Texto Áureo: Jo.
Rm. 3.23 – Texto Bíblico Básico: Rm. 5.12-21
BARBOSA, J. R. A.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a
respeito da pecaminosidade humana, a esse respeito, como bem destacou
Chesterton, se há uma doutrina bíblica que pode ser comprovada essa é a do
pecado. Inicialmente apresentaremos a origem do pecado, em seguida, sua
natureza, e por fim, suas consequências. Destacaremos também que Deus preparou
um plano para a restauração da humanidade, e que esse se concretizou em Cristo,
através do Seu sacrifício expiatório na cruz do calvário.
1. A ORIGEM DO PECADO
O pecado originou-se na livre escolha
das criaturas de Deus (Ap. 12.9), tanto de Satanás, a antiga serpente, quando
por Adão e Eva (Gn. 3). Depois da queda de Adão e Eva, os homens tornaram-se
pecadores por natureza e vivem num mundo em que forças poderosas os induzem a
pecar. Antes de qualquer coisa, é preciso ressaltar que o pecado do homem não
tem sua origem em Deus (Tg. 1.13-14). O pecado é, antes de tudo, resultante da
escolha da pessoa que o comete (Gn. 3.4,5). Depois da queda de Adão, existe, no
ser humano, uma natureza, que Paulo denomina de carnal (Rm. 7.18; Gl. 5.16-24)
que se opõe ao espírito. Essa natureza é a vida egocêntrica, a negação ou a
rejeição de Deus, é portanto, uma inclinação, uma tendência, uma predisposição
para o pecado e para deixar de fazer a vontade de Deus.
2. A NATUREZA DO PECADO
No Antigo Testamento, o pecado
significa: 1) errar o alvo (Gn. 4.7), isto é, ser achado em falta diante de
Deus; 2) egoísmo que leva os homens a oprimirem seus semelhantes (Gn. 6.11; Ez.
7.23; Pv. 16.29); 3) transgressão contra a Lei da Santidade (Sl. 37+38; 51.13;
Is. 53.12). No Novo Testamento, o pecado é: 1) uma dívida (Mt. 6.12) a qual o
homem é incapaz de pagar por si mesmo; 2) iniquidade, que literalmente, é
desordem (I Jo. 3.4); 3) desobediência (Hb. 2.2; Lc. 8.18); 4) transgressão, ou
ir além do limite estabelecido por Deus (Rm. 4.15); 5) queda no padrão de
conduta (Ef. 1.7); 6) impiedade, que se concretiza no descaso a Deus e às
coisas sagradas (Rm. 1.18; II Tm. 2.16) e 7) erro – pecados cometidos por
ignorância (Hb. 9.7).
3. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
Como consequência, o pecado leva o
homem a fragilidade espiritual, na medida em que: 1) acontece uma desfiguração
da imagem divina (Gn. 9.6; Tg. 3.9); 2) a transmissão da natureza pecaminosa
aos descendentes (Sl. 51.5); 3) discórdia interna – disputa interior que leva o
homem à fragmentação do eu (Rm. 7.24); 4) a morte física e espiritual (Gn.
2.17; Rm. 3.23; 6.23). Conforme o relato de Gn. 3, o pecado trouxe
conseqüências: 1) para a serpente (Gn. 3.14), 2) sobre Satanás (Gn.
3.15); 3) sobre Eva e as mulheres (Gn. 3.16); 4) sobre Adão e os homens
(Gn. 3.17-19); 5) sobre toda a humanidade (Gn. 3.20-24).
4. O PECADO NA VIDA DO CRENTE
O crente não está isento de pecar (I
Jo. 1.8-10), contudo, seu padrão de vida deve ser andar na luz (I Jo. 1.7).
Para que isso aconteça, precisa meditar na Palavra de Deus (Sl. 119.11). Ao
viver em pecado, o cristão: 1) perde a comunhão com Deus (I Jo. 1.6); 2) é
excluído da comunhão com os irmãos da igreja local (I Co. 5.4-5); 3) recebe a
disciplina de Deus (Hb. 12.6) e, em alguns casos, 4) a morte física (I Co.
11.30). É preciso portanto, que o crente dê lugar ao arrependimento, confesse o
seu pecado a Deus, e o abandone (I Jo. 1.9).
5. A RESTAURAÇÃO DA HUMANIDADE
O pecado é universal, Paulo é
enfático ao declarar que todos pecaram (Rm. 3.23), mas nem tudo está perdido,
pois Deus preparou um plano para restaurar a humanidade. O mesmo Paulo assegura
que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Jesus Cristo (Rm. 6.23). Essa é uma demonstração da graça de Deus, pois Ele
prova seu amor Seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós,
sendo nós ainda pecadores, e indignos desse favor (Rm. 5.8). Em Jo. 3.16, nos
deparamos com a Bíblia em miniatura, que expressa o plano salvífico de Deus, ao
declarar que Deus amou o mundo de tal maneira que Deus Seu Filho Unigênito para
todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
CONCLUSÃO
O homem foi criado como um ser bom e
reto, como depreendemos da declaração de Gn. 1.26-31, contudo, por transgressão
voluntária, o homem caiu, incorrendo não somente na morte física, mas também na
morte espiritual, isto é, na separação de Deus (Gn. 1.26,27; 2.17; Rm.
5.12-19). Apesar de tudo, podemos ter a certeza que a provisão do Senhor em
Jesus Cristo é suficiente para salvar a todos que nEle confiam, pois Ele, como
bem expressou João Batista, é o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”
(Jo. 1.29).
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, J. R. A. O Cremos da
Assembleia de Deus. São Paulo: Reflexão, 2017.
SOARES, E. A razão da nossa
fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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