A PROVISÃO DE DEUS
NO MONTE SACRIFÍCIO
Texto Áureo Gn.
22.8 – Leitura Bíblica Gn. 22.1-6
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
Nenhum cristão está imune às
provações, elas chegarão cedo ou tarde. Faz parte do amadurecimento passar por
essa escola. Na aula de hoje estudaremos a respeito da prova de Abraão, quando
Deus pediu que esse sacrificasse seu filho no monte. Inicialmente destacaremos
que as provas virão, e quando isso acontecer, devemos aprender a concentrar-se
nas promessas de Deus, e por fim, que se faz necessário depender a provisão
divina.
1. AS PROVAS VIRÃO
Abraão passou por várias provas, a
primeira foi familiar, quando precisou sair da parentela (Gn. 11). Em seguida,
sobreveio a fome sobre Canaã, fazendo com que o patriarca se dirigisse para o
Egito (Gn. 12). Outra prova foi a liberalidade, a disposição de aceitar a opção
de Ló, quando esse decidiu ir para as produtivas campinas do Jordão (Gn. 13).
Como se isso não fosse suficiente, ainda teve que enfrentar lutas, e não
aceitar os despojos da guerra, aprendendo a depender exclusivamente de Deus,
para seu suprimento (Gn.14). Mas as provas não tinham ainda se acabado, teve
que lidar com a falta de paciência de Sara, decidindo ter um filho por meio da
serva Agar (Gn. 16), depois teve que se despedir de Ismael, seu filho com a
escrava (Gn. 21). As provas sobrevêm sobre aqueles que professam a fé em Deus,
em alguns casos são resultantes das escolhas equivocadas que fazemos, em
outros, decorrem das condições existenciais, ou mesmo de circunstâncias
socioeconômicas, com as quais somos obrigados a sobreviver. É importante também
fazer a distinção entre as tentações, que geralmente são resultantes dos
desejos humanos (Tg. 1.12-16). As provações, porém, são permitidas, e em alguns
casos, providenciadas, por Deus, a fim de nos conduzir à maturidade (Tg.
1.1-6). Há cristãos que se equivocam em relação ao objetivo primordial da vida,
muitos mais interessado em nossa prosperidade financeira, Deus quer nos
conduzir a uma vida plena, a semelhança do padrão em Cristo, perseguindo seu
modelo de santidade (Gl. 5.22).
2. ONDE COLOCAR O FOCO
Diante das provações, devemos colocar
nosso foco em Deus, que sempre providencia um escape. Ao mesmo tempo em que não
somos tentados para além dos que podemos suportar (I Co. 10.3), podemos
enfrentar também provas que parecem insuportáveis (II Co. 8.2). A menos que
estejamos focados nas promessas de Deus, perderemos facilmente a rota da
jornada espiritual. O pedido de Deus a Abraão pareceu absurdo, considerando que
Isaque era o filho da promessa. Como o mesmo Deus que prometeu fazer do
patriarca uma grande nação se atreveu a pedir o filho de Abraão em sacrifício?
Há momentos em que não compreendemos a lógica de Deus. Na verdade, em casos
semelhantes a esse constatamos que as vezes as exigências de Deus não têm
lógica. Abraão e Sara aguardaram ansiosamente pelo cumprimento da promessa,
pelo momento em que finalmente se tornariam pai e mãe. Então Deus resolve
exigir que o velho patriarca sacrifique seu único filho no Monte. Mas Deus tem
seus motivos soberanos, às vezes, para purificar nossa fé (I Pe. 1.6-9), para
aperfeiçoar nosso caráter (Tg. 1.1-4), para nos proteger do pecado (II Co.
12.7-10). Há momentos que gostaríamos de ter uma explicação, mas a resposta de
Deus, na maioria das vezes, é o silêncio. Voltamo-nos para a Palavra, e nela
encontramos direções que nos dão paciência. Deus também sofreu na cruz do
calvário, talvez essa seja a resposta mais contundente ao problema da provação.
A fidelidade de Deus, que sacrificou Seu Filho, por amor aos pecadores, é o
fundamenta da fé e esperança do crente (Jo. 3.16).
3. DEPENDENDO DE DEUS
Abraão sabia que poderia confiar nas
promessas de Deus, Ele seria fiel para cumprir aquilo que havia revelado. Se
Isaque seria a descendência do patriarca, então o Senhor haveria de
providenciar o escape (Gn. 21.12). Abraão acreditava que mesmo que Deus
permitisse que ele sacrificasse seu filho, poderia ressuscitá-lo e trazê-lo de
entre os mortos (Hb. 11.17-19). Devemos estar cada vez mais convictos das
promessas de Deus, não adianta querer alicerçar nossa fé em explicações, nem
mesmo em fatos. Abraão precisou destronar o filho do seu coração, e deixar que
apenas Deus tivesse o comando da sua vida. O Senhor não permitiu que o
patriarca sacrificasse Isaque, porque já tinha o feito dentro do seu velho
coração. Ele sabia que Deus proveria para si o cordeiro para o holocausto (Gn.
22.8), porque Ele, e somente Ele, é o Senhor da Providência, o Jeová-Jireh (Gn.
22.14). Há momentos que somente podemos depender de Deus, e ninguém mais. Sara
havia ficado em casa, os dois servos que ficarem ao pé do monte, não estavam
com Abraão. Há uma dimensão existencial na longa caminhada de Abraão até chegar
ao Monte. Existem provações que temos que enfrentar sozinhos, sem a ajuda de
quem quer que seja, nem mesmo dos membros da família. No caso de Abraão ainda
havia o filho, que estava com ele, e “caminhavam ambos juntos” (Gn. 22.6,8),
mas esse não compreendia o que estava acontecendo. Mas “depois”, quando tudo
havia passado, Abraão recebeu a aprovação de Deus (Gn. 22.12), recebendo novas
garantias do Senhor (Gn. 22.16-18), e a descoberta de que Deus é Jeová-Jireh
(Gn. 22.14).
CONCLUSÃO
As provações não visam nos distanciar
de Deus, muito pelo contrário. Elas fortalecem nossa fé, e nos ensinam a
desenvolver um amor mais profundo pelo Senhor. Depois da provação, saímos mais
fortalecidos, e principalmente, amadurecidos. A pedagogia de Deus costuma ser
diferente da que conhecemos nas escolas regulares. Isso porque Deus dá a prova
primeiro para que possamos extrair lições em seguida.
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