por Paulo a viverem em união, mesmo com suas
diferenças (Rm. 16.1,2). As mulheres tiveram papel importante no ministério de
Paulo, ele destaca a atuação da irmã Febe, uma das servas do Senhor no Corpo de
Cristo. Como demonstra Lucas em sua narrativa, as mulheres também foram
importantes no ministério de Jesus, principalmente para o sustento financeiro
(Lc. 8.3). Priscila, que não por acaso seu nome é citado antes do nome do esposo, foi
uma mulher dedicada ao ministério (At. 18.2,18,26; I Co. 16.19; II Tm. 4.19).
II – PERIGOS ÀS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
A igreja deve ser um
ambiente para o envolvimento pessoal, por isso somos chamados de irmãos e
irmãs. Fazemos parte da família de Deus, por isso devemos nos tratar como
membros de uma irmandade. Por causa do individualismo predominante na sociedade
contemporânea, muitas igrejas locais estão sendo solapadas. Os crentes não se
envolvem uns com os outros, eles têm receio de mostrar suas limitações,
sobretudo a normalidade. Há congregações em que as pessoas não se envolvem,
elas se reúnem durante a celebração do culto, mas depois não sabem mais quem
são. Esse individualismo reflete também no descaso em relação às necessidades
dos outros, quando alguém não consegue ter o suficiente, pode até ser julgado por
não ter se esforçado o suficiente. Esse cristianismo, influenciado pela
filosofia neocapitalista, está adoecendo não apenas a sociedade, mas também as
igrejas. A koinonia está em perigo, como no tempo dos judaizantes, cada um olha
para seu umbigo, ou como diz o ditado, “puxa a brasa para sua sardinha”. O
partidarismo está sendo normalizado na igreja, tendo também a política como
fonte de intrigas e interesses. Como nos tempos de Paulo, há os “que promovem
dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes” (Rm. 16.17).
Naqueles tempos havia duas filosofias que estavam se infiltrando dentro das
igrejas. O legalismo, que proibia tudo, e buscava orientar os crentes para as
práticas judaicas; e o gnosticismo, que era permissivo, incitando os crentes ao
antinomismo. O objetivo da igreja é glorificar a Deus (Rm. 11.36), para tanto
os crentes devem aprender a conviver, a se aceitarem em suas diferenças, mas
sem fazer concessões com a verdade do evangelho.
III – O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
O cultivo das relações interpessoais é
fundamental para o crescimento, principalmente o espiritual da igreja. Para
tanto, cada crente precisa passar por um processo de autoconhecimento, a fim de
identificar suas falhas, fraquezas e imperfeições (Rm. 12.3). Isso é possível
por meio de uma experiência cotidiana com o Senhor (Hb. 4.14-16), demonstrando
sinceridade diante dEle (II Co. 3.17-18), na busca constante pela maturidade
espiritual (Rm. 8.29; I Pe. 1.23-25). Esse é o princípio para perdoar os
outros, e ser ministro da reconciliação (Ef. 4.1-6), mantendo a unidade do
Espírito, pelo vínculo da paz. Deus perdoou a todos nós, e nos tratou com Sua
graça maravilhosa. De igual modo, devemos perdoar uns aos outros (Cl. 3.13), e
fundamentar nossos relacionamentos em humildade, seguindo o modelo de Cristo
(Fp. 2.6). Os crentes da igreja de Jerusalém aprenderam essa lição desde cedo,
pois todos os que criam estavam unidos, e tinham tudo em comum (At. 2.44). Isso
somente acontecia porque os crentes sabiam o que era o amor-agape, a base do
relacionamento fraternal (Rm. 12.10). Eles também se respeitavam, sobretudo os
mais jovens em relação aos mais velhos, em especial os que exerciam liderança
(Rm. 13.7; I Ts. 5.12,13). Viver em paz, exercitando graça e misericórdia, deve
ser o alvo de todo cristão (Rm. 12.18; 14.19; II Co. 13.11). É interessante
observar que Jesus sempre tinha compaixão das pessoas, ou para usar uma
expressão mais contemporânea, ele “se colocava no lugar do outro” (Mc. 8.2). O
mundo não sabe, mais precisa ansiosamente da igreja, pois essa, se souber a que
veio, poderá fazer toda a diferença. Por outro lado, devemos permanecer alerta,
para não nos deixar contagiar pela doença do individualismo, que está se
naturalizando na sociedade, inclusive na igreja.
CONCLUSÃO
Fomos chamados por
Deus para viver em comunhão – koinonia – e essa deve ser continuamente
experimentada pela igreja. Para isso precisamos aprender a conviver com as
diferenças, e a nos aceitar como um em Cristo. Precisamos, sempre que possível,
criar oportunidades na igreja, a fim de cultivar os relacionamentos
interpessoais. Não podemos ser apenas assistentes de cultos, mas pessoas
engajadas, envolvidas umas com as outras, assumindo a posição de membros do
mesmo corpo, o de Cristo (Rm. 12.4,5; I Co. 12.27).
sábado, 18 de junho de 2016
Subsidio para Escola Dominical - CPAD - 2º TRIMESTRE 2016 - Liçao 12 - COSMOVISÃO MISSIONÁRIA
COSMOVISÃO
MISSIONÁRIA
Texto Áureo: Rm.
15.20 Leitura Bíblica: Rm. 15.20-29
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
A igreja que é Cristã tem responsabilidade missionária, sua atuação precípua é levar o evangelho de Jesus até os confins da terra. Na aula de hoje estudaremos a respeito da visão missionária de Paulo, bem como seu planejamento para execução da obra, e a atuação missionária. Inicialmente destacaremos que a obra missionária parte de Deus. Em seguida, essa precisa ser feita de acordo com a orientação dEle, e por fim, a igreja deve se envolver em missão, caso contrário, comprometerá sua condição de igreja.
A igreja que é Cristã tem responsabilidade missionária, sua atuação precípua é levar o evangelho de Jesus até os confins da terra. Na aula de hoje estudaremos a respeito da visão missionária de Paulo, bem como seu planejamento para execução da obra, e a atuação missionária. Inicialmente destacaremos que a obra missionária parte de Deus. Em seguida, essa precisa ser feita de acordo com a orientação dEle, e por fim, a igreja deve se envolver em missão, caso contrário, comprometerá sua condição de igreja.
