Aviva, Senhor, a tua obra
Houve um tempo em que os crentes gostavam de orar. Nessa época eles murmuravam pouco, por falta de tempo e de oportunidade e não perdiam nenhum ensejo para apresentar sua adoração, sua oração e sua intercessão diante do Trono do Pai.
Houve um tempo em que os cultos não eram um espetáculo, senão um cenáculo espiritual.
Houve um tempo em que os pastores se dedicavam à leitura da Palavra. Eles não se envolviam com política, nem secular nem eclesiástica. Eles não viviam obcecados por títulos e cargos, quer na sua comunidade, quer no âmbito nacional.
Houve um tempo que as Convenções eram convocadas para que os obreiros mais jovens ouvissem estudos bíblicos e experiências notáveis dos mais antigos, e assim eram fortalecidos e robustecidos: na fé e no ministério. Nesse tempo, ir a uma reunião convencional era um grande sonho, uma ardente paixão, um negócio de Deus.
Houve um tempo em que os presidentes não eram ditadores e os líderes não eram senhores de engenho. Todos viviam mergulhados no mar da graça misericordiosa do Senhor Jesus.
Houve um tempo em que a Casa de Deus não parecia com um sindicato, por ser exatamente uma assembléia dos santos.
Houve um tempo em que não havia nas igrejas círculo de oração, porque todos os crentes oravam, e não apenas uma meia-dúzia de irmãs abnegadas e de total renuncia.
Houve um tempo em que os jovens crentes não se enamoravam de senhoritas ímpias e assim o vírus do jugo desigual não se inoculava nos arraiais dos santos.
Houve um tempo em que não se cantava nem se pregava por dinheiro e assim a inspiração fluía sem tropeços, o púlpito não era balcão de barganhas e nem de aplausos para homens, porque o louvor se destinava exclusivamente a Deus.
Houve um tempo em que os cultos não eram shows, os ministros não eram artistas e os santos de Deus não eram galera.
Houve um tempo em que os compositores de hinos não eram sacoleiros, os cantores não tinham empresários e os pregadores não eram galãs.
Houve um tempo em que os crentes não deixavam de ir aos cultos por causa das novelas, as crianças não deixavam de ler a bíblia por causa dos videogames e os adolescentes não deixavam de jejuar por causa das lan-houses.
Houve um tempo em que jovens crentes se respeitavam mutuamente e deixavam as práticas de intimidade sexual para depois da cerimônia de matrimônio no altar sagrado.
Houve um tempo em que as moças crentes casavam virgens, os rapazes crentes eram abstinentes e os motéis não eram jamais por eles visitados.
Houve um tempo em que falar mal dos pastores era abominação e ser infiel a Deus era apostasia.
Houve um tempo em que se pregava a misericórdia, o perdão, o arrependimento e o juízo de Deus.
Houve um tempo em que a letra sacra dos hinos inspirados não era abafada pelo barulho ensurdecedor das baterias.
Houve um tempo em que os Congressos eram selados com batismo com o Espírito Santo e não com jogo de luzes, bem ao estilo Holywood.
Houve um tempo em que não se pagava para ir a um evento evangélico, porque os pregadores e cantores não eram artistas.
Houve um tempo em que "os mais belos hinos e poesias foram feitos em tribulação" e os que os apresentavam ao público jamais sonharam comparadas de sucesso.
Houve um tempo em que ser pastor dependia basicamente de um chamado, uma vocação, um compromisso e um testemunho público perante a Noiva do Senhor Jesus.
Houve um tempo em que os itinerantes, especialmente aqueles que nunca pastorearam, respeitavam os pastores e se maravilhavam com o seu difícil e árduo labor.
Houve um tempo em que ganhar almas era um dever de cada membro da Igreja e excluir um membro da Igreja era uma tarefa dolorosa, sempre recebida com muita tristeza e temor.
Houve um tempo em que os pastores de Jerusalém não excluíam os membros dessa igreja porque visitaram a de Antioquia.
Houve um tempo em que mentir era pecado em qualquer lugar. Na Casa de Deus, então, era totalmente inaceitável.
Houve um tempo em que os líderes se respeitavam e se amavam; não se devoravam mutuamente.
Houve um tempo em que os peixes eram buscados lá fora, em alto mar, e não no aquário do vizinho mais próximo.
Houve um tempo em que as igrejas cresciam, devido aos batismos em águas e não às muitas cartas-de-mudança emitidas em seu favor.
Houve um tempo em que as congregações não eram agências de empregos, isto é, não se oferecia vantagens para quem a elas aderisse.
Houve um tempo em que não se trocava um cartão de membro em uma igreja por uma vaga no diaconato noutra.
Houve um tempo em que rebelião não era algo chic. Era uma ofensa profunda à santidade de Deus e quem a praticava era dito pertencer a Satanás, o pai de todas as rebeliões.
Houve um tempo que as senhoras idosas não ensinavam as mais jovens a desobedecerem seus maridos e assim as famílias eram mais estáveis.
Houve um tempo em que, no ato do convite para a salvação, não se chamava os pecadores de irmãos, e, sim, de amigos.
Houve um tempo em que ser humilde não estava fora de moda e ser simples não merecia agressões.
Houve um tempo em que ser fariseu soava estranho na Casa de Deus e jamais se veria ao menos um deles ser condecorado.
Houve um TEMPO em que jamais se sonhava que haveria UM OUTRO, tão diferente dele, que nem se poderia imaginar.
Nota:
Não escrevi esta matéria mergulhado num oceano de saudosismo inconseqüente. Fi-la, na firme esperança e na severa confiança de que aqueles tempos voltarão, antes Cristo regresse.
Que pensa o meu leitor a respeito disto?
(Extraído do Blog Point Rhema do amigo Pr. Carlos Roberto)
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Blog Não é da Conta de Ninguém
Pastor Edinaldo Domingos
ADPARAÚ
Todos vão achar este texto muito bonito e vai até haver quem se emocione. Na hora de colocar em prática nenhum de nós vai querer abrir mão de seus vícios. E logo logo vai cair no esquecimento.
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