sábado, 25 de outubro de 2014

Subsídio Escola Dominical - Lição 04 CPAD - A PROVIDÊNCIA DIVINA NA FIDELIDADE HUMANA



A PROVIDÊNCIA DIVINA NA FIDELIDADE HUMANA
Texto Áureo Dn. 3.17 – Leitura Bíblica Dn. 3.1-14


INTRODUÇÃO
No capítulo 3 de Daniel nos voltaremos para a instituição da religião humana. Veremos que Nabucodonosor decidiu construir uma imagem e que essa deveria ser adorada. No entanto, os servos de Deus, em obediência a Sua palavra, decidiram ser fiéis ao Senhor, e não se prostraram diante dela. Além de ressaltar a fidelidade de Ananias, Mizael e Azarias, destacaremos a providência divina, quando os jovens foram lançados na fornalha de fogo, para serem mortos.

1. A RELIGIÃO DE NABUCODONOSOR
Em Dn. 3, Nabucodonosor, em sua embriaguez pelo poder, constrói uma estátua. Ele pensava ser um deus, não se contentou em ser apenas humano. Esse é o princípio do pecado, tanto Lúcifer (Is. 14.14) quanto Adão e Eva quiseram ser iguais a Deus (Gn. 3.5).  A famigerada fome pelo poder tem levado alguns líderes a atitudes insanas. Alimentados pela bajulação, até mesmo os líderes evangélicos tem caído nesse pecado. Ainda bem que existem aqueles que não se dobram diante desse servilismo. Os cultos às celebridades evangélicas estão causando estragos às igrejas. Há aqueles que se negam a cultuar o ser humano, dando-lhe a glória que somente pertence a Deus. A religião de Nabucodosor se destaca pelo totalitarismo, apenas a sua palavra é final, com ninguém se aconselha. A consciência dos seus súditos é controlada a fim de manter sua opressão. Esse tipo de liderança é perigosa, porque escraviza as pessoas, e as coisifica (Dn. 3.7,8). Esse tipo de religião não vê pessoas, apenas súditos a serem usados, que podem ser descartados. Muitas pessoas estão sofrendo, algumas delas fazendo tratamento médico, por causa de feridas causadas em nome de Deus. Uma marca dessa religiosidade babilônica é a intriga, o pouco caso em relação aos outros. Existem inclusive aqueles que trabalham para denunciar aqueles que não se dobram diante do autoritarismo. A inveja é a principal moeda nessas religiões neuróticas e adoecedoras (Dn. 3.12). Os vassalos do rei denunciaram os jovens servos de Deus, a fim de tirar proveito daquela condição. A fidelidade a Deus, no entanto, deve ser  inegociável, ainda que venhamos a perder privilégios. Mais importante que está no auge é se encontrar no centro da vontade de Deus (Rm. 12.1,2). Nem sempre a maioria tem razão, a verdade está na Palavra de Deus, essa é a voz de Deus. A religião de Nabucodonosor é farisaica, e foi denunciada por Jesus, por causa do culto ao exterior, em detrimento do interior (Mt. 23).