I – A COSMOVISÃO MISSIONÁRIA
A sociedade
contemporânea, sob a égide do politicamente correto, e da tolerância religiosa,
tem se oposto à evangelização. Mas essa cosmovisão está equivocada,
primeiramente porque todas as pessoas buscam defender seus princípios, mesmo
que esses não sejam religiosos. Mesmo nas academias os pesquisadores buscam
convencer e recrutar adeptos para seus paradigmas científicos. No tocante à fé
cristã, a evangelização e a obra missionária, é um mandamento do próprio
Cristo, que comissionou sua igreja para fazer discípulos (Mt. 28.19,20), em
todas as etnias (Mc. 15.15,16), pregando a mensagem da morte e ressurreição de
Cristo (Lc. 24.5,6), sob a autoridade de Jesus (Jo. 20.21), no poder do
Espírito (At. 1.8). Paulo foi um dos primeiros, e um dos mais atuantes,
missionário da igreja cristã. Ele foi chamado por Cristo para essa missão e a
cumpriu cabalmente (At. 9), levando o evangelho até os confins da terra,
através de três viagens missionárias. Conforme ele mesmo informa aos Romanos,
Deus lhe deu a oportunidade de levar o evangelho desde Jerusalém até ao Ilírico.
Como um missionário desbravador, não tinha a pretensão de levar o evangelho a
lugares em que outros já tinham pregado (Rm. 15.20,21). O missionário
verdadeiramente chamado por Deus não entra nesse sistema de competitividade
eclesiástica, antes se preocupa com a salvação das almas. Uma igreja que busca
investir no reino de Deus não enfoca os lucros que irá obter através da
pregação. Onde estiver uma alma necessitada de salvação, ali deverá está um
missionário amoroso que se sacrifica por Cristo.
II – O PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO
Para faz fazer, e ser
missões a contento, a Igreja precisa planejar suas atividades. Paulo, como
exemplo de dedicação a essa obra, estabeleceu bases em pontos de apoio. Para
esse fim, Roma, por se tratar de uma metrópole, deveria se tornar uma base de
apoio. A intenção do Apóstolo era ir a Roma: “quando partir para a Espanha,
irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja
encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia”. Isso
demonstra também que o missionário precisa de apoio financeiro, pois não se
pode fazer missões são contribuições. As igrejas que enviam missionário devem
avaliar as condições, sobretudo porque são responsáveis pelas famílias que
enviam. Por outro lado, os missionários enviando devem compreender que essa é
uma obra desafiadora. Paulo foi um missionário experiente, e principalmente,
não buscava glória própria, antes o crescimento do reino de Deus. Ele pretendia
prosseguir com a obra missionária, mas antes deveria concluir a que havia
iniciado (Rm. 15.26). Outra necessidade missionária é a de fazer intercâmbios,
as igrejas devem se ajudar, principalmente diante dos trabalhos mais
desafiadores. Paulo também dependeu de cobertura espiritual, ele pediu para que
a igreja intercedesse por ele: “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus
Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim
a Deus” (Rm. 15.30). Não podemos deixar de orar pela obra missionária,
principalmente por aqueles obreiros que se encontram em zona de conflito, e que
estão pondo suas vidas em risco pelo evangelho. Sempre que possível devemos nos
identificar com suas adversidades, e servir de refrigério para eles. A visita
ao campo missionário, o envio de uma mensagem, pode ter muito significado para
aqueles que estão distantes.
III – A ATUAÇÃO MISSIONÁRIA
Ao longo da sua vida, Paulo fez
três viagens missionárias, e uma quarta, já preso, quando foi conduzido a Roma.
A primeira
viagem missionária de Paulo está registrada em Atos 13.1 a 14.28. Essa foi uma
missão para os gentios e o Apóstolo partiu de Antioquia. Do Porto da Selêucia,
Ele seguiu juntamente com seus companheiros. Ao retornar para Antioquia, Paulo
passa, então, a ser como o Apóstolo do evangelho da incircuncisão” (At.
15.22-26; Gl. 2.7). Durante essa viagem missionária Paulo escreveu a Epístola
aos Gálatas. A segunda viagem
missionária de Paulo se encontra registra em At. 15.36 s 18.22. Essa pretendia
ser uma viagem para visitar as cidades nas quais o evangelho de Cristo havia
sido pregado (At. 15.36). Após uma rápida visita a Éfeso, Paulo seguiu viagem,
prometendo retornar se essa fosse à vontade do Senhor, e logo retornou para
Antioquia (At. 18.19-21). Durante essa segunda viagem missionária Paulo
escreveu duas cartas: I e II Epístolas aos Tessalonicenses. A terceira
viagem missionária de Paulo se encontra registrada em At. 18.23 a 21.14. O
Apóstolo segue mais uma vez em direção a região da Galácia e da Frigia. Em
seguida, segue rumo a Ásia, para sua principal cidade, Éfeso. Enquanto era
recebido por Tiago e os anciãos da igreja, alguns judeus da Ásia, que estavam
presentes em Jerusalém, para celebrar a Festa de Pentecoste, acusaram Paulo de
profanar a área do templo (At. 21.27-36), o que resultou em sua prisão pelo
capitão romano da cidade. Nessa viagem missionária, além da Epístola aos
Romanos, Paulo escreveu I e II Coríntios.
A igreja deve assumir a responsabilidade de fazer, e sobretudo, de ser missão. Uma igreja que não se envolve em levar o evangelho está fugindo do seu chamado. O desafio da evangelização é o de propagar a mensagem, simultaneamente, em Judeia, Samaria e até aos confins da terra (At. 1.8). Em se tratando especificamente de Roma, Paulo sabia que aquela cidade serviria de base missionária, a fim de que esse objetivo fosse alcançado.
Assembleia de Deus no Brasil - 105 ANOS de HISTÓRIA!! (Extraido da pagina do Tiago Bertulino)
As Assembleias de Deus no Brasil estão completando, neste dia 18 de junho, 105 anos de fundação. Tudo começou com a vinda de dois missionários suecos que antes de chegarem ao Brasil visitaram o movimento de despertamento e avivamento espiritual da Rua Azuza em Los Angeles, EUA.
Daniel Berg e Gunnar Vingren atenderam a
chamada missionária ao receberem uma revelação de Deus acerca do Pará. Porém,
ambos não sabiam onde ficava. Ao pesquisarem no mapa descobriram que se tratava
da região norte de nosso país. Obedecendo ao “ide” chegaram a terras
brasileiras em 19 de novembro de 1910.
