Texto
Áureo At. 17.26 – Leitura Bíblica Gn. 2.7-24
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
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INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito
da criação do primeiro homem e da primeira mulher, e, por conseguinte, do
primeiro casamento. Inicialmente destacaremos que o primeiro homem foi criado
segundo a imagem e semelhança de Deus. Em seguida, ressaltaremos a dignidade da
mulher, tendo essa sido tirada do homem, para servir-lhe como adjutora. Ao
final, mostraremos a importância do matrimônio, a partir dos princípios
estabelecidos pelo próprio Deus, para o primeiro casamento.
1. A CRIAÇÃO DO PRIMEIRO HOMEM
A criação do primeiro homem é digna
de destaque porque esse foi feito conforme a imagem e semelhança de Deus. Para
cria-lo houve um acordo entre as pessoas da divindade: “façamos o homem à nossa
imagem” (Gn. 2.26,27). A imagem de Deus no homem permanece, mas a semelhança
foi deturpada, por causa do pecado (Ef. 4.18,19). Alguns teólogos explicam que
a imagem tem a ver com a capacidade para a comunicação, e a semelhança para a
santificação. A semelhança de Deus é recuperada por meio da fé em Cristo (II
Pe. 1.4; Ef. 4.20-24; Cl. 3.9; Rm. 12.2; II Co. 3.18). Adão foi criado do pó da
terra, mas orquestrado, inteligentemente, por Deus. Essa verdade é importante,
pois mostra a dignidade da pessoa humana. Não somos produto do acaso, resultado
de transformações evolutivas, mas o desenho de um Criador amoroso e dedicado.
Ele não apenas nos criou, mas nas palavras de Paulo aos atenienses, também
“nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At. 17.28). A criação do homem por
Deus teve vários propósitos, o principal deles é que ele tivesse domínio sobre a
terra. Isso não quer dizer que ele deveria subjuga-la, ou melhor, destruí-la.
Depois da criação das plantas, Deus decidiu criar o homem, para cultivar a
terra, e produzir o alimento necessário. Isso mostra que o homem foi criado
para o trabalho, e que esse não é resultante do pecado. É digno de destaque que
Deus e o homem trabalhavam juntos, no cultivo do jardim do Éden (Gn. 2.15).
Infelizmente, por causa do pecado, e da ganância humana, o trabalho se tornou
um fardo pesado. De modo que as pessoas, distanciadas dos princípios divinos,
vivem para o trabalho, e não trabalham para viver. O trabalho não deve ser uma
maldição, mas uma oportunidade de cooperar com Deus, dando continuidade ao
processo criativo (Gn. 3.17-19).
2. A CRIAÇÃO DA PRIMEIRA MULHER
Deus, o mesmo que criou Adão, também
criou Eva, a mulher, a sua própria imagem (Gn. 1.27). Isso quer dizer, então,
que a imagem de Deus está na completude do homem e da mulher. Tanto um quanto o
outro deveria exercer domínio sobre a criação (Gn. 1.29). Enquanto que o homem
foi criado diretamente do pó da terra, a mulher foi feita do lado do homem, não
necessariamente da costela (Gn. 2.23). A mulher foi criada porque Adão estava
sozinho, e sentia a falta de alguém, que lhe completasse. Deus criou Eva para
ser auxiliadora idônea, não para ser uma escrava. Como bem destacou Matthew
Henry: “Ela não foi feita da cabeça para não governar sobre ele, nem dos pés
para ser pisada por ele, mas do seu lado, para ser igual a ele, sob seu braço
para ser protegida por ele, perto de seu coração, para ser amada por ele”. Adão
não poderia explorar a mulher, antes estar ao lado dela, e trabalharem
conjuntamente. A criação da mulher despertou inclusive a capacidade poética de
Adão, que compôs para Eva uma canção de amor (Gn. 2.23). Isso deve servir de
motivação para que os homens demonstrem afeto e carinho pela esposa. Os maus
tratos pelos quais algumas mulheres passam, e são reportados nos noticiários,
são resultantes do machismo. Paulo orienta as mulheres a submeterem-se aos maridos,
por outro lado, os homens devem se sacrificar pelas suas mulheres, assim como
Cristo o fez pela Sua igreja. Como bem destacou Paulo, a mulher é a glória do
homem (I Co. 11.7), pois se o homem é a cabeça (I C. 11.1-16; Ef. 5.22-33), a
mulher é a coroa. As igrejas cristãs têm motivos para ressaltar o papel da
mulher na comunidade de fé. Elas foram feitas participantes da glória que em
nós há de ser revelada. Em Cristo não há mais diferença entre homem ou mulher,
pois todos, independentemente do sexo, são um, para a glória de Deus (Gl.
3.28).
3. A CRIAÇÃO DO PRIMEIRO CASAMENTO
O primeiro casamento, celebrado por
Deus no Jardim do Éden, é o modelo de uma aliança, nos moldes da doutrina
judaico-cristã. Não importa o que as leis humanas digam a respeito do casamento,
a palavra final sempre será a de Deus (Hb. 13.4; Ap. 22.15). Muitos dos enlaces
propalados nos tribunais não passam de meros contratos. O casamento bíblico é
uma aliança, cujo fundamento se encontra nas Escrituras. Para tanto deve ser
monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Existem muitas invencionices humanas
no que diz respeito ao casamento, mas como destacou o Senhor, “não foi assim
desde o princípio” (Mt. 19.8). Até mesmo nos contextos evangélicos estão
fugindo dos padrões bíblicos em relação ao casamento. As pessoas querem se
divorciar por qualquer motivo, as influências mundanas estão entrando os
portais das igrejas. Repreendemos com veemência a homossexualidade no mundo,
mas fechamos os olhos para o adultério dentro da igreja (I Co. 6.9). Aquele é
pecado, e é resultante da natureza humana caída (Rm. 1.27), mas também é o
divórcio, pois o Deus da Bíblia o odeia (Ml. 2.16). Somente há respaldo bíblico
para a dissolução do casamento em casos de morte (Rm. 7.2,3), infidelidade
conjugal (Mt. 19.9) e abandono do cônjuge (I Co. 7.17). Diferentemente do
mundo, devemos cultivar o relacionamento duradouro, até que a morte separe os
cônjuges. O fundamento do casamento cristão é o amor, e esse exige muito mais
do que romantismo, requer sacrifício um pelo outro. A sociedade contemporânea,
marcada pelo imediatismo e hedonismo, não sabe o significado do amor-agape. Os
cristãos, como foram alvos desse amor em Cristo (Jo. 3.16), devem levá-lo ao
relacionamento conjugal, experimentando o caminho sobremodo excelente (I Co.
13).
CONCLUSÃO
A narrativa da criação do primeiro
homem, da primeira mulher, e do primeiro casamento, revela verdades profundas,
para as quais devemos atentar. O homem é a coroa da criação divina, bem como a
mulher, ambos são dignos de honra, pois foram criados imagem e semelhança de
Deus. O Senhor celebrou o primeiro casamento, fazendo com que homem e mulher se
tornassem uma só carne. Essa aliança, entre Adão e Eva, é a base para o
casamento cristão: monogâmico, heterossexual e indissolúvel, como reafirmado
por Jesus (Mt. 19.5,6).
BIBLIOGRAFIA
CLAUS, W. O livro do Gênesis.
São Leopoldo: Sinodal, 2013.
WEIRSBE, W. W. Be Basic: Genesis. Colorado Springs: David C.
Cook, 201
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