INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito das Setenta Semanas determinadas
para o povo de Deus. Esse é um assunto bastante interessante, que desvela
o futuro da nação judaica, e sua relação com a história da humanidade. Mas
antes de conhecermos essas semanas, faz-se necessário refletir sobre a
oração. A revelação das Setenta Semanas é resultado da oração do profeta,
que demonstrou interesse em conhecer os desígnios de Deus.
1. A INTERCESSÃO DE DANIEL
Daniel não desprezava a oração, em 586 a. C., quando fora levado ao
cativeiro babilônico, o profeta se dobrou diante do Senhor, orando ainda na
adolescência, juntamente com seus amigos (Dn. 2.17,18). No capítulo 9 de
Daniel, identificamos uma das orações mais importantes da Bíblia. Deus havia
decretado que o período do cativeiro duraria setenta anos (Jr. 25.8-11; 29.10-14),
o profeta percebeu dois anos antes que seria o momento de orar pela
libertação da sua nação. Daniel é um exemplo para todo homem e mulher
de Deus a fim de equilibrar o estudo bíblico com a oração. Alguns crentes se
dedicam bastante à oração, não perdem esses trabalhos, mas se distanciam
da escola dominical. Outros, não atentam para a oração, se afastam do altar,
ainda que frequentem os estudos bíblicos. Esses extremos são perigosos,
podem levar os cristãos ao intelectualismo ou emocionalismo. Atentemos,
pois para a vida de oração do profeta Daniel, principalmente no que tange à
intercessão. Ele se apressou em rogar a Deus pelo Seu povo, para que o
Senhor revelasse os tempos determinados para Israel. A oração de Daniel
tem características instrutivas para todo cristão. Ele adora a Deus, não
busca apenas as mãos, mas sobretudo a face de Deus (Dn. 9.4). Nestes
tempos essa é uma verdade que precisa ser reforçada. Nossas orações
refletem nossos interesses, crentes egoístas fazem orações centradas no eu.
O profeta sabe que Deus é misericordioso, por isso clama ao Senhor para
que perdoe os pecados do povo (Dn. 9.9). Daniel faz uma confissão dos
pecados da nação, destacando a transgressão da lei (Dn. 9.11). A oração
de Daniel é motivo de estímulo para orar pelo arrependimento das pessoas
deste país. É pouco provável que tenhamos uma nação evangélica,
considerando que a fé é pessoal. Mas esperamos que as pessoas se
convertam dos seus pecados, e que o arrependimento as aproxime de Deus.
2. A RESPOSTA À ORAÇÃO DE DANIEL
Deus responde a Daniel, mostrando o que haveria de acontecer com
Seu povo. No capítulo 9 o profeta recebe do Senhor uma revelação das
Setenta Semanas, mensagem que se encontra registrada em Dn. 9.20-27.
A resposta vem por meio de um anjo (Dn. 9.21), o mensageiro de Deus,
por nome de Gabriel. Inicialmente o mensageiro fala a respeito do Messias
que viria no futuro, trazendo bênçãos para a nação (Dn. 9.24,25). Daniel é
reconhecido como um homem amado no céu (Dn. 9.23), certamente por
causa da sua vida piedosa. A revelação das Setenta Semanas começa
com a descrição do Messias, o Ungido de Deus (Dn. 9.25). A obra do
Messias também é ressaltada pelo anjo, que haveria de trazer a solução
para o pecado (Dn. 9.24). Esse Messias, consoante ao que conhecemos
hoje pela Bíblia, é o Senhor Jesus Cristo, nEle se cumpriram as
profecias. Justamente como está registrado nos evangelhos, Ele foi rejeitado
entre Seu povo (Dn. 9.26), levando-O à morte. Daniel também é
esclarecido quando a destruição de Jerusalém (Dn. 9.26). Isso aconteceu
várias vezes, em uma delas Vespasiano cercou a cidade, destruiu o templo
e dispersou os judeus. Mas uma promessa de triunfo do Messias também
consta na mensagem (Dn. 9.27). A vitória do Messias aconteceu na cruz,
quando Cristo derramou o Seu sangue, para a remissão dos pecados
(Mt. 26.28). Conforme enfatiza o autor da Epístola aos Hebreus, Ele foi
sacrificado uma vez por todas (Hb. 7.27). Essa revelação também
aponta para o anticristo, o pequeno chifre do capítulo 7 de Daniel.
Esse é a assolação, o homem a quem Paulo denomina de o homem da
iniquidade (II Ts. 2.8). Gabriel explica para Daniel que setenta semanas
estão determinadas para Israel. Essas semanas podem ser divididas em três
períodos de sete: um primeiro período de sete; o segundo período de
sessenta e dois e o terceiro período que é a septuagésima. Assim,
são 7 + 62 + 1 = 70.
3. O FUTURO DE ISRAEL REVELADO A DANIEL
As Setenta Semanas de anos de Daniel compreendem 69 semanas de
anos / 7 anos em cada semana / 360 dias por ano, fazendo um total de
173.880 dias. Em 5 de março, 444 a. C., através do decreto de
Artaxerxes para a reconstrução de Jerusalém(Ne. 2.1-8) x 173.880
dias = 30 de março, 33 d. C., quando acontece a entrada triunfal de
Cristo em Jerusalém (Lc. 19.28-40). Desse decreto até a entrada triunfal do
Messias, totaliza 69 semanas de anos, sendo esse crucificado, encerrando
o período determinado para Israel, e iniciando a era da igreja. Segundo
alguns historiadores, o Messias teria sido tirado em 3 de abril de 33 d. C.,
e a cidade e o templo destruído em 6 de agosto de 70 d.C. A verificação
desses tempos pode ser assim contabilizada: 444 a. C a 33 d. C. = 476
anos. Em seguida 476 anos x 365.2421989 dias = 173.885 dias, acrescentando
25 dias entre 5 de março (decreto de Artaxerxes) e 30 de março (a entrada
triunfal do Messias, total de 173.880 dias. O fundamento para os anos de 360
dias é Dn. 9.27, e os 1.260 dias de Apocalipse 11.3 e 12.6. A expectação da
igreja é pelo arrebatamento, que acontecerá repentinamente, sem sinais
antecedentes. Depois do arrebatamento, após a metade da primeira semana,
ou seja, três anos e meio, o anticristo se revelará, consoante ao que está
revelado em Ap. 13, a besta perseguirá o povo de Israel, trazendo sua
marca 666. Esse será o início da denominada Grande Tribulação, na qual o
anticristo exigirá adoração, exigindo ser reconhecido como deus. Conforme
identificamos no capítulo 19 de Apocalipse, Cristo virá em glória, como
Rei dos reis e Senhor dos senhores, para pelejar contra a Besta, na batalha do
Armagedom.
CONCLUSÃO
A igreja do Senhor não passará pela Semana Setenta, pois ela aguarda com
esperança o arrebatamento (I Co. 15.51,51). Sabemos que nem todos
dormiremos, mas transformados seremos todos, a trombeta soará, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (I Ts. 4.13-17). Essa é uma
mensagem de consolo, não temos motivo para desespero, o mundo teme o
fim das coisas. Jesus disse que nós não deveríamos nos atribular, antes
confiar na Sua palavra, pois ao Seu tempo, virá para buscar a Sua igreja, para
estar junto dEle (Jo. 14.1).
FONTE:
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
FONTE:
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
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