A princípio reuniram-se com as igrejas
batistas aqui já instaladas, mas como traziam na bagagem a doutrina pentecostal
do batismo no Espírito Santo com a evidência do falar em línguas e a atualidade
da concessão de dons espirituais como nos tempos apostólicos, não demorou para
que o Senhor Jesus começasse a batizar os membros daquela igreja que, não
aceitando a nova doutrina, decidiram desligar da comunhão os crentes que se
uniram aos missionários. Entre eles, a irmã Celina Albuquerque, que na
madrugada de 02 de junho de 1911 recebeu o batismo no Espírito Santo e falou em
línguas conforme a promessa descrita no livro do profeta Joel 2 e seu
cumprimento em Atos dos Apóstolos 2. Ela foi a primeira crente da igreja
Batista de Belém a ser batizada. Logo outros foram batizados também. Um total
de 13 membros deixou a igreja Batista em Belém do Pará para juntar-se aos
missionários e fundarem em 18 de junho de 1911 a igreja Missão da Fé
Apostólica.
Muitos estavam curiosos para conhecerem
a nova doutrina. Houve rejeição por parte de alguns, mas muitos abraçaram a
doutrina porque viam nas páginas da Bíblia a confirmação do que era pregado e
ensinado pelos missionários estrangeiros. A essa altura as reuniões de oração
que no início aconteciam na residência dos missionários, passaram à residência
da irmã Celina de Albuquerque.
Reunidos na casa da irmã Celina, por
sugestão de Gunnar Vingren, em 18 de janeiro de 1918, registrou-se a igreja
Assembleia de Deus, nome que traz até hoje. Tendo origem no movimento
pentecostal do início do século XX na América, as Assembleias de Deus do
Brasil, cresceram nos moldes da igreja do Novo Testamento, onde os discípulos
cheios do Espírito Santo levaram o Evangelho a todo o mundo.
Não muito tempo depois, as Assembleias
de Deus chegaram aos grandes centros urbanos das regiões Sul e Sudeste, como
Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte. Em 1922 chegou ao Rio de Janeiro, no
bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar
Vingren, de Belém (PA) em 1924, para a então capital da República.
Desde 1930, quando se realizou a
primeira Convenção Geral dos pastores na cidade de Natal (RN), as Assembléias
de Deus no Brasil passaram a ter autonomia interna, sendo administrada
exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem, contudo perder os
vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a
ter maior colaboração das Assembléias de Deus dos EUA através dos missionários
enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a
estruturação teológica da denominação.
Em virtude de seu fenomenal crescimento,
principalmente depois dos anos 90 com a criação e ação da chamada Década da
Colheita, iniciativa das Assembléias de Deus, os pentecostais começaram a fazer
diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, as autoridades
religiosas e seculares despertaram para uma possibilidade jamais imaginada: o
Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante. Tal
possibilidade se tornou ainda mais real com a divulgação entre o final de 2006
e início de 2007 por um instituto de pesquisa de que, com vinte milhões de
fiéis, o Brasil é o maior país pentecostal do mundo.
Atualmente, os mesmos institutos de
pesquisa apontam para uma mudança no perfil evangélico brasileiro em todos os
setores da sociedade por conta da ação do Evangelho. As Assembleias de Deus
estão hoje em todas as camadas da sociedade, inclusive com representantes na esfera
política do Congresso Nacional. Como agente de mudança não somente espiritual,
vê-se a igreja agindo em grande escala em trabalhos sociais de grande
envergadura e empenhada a mudar a face do nosso país a partir do Evangelho de
Jesus Cristo, tendo templos em quase todas as cidades brasileiras.
sexta-feira, 10 de junho de 2016
Subsídio para Escola Dominical - A TOLERÂNCIA CRISTÂ
Texto Áureo: Rm.
14.17 Leitura Bíblica: Rm. 14.1-7
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
Hoje, como nos tempos em que Paulo escreveu sua Carta aos Romanos, existem crentes fracos na fé, que têm consciência limitada em relação à sua liberdade cristã. Diante disso, e a partir das instruções que nos dá o Apóstolo, precisamos de discernimento espiritual para sermos tolerantes para com eles a fim de que não venham a ser destruídos, mas edificados em amor. Ao mesmo tempo em que devemos ser instrumentos de Deus para a maturidade dos crentes mais débeis na fé.
Hoje, como nos tempos em que Paulo escreveu sua Carta aos Romanos, existem crentes fracos na fé, que têm consciência limitada em relação à sua liberdade cristã. Diante disso, e a partir das instruções que nos dá o Apóstolo, precisamos de discernimento espiritual para sermos tolerantes para com eles a fim de que não venham a ser destruídos, mas edificados em amor. Ao mesmo tempo em que devemos ser instrumentos de Deus para a maturidade dos crentes mais débeis na fé.
I – TIPOS DE CRISTÃOS
Os fracos na fé
em Roma, pelo que podemos depreender contexto, eram os cristãos judeus, cuja
fraqueza cultural (não moral), os deixava duvidosos quanto ao que fazer ou
deixar de fazer em suas consciências, e por conseguinte, em suas práticas. Pelo
que depreendemos do contexto, eles permaneciam comprometidos com as regras
judaicas, especialmente, no que tange às dietas e a guarda de dias religiosos
(Rm. 14.14.20). Paulo, ao longo de sua exposição, se põe ao lado dos fortes na
fé, ele, inclusive, se apresenta como um dos fortes (Rm. 15.1). Contudo, por
causa do amor, e talvez, considerando a decisão do Concílio de Jerusalém (At.
15.19), ensina aos fortes a serem tolerantes para os cristãos mais fracos. A
recomendação de Paulo é que coisas como seguir uma determinada dieta e a
escolha de dias religiosos, contanto que não comprometam a doutrina da salvação
pela graça, por meio da fé em Cristo (Ef. 2.8,9; Gl. 1.8,9), devem ser postos
como assuntos secundários e não devem ser motivo para alguém vir a julgar seu
irmão (Rm. 14.3,4). Não recebemos do Senhor a incumbência para ser juízes dos
nossos irmãos, tal somente pertence ao Supremo Juiz, por isso, Paulo cita Is.
45.23. Não sirvamos, portanto, de pedra de tropeço para os nossos irmãos, antes
os encaminhemos, em amor, à maturidade.
