COSMOVISÃO
MISSIONÁRIA
Texto Áureo: Rm.
15.20 Leitura Bíblica: Rm. 15.20-29
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
A igreja que é Cristã tem responsabilidade missionária, sua atuação precípua é levar o evangelho de Jesus até os confins da terra. Na aula de hoje estudaremos a respeito da visão missionária de Paulo, bem como seu planejamento para execução da obra, e a atuação missionária. Inicialmente destacaremos que a obra missionária parte de Deus. Em seguida, essa precisa ser feita de acordo com a orientação dEle, e por fim, a igreja deve se envolver em missão, caso contrário, comprometerá sua condição de igreja.
A igreja que é Cristã tem responsabilidade missionária, sua atuação precípua é levar o evangelho de Jesus até os confins da terra. Na aula de hoje estudaremos a respeito da visão missionária de Paulo, bem como seu planejamento para execução da obra, e a atuação missionária. Inicialmente destacaremos que a obra missionária parte de Deus. Em seguida, essa precisa ser feita de acordo com a orientação dEle, e por fim, a igreja deve se envolver em missão, caso contrário, comprometerá sua condição de igreja.
I – A COSMOVISÃO MISSIONÁRIA
A sociedade
contemporânea, sob a égide do politicamente correto, e da tolerância religiosa,
tem se oposto à evangelização. Mas essa cosmovisão está equivocada,
primeiramente porque todas as pessoas buscam defender seus princípios, mesmo
que esses não sejam religiosos. Mesmo nas academias os pesquisadores buscam
convencer e recrutar adeptos para seus paradigmas científicos. No tocante à fé
cristã, a evangelização e a obra missionária, é um mandamento do próprio
Cristo, que comissionou sua igreja para fazer discípulos (Mt. 28.19,20), em
todas as etnias (Mc. 15.15,16), pregando a mensagem da morte e ressurreição de
Cristo (Lc. 24.5,6), sob a autoridade de Jesus (Jo. 20.21), no poder do
Espírito (At. 1.8). Paulo foi um dos primeiros, e um dos mais atuantes,
missionário da igreja cristã. Ele foi chamado por Cristo para essa missão e a
cumpriu cabalmente (At. 9), levando o evangelho até os confins da terra,
através de três viagens missionárias. Conforme ele mesmo informa aos Romanos,
Deus lhe deu a oportunidade de levar o evangelho desde Jerusalém até ao Ilírico.
Como um missionário desbravador, não tinha a pretensão de levar o evangelho a
lugares em que outros já tinham pregado (Rm. 15.20,21). O missionário
verdadeiramente chamado por Deus não entra nesse sistema de competitividade
eclesiástica, antes se preocupa com a salvação das almas. Uma igreja que busca
investir no reino de Deus não enfoca os lucros que irá obter através da
pregação. Onde estiver uma alma necessitada de salvação, ali deverá está um
missionário amoroso que se sacrifica por Cristo.
II – O PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO
Para faz fazer, e ser
missões a contento, a Igreja precisa planejar suas atividades. Paulo, como
exemplo de dedicação a essa obra, estabeleceu bases em pontos de apoio. Para
esse fim, Roma, por se tratar de uma metrópole, deveria se tornar uma base de
apoio. A intenção do Apóstolo era ir a Roma: “quando partir para a Espanha,
irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja
encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia”. Isso
demonstra também que o missionário precisa de apoio financeiro, pois não se
pode fazer missões são contribuições. As igrejas que enviam missionário devem
avaliar as condições, sobretudo porque são responsáveis pelas famílias que
enviam. Por outro lado, os missionários enviando devem compreender que essa é
uma obra desafiadora. Paulo foi um missionário experiente, e principalmente,
não buscava glória própria, antes o crescimento do reino de Deus. Ele pretendia
prosseguir com a obra missionária, mas antes deveria concluir a que havia
iniciado (Rm. 15.26). Outra necessidade missionária é a de fazer intercâmbios,
as igrejas devem se ajudar, principalmente diante dos trabalhos mais
desafiadores. Paulo também dependeu de cobertura espiritual, ele pediu para que
a igreja intercedesse por ele: “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus
Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim
a Deus” (Rm. 15.30). Não podemos deixar de orar pela obra missionária,
principalmente por aqueles obreiros que se encontram em zona de conflito, e que
estão pondo suas vidas em risco pelo evangelho. Sempre que possível devemos nos
identificar com suas adversidades, e servir de refrigério para eles. A visita
ao campo missionário, o envio de uma mensagem, pode ter muito significado para
aqueles que estão distantes.
III – A ATUAÇÃO MISSIONÁRIA
Ao longo da sua vida, Paulo fez
três viagens missionárias, e uma quarta, já preso, quando foi conduzido a Roma.
A primeira
viagem missionária de Paulo está registrada em Atos 13.1 a 14.28. Essa foi uma
missão para os gentios e o Apóstolo partiu de Antioquia. Do Porto da Selêucia,
Ele seguiu juntamente com seus companheiros. Ao retornar para Antioquia, Paulo
passa, então, a ser como o Apóstolo do evangelho da incircuncisão” (At.
15.22-26; Gl. 2.7). Durante essa viagem missionária Paulo escreveu a Epístola
aos Gálatas. A segunda viagem
missionária de Paulo se encontra registra em At. 15.36 s 18.22. Essa pretendia
ser uma viagem para visitar as cidades nas quais o evangelho de Cristo havia
sido pregado (At. 15.36). Após uma rápida visita a Éfeso, Paulo seguiu viagem,
prometendo retornar se essa fosse à vontade do Senhor, e logo retornou para
Antioquia (At. 18.19-21). Durante essa segunda viagem missionária Paulo
escreveu duas cartas: I e II Epístolas aos Tessalonicenses. A terceira
viagem missionária de Paulo se encontra registrada em At. 18.23 a 21.14. O
Apóstolo segue mais uma vez em direção a região da Galácia e da Frigia. Em
seguida, segue rumo a Ásia, para sua principal cidade, Éfeso. Enquanto era
recebido por Tiago e os anciãos da igreja, alguns judeus da Ásia, que estavam
presentes em Jerusalém, para celebrar a Festa de Pentecoste, acusaram Paulo de
profanar a área do templo (At. 21.27-36), o que resultou em sua prisão pelo
capitão romano da cidade. Nessa viagem missionária, além da Epístola aos
Romanos, Paulo escreveu I e II Coríntios.
A igreja deve assumir a responsabilidade de fazer, e sobretudo, de ser missão. Uma igreja que não se envolve em levar o evangelho está fugindo do seu chamado. O desafio da evangelização é o de propagar a mensagem, simultaneamente, em Judeia, Samaria e até aos confins da terra (At. 1.8). Em se tratando especificamente de Roma, Paulo sabia que aquela cidade serviria de base missionária, a fim de que esse objetivo fosse alcançado.
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