2. A FIDELIDADE DOS SERVOS DE DEUS
Como testemunhas de Deus, devemos nos posicionar, mesmo diante de ameaças (Dn. 3.15). Há crentes que têm medo de perseguições, por isso buscam conveniências, às vezes fazendo concessões. A igreja não deixa de crescer durante a perseguição, muito pelo contrário, temos testemunhos de fidelidade justamente em tempos adversos. Devemos orar pela paz, e buscar viver bem em sociedade, mas é preciso ter cuidado, para não transformar a comodidade em comodismo. A defesa da nossa fé não precisa ser odiosa, devemos demonstrar mansidão (I Pe. 3.15), e amor, até mesmo aos inimigos (Mt. 5.44-48). A igreja de Jesus Cristo está susceptível às perseguições (II Tm. 3.12). Ainda que no futuro leis sejam aprovadas, contrárias aos fundamentos da fé cristã, não assumiremos os valores defendidos e praticados pelo mundo (I Jo. 5.19). As consequências poderão ser desafiadoras, mas devemos permanecer firmes, como fizeram os jovens na Babilônia (Dn. 3.17,18). Os cristãos continuarão a viver a partir dos princípios divinos, independentemente das circunstâncias. A morte não deve ser motivo de temor, pior que a morte é um cristianismo medíocre, que não se compromete com a verdade divina (Mt. 10.28). Nesses dias que antecedem ao pleito eleitoral, tenhamos cuidados para não nos dobrarmos diante de ideologias humanas. Também sejamos cautelosos para não nos tornarmos meros moralistas, julgando os pecadores sem dar-lhes a oportunidade de arrependimento. Se por um lado, muitos estão se dobrando diante do deus-imoralidade, outros estão, com a maior naturalidade, se deixando conduzir pelo deus-mamom. O mesmo Deus que reprova os pecados sexuais (Mt. 5.32)  também censura os adoradores do dinheiro (Mt. 6.24; I Tm. 6.10).  Somente Deus deve ser adorado, essa é a mensagem contundente de Jesus, profética para os dias atuais (Mt. 4.10).

3. A PROVIDÊNCIA DO SENHOR
Os jovens, fiéis servos do Senhor, foram lançados na fornalha de fogo ardente, resultante da fúria insana de Nabucodonosor (Dn. 3.15). Ele mandou aquecer a fornalha sete vezes (Dn. 3.19) e mandou amarrá-los antes de lança-las no fogo (Dn. 3.20). Nem sempre Deus livra os seus servos da fornalha, mas na fornalha (Is. 43.1-30). Os cristãos que não querem mais sofrer, e que fogem da possibilidade de perseguição, não compreenderam o preço do discipulado (Mt. 16.24). Há uma cruz a ser carregada, com C. S. Lewis, não recomendamos o cristianismo a quem quer uma religião confortável. A fé cristã nos tira do lugar comum, nos lança diante da adversidade, também da incompreensão. Por causa da nossa fé, podemos ser tratados como a escória do mundo, não poucas vezes assumidos como loucos (I Co. 1.17-23). Mesmo diante das perseguições, podemos confiar em Deus, Jesus prometeu estar conosco (Mt. 28.20). Justamente nas horas mais adversas, quando somos perseguidos por causa do amor a Cristo, sentimos mais de perto a Sua presença. Aqueles que são perseguidos na defesa do evangelho são bem-aventurados (Mt. 5.11,12). Deus promete, no meio da perseguição, nos dá o escape, mesmo que esse venha com a morte. A galeria dos heróis da fé de Hb. 11 é uma demonstração dessa verdade. O Senhor pode decidir ser glorificado através da passagem dos seus servos para a eternidade. Estevão se tornou o primeiro mártir da fé cristã, mas para isso precisou sacrificar a própria vida, por amor a verdade do evangelho de Jesus Cristo (At. 7.51-60). Mas o Senhor pode soberanamente dar o livramento nesta vida, de maneira providencial como fez com os jovens judeus na Babilônia (Dn. 3.24,25). Mas eles não foram salvos para a glória pessoal, antes para dar glória a Deus (Dn. 3.26).

CONCLUSÃO
Nabucodonosor reconheceu que o Deus de Ananias, Misael e Azarias era o Deus Poderoso (Dn. 3.28,29). As atitudes da igreja, em todo o tempo, como sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13,14), devem apontar para Cristo. Ele é Cabeça da Igreja, e nós, como corpo, devemos agir a partir dos Seus princípios. Uma igreja cristã autêntica tem compromisso com a Cabeça, não em agradar a líderes meramente religiosos (Cl. 1.18). Ainda que sejamos perseguidos, estamos certos que nada nos separará do amor de Cristo (Rm. 8.39-37).

                                Autor: Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD


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