II – VIVENDO A VERDADEIRA LIBERDADE EM CRISTO
Conforme
apontamos anteriormente, Paulo se coloca a favor dos fortes, e ele mesmo se
considera um dos tais. Mas, conforme escreve aos Coríntios (I Co. 6.12), embora
tudo nos seja lícito, nem tudo nos convém, a fim de que os mais fracos não sejam
escandalizados (literalmente, não venham a tropeçar). Nesse sentido, podemos
dizer que nossa liberdade em Cristo é redimensionada pelo amor aos nossos
irmãos fracos, já que, para eles, se agirem contra suas consciências, estarão
pecando. Isso não quer dizer que nossa consciência seja infalível, ela pode,
inclusive ser cauterizada (I Tm. 4.2), mas nós, os mais fortes, não podemos
deixar de respeitar as consciências fracas dos irmãos que pecam contra seus
princípios se agirem contra eles (Rm. 14.23). Por causa desses irmãos mais
fracos, Lutero, lembrava que "o cristão é o mais livre senhor de todos,
não sujeito a ninguém, e ao mesmo tempo, o cristão é o mais dócil servo de
todos, sujeito a todos". Evidentemente, isso não quer dizer que devemos
aceitar evangelhos contrários àquele revelado nas Escrituras (Gl. 1.7-9). A
tolerância se dá no contexto daquilo que é secundário à doutrina cristã. A esse
respeito, é válido destacar a célebre declaração de Agostinho: “nas coisas
essenciais, unidade; nas não essenciais, liberdade; em tudo, a caridade”.
III – DEVEMOS NOS ACEITAR MUTUAMENTE
Com vistas à
unidade do corpo de Cristo, precisamos cultivar o amor cristão (Rm. 12.10) a
fim de que possamos desenvolver o mesmo sentimento de Cristo (Rm. 12.16). Para
isso, aqueles que são mais fortes na fé não podem ser orgulhosos, mas
condescendentes com os mais francos. Para esse fim, faz-se necessário que
suportemos, que, em grego, dá ideia também de “sustentar” e “transportar” (Rm.
15.1). Isso remete ao que está escrito em Gl. 6.2: “Levai as cargas uns dos
outros, e assim cumprireis a lei de Cristo”. Visando a harmonia da igreja, pode
haver casos em que tenhamos não só que tolerar, mas também, sofrer, enfrentando
pacientemente as privações. Seguindo o exemplo do que nos ensinou o Mestre em
Mt. 5.40,41, mesmo libertos em Cristo, precisamos, em alguns casos, caminhar a
“segunda milha”. Assim, por causa do amor a Cristo e aos nossos irmãos, nos, os
mais fortes, nos tornamos servos dos mais fracos, a fim de conduzi-los ao
Senhor (I Co. 8.9; 9.22). Como o Filho do Homem, não estamos aqui para sermos
servidos, mas para servir (Mc. 10.45), e seguindo Seu exemplo, devemos nos
compadecer das fraquezas dos outros (Hb. 4.15).
CONCLUSÃO
Os cristãos fortes, em relação aos fracos, precisam, inicialmente, suportar suas fraquezas, e, diante delas, não podemos ser egocêntricos, antes devemos buscar agradar o próximo, para o bem dele a fim de edificá-lo (Rm. 14.15). Para isso, não devemos colocar tropeços em sua vida (Rm. 14.13,20,21), nem destruí-lo (Rm. 14.20) ou prejudica-lo (Rm. 14.15). Como o objetivo é a edificação, isso inclui, também, o ensino amoroso a fim de que a fé do fraco seja fortalecida, bem como sua consciência. E, assim, o fraco também passará a ser forte, como certamente fez Paulo quando a Carta aos Romanos foi lida entre os irmãos.
segunda-feira, 6 de junho de 2016
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Subsídio Escola Dominical - 2º Trimestre 2016 - Lição 10 CPAD - "Deveres Civis, Morais e Espirituais.
Data:
5 de Junho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades
que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1). [Comentário: Os crentes têm uma base racional distinta para se
submeterem, de modo apropriado, às autoridades governamentais: o reconhecimento
de que o próprio Deus é a fonte do governo na sociedade humana (Pv 8.15,16; Dn
2.21).]
VERDADE PRÁTICA
Diante
da sociedade, o crente tem deveres civis, morais e espirituais.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 13.1 - É Deus que constitui as
autoridades para que governem com justiça
Terça — Rm 13.2 - Resistir às autoridades é
resistir à ordenação de Deus
Quarta — Rm 13.3 - As autoridades são constituídas
para punir os que fazem o mal
Quinta — Rm 13.5 - Os crentes devem respeitar as
autoridades
Sexta — Rm 13.7,8 - Pagando os tributos e não devendo
nada a ninguém, a não ser o amor
Sábado — At 5.29 - A obediência a Deus deve vir
sempre em primeiro lugar
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos
13.1-8.
1
— Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade
que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2
— Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que
resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3
— Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más.
Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4
— Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois
não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o
que faz o mal.
5
— Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo,
mas também pela consciência.
6
— Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus,
atendendo sempre a isto mesmo.
7
— Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
8
— A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos
outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
HINOS SUGERIDOS
10,
185 e 436 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar
que o crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a sociedade na
qual está inserido.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Apontar
os deveres civis daqueles que foram alcançados pela graça divina;
II. Explicar
os deveres civis dos crentes;
III. Relacionar
os deveres espirituais dos crentes.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Dando
prosseguimento ao estudo da Epístola aos Romanos, estudaremos o capítulo 13.
