quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Subsídio Escola Dominical - CPAD Lição 10 - "AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL"




INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito das Setenta Semanas determinadas
para o povo de Deus. Esse é um assunto bastante interessante, que desvela
o futuro da nação judaica, e sua relação com a história da humanidade. Mas 
antes de conhecermos essas semanas, faz-se necessário refletir sobre a 
oração. A revelação das Setenta Semanas é resultado da oração do profeta, 
que demonstrou interesse em conhecer os desígnios de Deus.

1. A INTERCESSÃO DE DANIEL
Daniel não desprezava a oração, em 586 a. C., quando fora levado ao 
cativeiro babilônico, o profeta se dobrou diante do Senhor, orando ainda na 
adolescência, juntamente com seus amigos (Dn. 2.17,18). No capítulo 9 de 
Daniel, identificamos uma das orações mais importantes da Bíblia. Deus havia 
decretado que o período do cativeiro duraria setenta anos (Jr. 25.8-11; 29.10-14),
o profeta percebeu dois anos antes que seria o momento de orar pela 
libertação da sua nação. Daniel é um exemplo para todo homem e mulher 
de Deus a fim de equilibrar o estudo bíblico com a oração. Alguns crentes se 
dedicam bastante à oração, não perdem esses trabalhos, mas se distanciam 
da escola dominical. Outros, não atentam para a oração, se afastam do altar, 
ainda que frequentem os estudos bíblicos. Esses extremos são perigosos, 
podem levar os cristãos ao intelectualismo ou emocionalismo. Atentemos, 
pois para a vida de oração do profeta Daniel, principalmente no que tange à 
intercessão. Ele se apressou em rogar a Deus pelo Seu povo, para que o 
Senhor revelasse os tempos determinados para Israel. A oração de Daniel 
tem características instrutivas para todo cristão. Ele adora a Deus, não 
busca apenas as mãos, mas sobretudo a face de Deus (Dn. 9.4). Nestes 
tempos essa é uma verdade que precisa ser reforçada. Nossas orações 
refletem nossos interesses, crentes egoístas fazem orações centradas no eu.
O profeta sabe que Deus é misericordioso, por isso clama ao Senhor para 
que perdoe os pecados do povo (Dn. 9.9). Daniel faz uma confissão dos 
pecados da nação, destacando a transgressão da lei (Dn. 9.11). A oração 
de Daniel é motivo de estímulo para orar pelo arrependimento das pessoas 
deste país. É pouco provável que tenhamos uma nação evangélica, 
considerando que a fé é pessoal. Mas esperamos que as pessoas se 
convertam dos seus pecados, e que o arrependimento as aproxime de Deus.

2. A RESPOSTA À ORAÇÃO DE DANIEL
Deus responde a Daniel, mostrando o que haveria de acontecer com 
Seu povo. No capítulo 9 o profeta recebe do Senhor uma revelação das 
Setenta Semanas, mensagem que se encontra registrada em Dn. 9.20-27. 
A resposta vem por meio de um anjo (Dn. 9.21), o mensageiro de Deus, 
por nome de Gabriel. Inicialmente o mensageiro fala a respeito do Messias 
que viria no futuro, trazendo bênçãos para a nação (Dn. 9.24,25). Daniel é 
reconhecido como um homem amado no céu (Dn. 9.23), certamente por 
causa da sua vida piedosa. A revelação das Setenta Semanas começa 
com a descrição do Messias, o Ungido de Deus (Dn. 9.25). A obra do 
Messias também é ressaltada pelo anjo, que haveria de trazer a solução 
para o pecado (Dn. 9.24). Esse Messias, consoante ao que conhecemos 
hoje pela Bíblia, é o Senhor Jesus Cristo, nEle se cumpriram as 
profecias. Justamente como está registrado nos evangelhos, Ele foi rejeitado 
entre Seu povo (Dn. 9.26), levando-O à morte. Daniel também é 
esclarecido quando a destruição de Jerusalém (Dn. 9.26). Isso aconteceu 
várias vezes, em uma delas Vespasiano cercou a cidade, destruiu o templo 
e dispersou os judeus. Mas uma promessa de triunfo do Messias também 
consta na mensagem (Dn. 9.27). A vitória do Messias aconteceu na cruz, 
quando Cristo derramou o Seu sangue, para a remissão dos pecados 
(Mt. 26.28). Conforme enfatiza o autor da Epístola aos Hebreus, Ele foi 
sacrificado uma vez por todas (Hb. 7.27). Essa revelação também 
aponta para o anticristo, o pequeno chifre do capítulo 7 de Daniel. 
Esse é a assolação, o homem a quem Paulo denomina de o homem da 
iniquidade (II Ts. 2.8). Gabriel explica para Daniel que setenta semanas 
estão determinadas para Israel. Essas semanas podem ser divididas em três 
períodos de sete: um primeiro período de sete; o segundo período de 
sessenta e dois e o terceiro período que é a septuagésima. Assim, 
são 7 + 62 + 1 = 70.

3. O FUTURO DE ISRAEL REVELADO A DANIEL
As Setenta Semanas de anos de Daniel compreendem 69 semanas de 
anos / 7 anos em cada semana / 360 dias por ano, fazendo um total de 
173.880 dias. Em 5 de março, 444 a. C., através do decreto de 
Artaxerxes para a reconstrução de Jerusalém(Ne. 2.1-8) x 173.880 
dias = 30 de março, 33 d. C., quando acontece a entrada triunfal de 
Cristo em Jerusalém (Lc. 19.28-40). Desse decreto até a entrada triunfal do 
Messias, totaliza 69 semanas de anos, sendo esse crucificado, encerrando 
o período determinado para Israel, e iniciando a era da igreja. Segundo 
alguns historiadores, o Messias teria sido tirado em 3 de abril de 33 d. C., 
e a cidade e o templo destruído em 6 de agosto de 70 d.C. A verificação 
desses tempos pode ser assim contabilizada: 444 a. C a 33 d. C. = 476 
anos. Em seguida 476 anos x 365.2421989 dias = 173.885 dias, acrescentando 
25 dias entre 5 de março (decreto de Artaxerxes) e 30 de março (a entrada 
triunfal do Messias, total de 173.880 dias. O fundamento para os anos de 360 
dias é Dn. 9.27, e os 1.260 dias de Apocalipse 11.3 e 12.6. A expectação da 
igreja é pelo arrebatamento, que acontecerá repentinamente, sem sinais 
antecedentes. Depois do arrebatamento, após a metade da primeira semana, 
ou seja, três anos e meio, o anticristo se revelará, consoante ao que está 
revelado em Ap. 13, a besta perseguirá o povo de Israel, trazendo sua 
marca 666. Esse será o início da denominada Grande Tribulação, na qual o 
anticristo exigirá adoração, exigindo ser reconhecido como deus. Conforme 
identificamos no capítulo 19 de Apocalipse, Cristo virá em glória, como 
Rei dos reis e Senhor dos senhores, para pelejar contra a Besta, na batalha do 
Armagedom.

CONCLUSÃO
A igreja do Senhor não passará pela Semana Setenta, pois ela aguarda com 
esperança o arrebatamento (I Co. 15.51,51). Sabemos que nem todos 
dormiremos, mas transformados seremos todos, a trombeta soará, e os 
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (I Ts. 4.13-17). Essa é uma 
mensagem de consolo, não temos motivo para desespero, o mundo teme o 
fim das coisas. Jesus disse que nós não deveríamos nos atribular, antes 
confiar na Sua palavra, pois ao Seu tempo, virá para buscar a Sua igreja, para 
estar junto dEle (Jo. 14.1).


FONTE:

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD



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