Neste capítulo Paulo mostra que a nossa vida de fé em Jesus Cristo precisa ser
revelada em nossos relacionamentos interpessoais e com as autoridades
constituídas. O crente deve respeitar e se submeter às autoridades legitimamente
constituídas. Porém, isso não significa que ele deva concordar com o pecado
daqueles que estão em uma posição de liderança, como por exemplo, a corrupção,
o roubo e leis que são contrárias a Palavra de Deus, como por exemplo, a
legalização do aborto. Somos cidadãos dos céus, mas enquanto vivermos neste
mundo, precisamos pagar nossos impostos e seguir as leis estabelecidas
(13.1-5). Nosso respeito e submissão as autoridades revelam o quanto amamos e
respeitamos o Todo-Poderoso e as suas Leis.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje estudaremos o capítulo 13 da Epístola aos Romanos. Paulo trata
neste capítulo a respeito da relação dos crentes com as autoridades. Viver pela
fé na justiça de Deus implica obedecer às leis, as autoridades governamentais,
pagar impostos e seguir as regras e normas estabelecidas, demonstrando então
que somos uma nova criatura. A submissão do crente às autoridades revela seu
amor e sua obediência às leis de Deus. [Comentário: Depois de comentar sobre a atitude própria do crente em
relação a Deus, em relação aos irmãos na fé e em relação aos de fora (inclusive
inimigos), Paulo agora descreve como os filhos de Deus devem relacionar-se com
as autoridades governamentais. Paulo começa seu texto dizendo que todos devem
se sujeitar às autoridades governamentais. Mas o que isso significa? O desenrolar
do capítulo 13 explica esta sujeição evidenciando seu interesse em uma
obediência não ao indivíduo governante, mas à autoridade governamental no
exercício de sua função. Podemos dizer porque a linguagem paulina está sempre
relacionado à obediência às leis. O governo civil é um meio ordenado por Deus
para reger e manter a ordem nas comunidades. Soma-se a esse,o governo de
ministros na Igreja e pais no lar. Em nosso mundo decaído, essas autoridades
são instituições da “graça comum” de Deus, colocada como anteparo contra a
anarquia e contra a dissolução da sociedade ordenada. No texto áureo, o termo
“autoridade” é a tradução do grego exousia, Strong 1849: Uma das quatro
palavras para “poder” (dunamis, exousia, ischus e kratos), exousia significa a autoridade ou o
direito de agir, habilidade, privilégio, capacidade, autoridade delegada. Exousia é o direito de usar dunamis. É importante salientar que
Paulo não sugere que Deus aprova uma autoridade corrupta, oficiais ímpios ou
legislação injusta, embora algumas vezes, em punição aos pecados de uma pessoa
ou por outros motivos conhecidos por Deus, ele permita que os governantes maus
tenham autoridade por algum tempo. Idealmente, Deus concede autoridade para
fazer boas obras (v.3-4). A maneira como essa autoridade é exercida será
responsabilidade de cada um a quem ela foi concedida.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
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PONTO CENTRAL
O
crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a sociedade.
I. DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7)
1. A natureza do Estado. O apóstolo Paulo parte do
princípio de que toda autoridade é constituída por Deus. [...] “Não há
potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por
Deus” (Rm 13.1 — ACRF). A tradução Almeida Corrigida Revisada Fiel usada aqui
deixa ambíguo o sentido desse texto ao usar a palavra potestade em vez de
autoridade. O termo potestade dá uma conotação de que a referência seja a seres
espirituais. Todavia, o termo exousia (autoridade), que ocorre 102 vezes em o
Novo Testamento grego, quatro vezes neste capítulo, possui o sentido, nesse
contexto, de governantes civis. A referência, portanto, diz respeito às
autoridades civis, quer locais, quer nacionais. O princípio da autoridade
constituída, ou delegada, vem de Deus, e por isso o crente tem o dever de se
submeter a ela. Esse princípio é fartamente documentado no Antigo Testamento,
onde é mostrado que nenhum governante exerce autoridade fora do domínio de Deus
(Pv 8.15,16; Dn 2.21; Is 45.1-7). [Comentário: Como Paulo vai desenvolver a ideia da submissão à
autoridade civil em Romanos 13.1-7? Paulo declara que esses governantes foram
designados por Deus, de modo que os que se lhes opõem estão resistindo à
ordenação de Deus. O insubmisso é definido em termos de praticar a maldade (v.
3), não pagar os impostos (v. 7) e não temer e honrar os líderes (v. 7),
estrutura esta que se repete em outro texto Paulino e até mesmo na fala de
Pedro (Tt 3.1 e 1Pe 2.13-14), onde sujeição sempre vem antes ou em paralelismo
com obedecer às leis, não agindo como um malfeitor. Desta forma, poderíamos reescrever
a ordenança paulina, trazendo o que foi escrito aos romanos debaixo de um
império para nosso momento, sob uma democracia representativa constitucional
como “Todos devem obedecer a lei”.]
2. O propósito do
Estado. A
natureza espiritual de um governo civil está no princípio da autoridade a ele
delegada. O propósito da sujeição do crente à autoridade constituída, segundo
Paulo, é especificado em Romanos 13.3,4. A razão dada é a promoção do bem e a
punição do mal por parte da autoridade. Em outras palavras, a manutenção da
ordem. Sem obediência a autoridade corre-se o risco de se cair numa anarquia. É
por isso que o apóstolo diz que o governo é ministro de Deus para a promoção do
bem comum, bem como para frear o mal. A palavra ministro, no grego, é diáconos,
vocábulo que mostra o princípio divino por trás do governo humano. São
ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam governantes pagãos, como, por
exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor (Is 45.1; Dn 4.17). O princípio
bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as honre (Rm
13.7). A desobediência civil só se justifica no caso de conflito entre a lei
humana e a divina (At 5.29). No caso de governos que decretam leis injustas e
estados totalitários que privam o exercício da fé, o cristão, em razão da sua
consciência para com Deus, deve moldar-se pela Palavra de Deus, para isso,
estando disposto a assumir todas as consequências de seus atos. [Comentário: Os crentes de Roma deveriam ter em mente que os
magistrados foram designados por Deus com o fim de promover o interesse do povo
sobre quem têm responsabilidade. Portanto, a fim de evitar a ira de Deus, e
também por causa da consciência daqueles a quem a carta de Paulo foi escrita –
os crentes de todas as épocas – devem submeter-se às autoridades civis. Os que
seguem o curso oposto, seria bom que se lembrassem de que estão se opondo ao
próprio Deus; além disso, o magistrado não porta sua espada sem motivo. A
autoridade do Estado visa o benefício da sociedade, essa é a sua função normal,
e Paulo pressupõe que isso pode ter lugar em termos práticos,mesmo quando as
autoridades do governo sejam reconhecidamente não cristãos, como era o caso
daquela igreja. Pelo fato de o governo civil existir para o bem de toda a
sociedade, Deus lhe confere o “poder da espada”, o uso legal da força para
aplicar as leis justas (v.14), e os crentes devem reconhecer isso como parte da
ordem de Deus (v.1-2). Entretanto, se um governo civil proíbe aquilo que Deus
exige ou exige aquilo que Deus proíbe, o crente não deve submeter-se, assim,
alguma forma de desobediência civil se torna inevitável (At 4.18-31; 5.17.29). O
compromisso maior dos cristãos é com Cristo, o Senhor (Fp 2.11); a sua
verdadeira pátria está nos céus (3.20). Isso relativiza a importância do estado
e de todas as instituições humanas.]
3. A igreja e o Estado. Paulo mostra que a sujeição por
parte dos cristãos às autoridades deve-se primeiramente por razões de
obediência. Nesse caso o crente deve submeter-se ao poder coercitivo da lei,
pagando impostos e tributos. É interessante notar que Paulo fala de dois tipos
de tributos nesse capítulo, phoros e telos. O primeiro termo é uma referência
aos impostos diretos enquanto a segunda aos indiretos. Paulo aconselhou os
crentes a cumprirem seus deveres pagando seus impostos (Mt 22.21). Mas havia
uma razão a mais para a submissão à autoridade — a consciência do crente. O
crente não deveria se sujeitar a autoridade simplesmente por medo da lei, mas
por uma questão de consciência diante de Deus. [Comentário: A esfera de autoridade da Igreja relaciona-se com o
governo civil no âmbito da moralidade. Os crentes devem exigir que os governos
civis cumpram o seu papel; devem orar pelo governo civil, obedecer-lhes e estar
atentos em relação a eles lembrando-os de que foi Deus quem os estabeleceu para
governar proteger e manter a ordem. No versículo cinco Paulo dá duas razões
pelas quais os crentes devem obedecer a autoridade: 1) Pelo castigo, isto é,
para evitar a punição que as autoridades executam sobre aqueles que fazem o mal
(v.4), e 2) Pela consciência, isto é, pois queremos ter a consciência tranqüila
perante Deus, que estabeleceu a autoridade e nos manda obedecer-lhe. Para um
aprofundamento nesse assunto, sugiro a leitura do artigo ‘IGREJA E ESTADO: UMA
VISÃO PANORÂMICA’, de Alderi Souza de Matos, disponível no link: http://www.mackenzie.br/7113.html.]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O
crente tem deveres civis a cumprir.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Submissão as autoridades (13.1)
‘Toda
alma esteja sujeita às potestades superiores’. O apóstolo recomenda a submissão
à autoridade constituída. A seguir, o texto declara a razão por que devemos nos
submeter às autoridades: ‘Porque não há potestade que não venha de Deus; e as
potestades que há foram ordenadas por Deus’. A palavra ‘potestade’ refere-se a
‘autoridade ou poder delegado’. Neste parte do versículo, Paulo declara que
toda a autoridade vem de Deus.
13.2.
Neste versículo, o resistir às autoridades significa resistir a Deus, por isso
estamos legalmente obrigados a reconhecer e a obedecer às autoridades
constituídas. Resistir à autoridade é opor-se à lei divina, pois Deus mesmo
reconhece a lei civil. Quebrar a lei ou transgredi-la implica em consequências
negativas, isto é, em condenação, não só da parte das autoridades civis, mas
também da parte de Deus.
13.3,5.
‘Porque os magistrados não são terror para as boas obras’. Quando alguém
pratica o bem não tem o que temer. Note que Paulo declara que a autoridade
civil é ministro de Deus (v.4), por isso, o crente deve orar a Deus pela
autoridades constituídas e submeter-se a elas (v.5). Devemos nos submeter às
autoridades por dever de consciência. O crente obedece, não por medo de ser
punido, mas porque sua consciência lhe mostra o que deve fazer” (CABRAL,
Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005,
p.139).
II. DEVERES MORAIS (Rm 13.8-10)
1. A dívida que todos devem ter. O apóstolo reconhece os deveres
do cristão em relação ao Estado, e aconselhou a não ficarem em débito com
ninguém: “A ninguém devais coisa alguma [...]” (Rm 13.8). Em palavras atuais,
significa que o crente deve ter o “nome limpo na praça”. Por outro lado, Paulo
reconhece outra natureza de dívida, esta não negativa, mas positiva para o
crente. A dívida do amor. Não podemos dever nada a ninguém, exceto “o amor com
que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm
13.8). Orígenes, um dos pais da igreja antiga, dizia que “a dívida de amar é
permanente e nunca a saldamos; por isso devemos pagá-la diariamente, e sem
dúvida, continuaremos devendo”. Amar o semelhante é uma obrigação moral que
temos para com a raça humana. [Comentário: Tendo-se preocupado, em 13.1-7, com o cumprimento, pelo
crente, da sua responsabilidade política, Paulo prossegue passando agora a
resumir a sua exortação ética particularmente ao mandamento do amor, que
abrange tudo. “A ninguém devais coisa alguma”: o tempo presente grego da
proibição pode ser traduzido assim: “continue não devendo nada a ninguém”.
O versículo, provavelmente, não proíba todas as dívidas, mas certamente proíbe
uma atitude de contentamento com o endividamento ou achar que o endividamento
seja uma situação normal (Sl 37.21). Esse versículo repete na forma negativa a
ordem positiva do versículo 7: “Daí a todos o que é vossa obrigação dar-lhes”.]
2. A segunda tábua da lei. Paulo havia falado muito sobre a
Lei nos capítulos anteriores, e aqui novamente ele volta a citá-la: [...] “quem
ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8). A lei dada a Moisés no Sinai foi
escrita em duas tábuas (Êx 34.1). Os quatro primeiros mandamentos enfatizam o
relacionamento vertical, isto é, entre Deus e os homens: Não ter deuses
estranhos; não fazer imagens; não profanar o nome de Deus e guardar o sábado.
Por outro lado, os outros seis mandamentos são horizontais, isto é, enfocam o
relacionamento entre as pessoas: Honrar os pais; não matar; não adulterar; não
furtar; não dar falso testemunho e não cobiçar. O interesse do apóstolo pelas
relações interpessoais fica claro quando ele cita, em Romanos 13, esses
mandamentos: “Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás
falso testemunho, não cobiçarás [...]” (Rm 13.9). [Comentário: Se realmente compreendermos o mandamento de amar ao
próximo, nós cumpriremos todos os deveres sociais e observaremos especialmente
aqueles mandamentos mais fundamentais nos relacionamentos humanos. O versículo
9 é um resumo das leis morais de Deus; todavia, um resumo não deve ser usado
para contradizer um dos itens que está resumindo. Portanto, dizer que o amor ao
próximo exige que alguém quebre algumas das leis de Deus de vez em quando, é um
mal-entendido das Escrituras. O amor aqui descrito é reflexo do amor divino
demonstrado em o Pai dar seu Unigênito, por amor por aqueles que não O amavam,
para padecer no lugar de pecadores. Crer e desfrutar dessa tremenda realidade
do amor divino sustenta o amor por Deus e pelo próximo que os dois grandes
mandamentos das Escrituras exigem (Mt 22.35-40). O nosso amor é a expressão da
gratidão pelo amor gracioso de Deus para conosco e deve imitá-lo como modelo
(Ef 4.32; 1Jo3.16), e o amor de Deus não é sentimental, mas orientado para a
ação (Jo 3.16; 1Jo 4.10) e constante.]
3. O segundo grande mandamento. Paulo reforça o seu argumento
sobre a lei do amor citando Levítico 19.18. Ele conclui dizendo que “o
cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.10). O mandamento do amor sintetiza todos
os outros preceitos que promovem as relações (Rm 13.9). [Comentário: Os crentes têm obrigações para com o Estado; e os
crentes também têm obrigações para com outros seres humanos. Os versículos 8 a
14 continuam a discussão do capítulo 12 sobre a responsabilidade cristã de amar
os outros. O amor cristão é descrito por Paulo em 1Co 13, onde é marcante sua
total ausência de interesse próprio. Mais do que simples emoção – como normalmente
é entendido pelo mundo – o amor cristão é um princípio de ação; é uma questão
de fazer algo pelos outros por compaixão a eles, sem levar em consideração se
sentimos ou não afeição por eles. É por esse amor que seremos reconhecidos como
discípulos de Jesus (Jo 13.34-35). O crente deve se preocupar com o próximo
como alguém que foi criado a imagem de Deus; essa é a atitude que devemos
demonstrar para com os nossos semelhantes (Lc 6.31).]
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O
crente precisa obedecer princípios morais estabelecidos por Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Deveres Morais (13.11-14)
Neste
texto, encontramos um imperativo moral para um viver cristão autêntico. É um
apelo à vigilância cristã e à conscientização da urgência do tempo.
13.11.
‘E isto digo, conhecendo o tempo’. Que há dentro desse tempo? São os sinais
predeterminados da vinda de Cristo. Por isso, a continuação do versículo 11 é
uma exortação ao despertamento espiritual contra toda a indiferença e frieza.
Estar despertado implica em estar de prontidão espiritual.
13.12.
‘As obras das trevas’ se contrapõem às obras da luz, pois são originadas pelo
príncipe das trevas, e suas obras são más e traiçoeiras. Entretanto, o Senhor
nos oferece as ‘armas da luz’ que são a graça, a bondade e a verdade do reino
de Cristo.
13.13,14.
‘Andemos honestamente’ (v.13). Diz respeito ao comportamento moral do crente,
‘não em glutonaria, nem em bebedeiras, nem em desonestidade, nem em
dissoluções, nem em contendas e invejas’. Ora, o padrão neotestamentário
rejeita as obras da carne. Deus abomina a licenciosidade e a intemperança.
Porém, no versículo 14, Paulo convida: ‘Mas revesti-vos do Senhor Jesus
Cristo’. Significa recebê-lo no coração e deixá-lo dominar inteiramente a nossa
vida. Não há vitória moral fora de Cristo. Estar revestido de Cristo é ter a
presença pessoal do Espírito Santo dentro de nós, limpando e purificando o
nosso interior” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª
Edição. RJ: CPAD, 2005, p.140).
III. DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14)
1. Consciência escatológica
(v.11). Encabeçando
a lista dos deveres de natureza espiritual, Paulo apresenta um de natureza
escatológica: “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos
do sono [...]” (Rm 13.11). A palavra tempo, aqui, traduz o termo grego kairós,
que significa tempo oportuno. Para o apóstolo, a vinda de Jesus era uma
realidade sempre presente na vida do crente. [Comentário: “conhecendo o
tempo” - Este termo para tempo (kairos) era usado no sentido de um período
especial de tempo, não o tempo regular cronológico (chronos). Os crentes têm que viver à luz da expectativa da volta de
Cristo a qualquer momento. Os versículos 11 a 14 têm uma orientação
escatológica, isto é, em direção ao fim do tempo. O contraste entre trevas e
luz é uma característica da literatura judaica, também comum nos escritos de
João e Paulo. É a tensão do “já” contra o “ainda não” da vida cristã como o
estímulo para um viver piedoso, pois a era do Reino de Deus foi inaugurada e
está para ser consumada em breve, e é muito semelhante ao texto de 1Ts 5.1-11.]
2. Consciênia da salvação e do
Espírito Santo (vv.11,14).
Nos dois últimos versículos de Romanos 13, observamos que há a necessidade de
uma consciência que seja soteriológica e pneumatológica (Rm 13.11). A
referência direta ao Salvador está na palavra salvação e a referência indireta
ao Espírito Santo está na frase: [...] “E não tenhais cuidado da carne em suas
concupiscências” (Rm 13.14). É o Espírito quem produz o fruto na vida do crente
de forma que este possa vencer as concupiscências da carne (Gl 5.19-22). Cabe
ao cristão andar no Espírito para não satisfazer os desejos da carne. [Comentário: “a nossa salvação está mais perto” – A
salvação é uma decisão inicial
e um processo. A salvação não
será completada enquanto os crentes não tenham recebido seus novos corpos (1Jo
3.2; 1Ts 4.13-18; Hb 9.28; 1 Pe 1.5). Teologicamente isto é chamado de
“glorificação” (Rm 8.30). É a esperança de cada geração de cristãos ter a
expectativa de que o Senhor retornará durante as suas vidas (Lc 21.28). Paulo
não era exceção (1Ts 4.15). Os versículo 13 e 14 tiveram um impacto
transformador na vida de Agostinho, no verão de 386 d.C.. Ele escreve em suas Confissões 8.29: “Eu não queria ler
mais, nem precisava; no final desta frase, instantaneamente uma luz clara
inundou meu coração e todas as trevas de dúvida desapareceram”. A vida cristã
começa com a decisão (justificação e santificação instantânea), mas tem que
resultar em um estilo piedoso de vida (santificação progressiva), que termine
na semelhança de Cristo (glorificação). Para isso, a pessoa tem que aceitar a
oferta divina em Cristo (Jo 1.12; 3.16; Rm 10.9-13). Esta decisão inicial não é
o fim, mas o começo! No versículo13, “Andemos honestamente”, significa literalmente
“caminhar”. Isto era uma expressão idiomática hebraica referente ao estilo de
vida.]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O
crente precisa obedecer princípios espirituais estabelecidos por Deus.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“Romanos 14.10-12
Cada
um de nós dará contas do que faz a Cristo, não aos demais irmãos. Embora a
Igreja procure ser inflexível em sua posição contra certas atividades ou
comportamentos expressamente proibidos pelas Escrituras (adultério,
homossexualidade, assassinato e roubo), ninguém deve criar regras e
regulamentos adicionais, concedendo-lhes uma condição semelhante à lei de Deus.
Muitas vezes, os cristãos baseiam seus critérios morais em opiniões,
particularidades pessoais ou preceitos culturais, em vez de na Palavra de Deus.
Quando o fazem, mostram como sua fé é fraca e não imaginam como Deus é
suficientemente poderoso para guiar seus filhos. Quando nos colocamos perante
Deus e prestamos contas de nossa vida, não nos preocuparemos com o que nosso
vizinho cristão fez (2Co 5.10)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD,
p.1575).
CONCLUSÃO
Nesta
lição, vimos as responsabilidades que o cristão deve assumir, tanto no convívio
social como espiritual. Como ser social, temos deveres para com o Estado.
Devemos respeitar a ordem estabelecida. Todavia, como ser moral e espiritual
temos deveres para com o outro. Não somos apenas cidadão do céu (Fp 3.20),
somos também cidadãos da Terra. Devemos investir nos relacionamentos
horizontais, mantendo sempre em mente que o salvo em Cristo não é uma ilha.
Precisamos uns dos outros. [Comentário: O princípio dominante deste capítulo é o amor. Paulo
falou da importância do amor antes de oferecer exemplos de como devemos nos
portar (12.9-10) e voltará ao mesmo tema em 13.8-10. Jesus citou o amor nos
dois grandes mandamentos, e Paulo o vê como a qualidade fundamental em todo o
nosso serviço a Deus. Ao falar de nosso dever como cidadãos, Paulo não afirmou
que os governos sejam sempre bons. Ele identifica a função básica do governo e,
mais ainda, a obrigação do crente de ser submisso às autoridades. Lembremos que
naqueles dias, quando escreveu esta carta, o império romano foi dominado por um
dos piores líderes da história, Nero. Nessa situação, não coube aos crentes se
rebelar contra o governo. A vingança pertence a Deus! Por isso, o crente não
procura a vingança (12.19-21), pois ela pertence a Deus. Mas ele emprega os
governos para trazer a vingança divina contra os malfeitores. Finalmente, vimos
que o dever primordial do crente é o amor, um fato fundamental para entender as
aplicações dos próximos capítulos. Toda a lei de Deus se resume no amor. Adultério,
homicídio, furto, cobiça, etc., são atos contra outros que ferem o princípio do
amor divino, modelo a ser por nós imitado. O crente deve viver no contexto da
eternidade. Cada um de nós está se aproximando ao nosso encontro com Deus, por
essa razão, não podemos brincar com o
pecado, nem praticar as obras das trevas que o mundo faz. Quem vive
despreocupado com a eternidade certamente não estará preparado para o seu
encontro com o Senhor.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Hoje, em Campina Grande-PB
Maio de 2016
PARA REFLETIR
A
respeito da Carta aos Romanos, responda:
Quem
constitui as autoridades?
Deus.
As autoridades são ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam governantes
pagãos, como, por exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor.
Qual
a razão do crente se submeter às autoridades?
Paulo
mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se
primeiramente por razões de obediência.
O
que pode acontecer quando a sociedade deixa de obedecer às autoridades?
Caos
e desordem.
Qual
o princípio bíblico em relação às autoridades?
O
princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as
honre (Rm 13.7).
O
que significa “a ninguém devais coisa alguma” (Rm 13.8)?
Em
palavras atuais, significa que o crente deve ter o “nome limpo na praça”. Por
outro lado, Paulo reconhece outra natureza de dívida, esta não negativa, mas
positiva para o crente. A dívida do amor. Não podemos dever nada a ninguém,
exceto “o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros
cumpriu a lei” (Rm 13.8).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Deveres
civis, morais e espirituais
A
história da humanidade pode ser contada a partir das sucessivas tentativas de
derrubadas e soerguimentos de governos humanos. Ora, o Antigo Testamento mostra
com clareza as derrubadas de impérios e reinos, e o levantamento de outros
reinos no lugar daqueles abatidos. A história da humanidade também é uma
história da busca e de conquista do poder.
Na
época do apóstolo Paulo, o sistema de governo vigente no mundo era a Monarquia
Absolutista. O poder era centralizado na pessoa do imperador de Roma. Quando o
apóstolo se refere sobre a devida obediência às “Autoridades superiores”, ele
se referia a autoridade civil exercida pelo governo de Roma, bem como a
referência direta aos administradores do governo romano.
Um
ponto que é claro na epístola, e no capítulo 13, é que as obrigações que
incidem em nossa sujeição às autoridades civis, mediante ao ensino apostólico,
significam fazer a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Neste
sentido, devemos obediência ao governo civil porque, em primeiro lugar, toda
autoridade provém da parte de Deus. Neste caso, o governo e os magistrados são
responsáveis para punir o malfeitor e assegurar o bem estar das pessoas de bem
(Rm 13.2-5). Outro ponto: a obediência à autoridade não pode ser apenas pelo
medo de ser punido, mas pela consciência de que é uma instituição divina
(13.5). Entretanto, quando lemos a carta de Paulo aos Romanos, mais
especificamente o trecho sobre as autoridades civis, nós devemos levar em conta
algumas questões importantes:
1.
O sistema de governo de Roma na época de Paulo não é o mesmo do atual.
2.
Diferentemente da Monarquia Absolutista, hoje a maioria das nações tem o
sistema de governo sob a perspectiva de leis, segundo o advento das
Constituições.
3.
No regime das Constituições, o chefe do Estado, apesar de ser uma autoridade
com poderes previstos na Constituição, não é um déspota, mas o servidor da
nação com limites muito claros e delimitados segundo o sistema constitucional.
4.
Se a autoridade for responsável por crime de responsabilidade ou atentar contra
a probidade administrativa, a Constituição prevê caminhos para a destituição
dessa autoridade.
Portanto,
hoje o que caracteriza a desobediência civil é o descumprimento da Constituição
e do sistema de Leis vigente em nossa nação.
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