terça-feira, 18 de junho de 2013

Lição 12 da Escola Dominical CPAD - A FAMÍLIA E A IGREJA / Subsídio Teológico





A FAMÍLIA E A IGREJA
Texto Áureo: Sl. 122.1 – Leitura Bíblica: Rm. 1.1-24

Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
A Bíblia nos ensina a chamar Deus de Pai, Abba, indicando, assim,
que somos todos parte de uma família (M6. 6.9). Na aula de hoje veremos 
a importância da integração da família cristã dentro dessa família maior. 
Ao final, destacaremos aspectos práticos a fim de envolver todos os
membros da família no contexto da igreja. Esperamos, com esta aula, 
despertar uma geração de desigrejados que não quer mais envolvi-
mento, principalmente responsabilidades com a igreja local.

1. JESUS E A SUA IGREJA
A igreja é composta por pessoas que foram salvas através do sacrifício
de Jesus Cristo. A palavra igreja vem do grego ekklesia significa assembleia,
comunidade. Em sua formação gramatical, vem de klesia (chamados) e ek
(para), dando ideia de pessoas que foram chamadas por Deus. Não 
podemos desprezar a igreja porque Cristo demonstrou Seu amor por ela 
(Ef. 5.25), derramando Seu próprio sangue (At. 20.28). Cristo está trabalhando
para apresentar uma igreja santa perante o Pai (Ef. 5.25-27). Ele é o
edificador da igreja, a Rocha que a sustenta, Sua pedra fundamental
(Mt. 16.18; I Pe. 2.4,5). Ele é o Cabeça da Igreja, isto é, a suprema
autoridade, por isso a igreja cristã não deveria ter papas, a Bíblia, a revelação
de Deus, tem a última palavra (Ef. 1.22). Sendo Ele a Cabeça, a Igreja é o 
Seu corpo, espera-se, portanto, que esta dê continuidade à obra que Ele 
mesmo iniciou (Ef. 1.23; 5.23). A igreja de Jesus Cristo existe para 
cumprir um propósito, estabelecido desde a fundação do mundo (Ef. 3.10-11).
A revelação de Deus, manifesta em Cristo, é dispensada à Igreja, que
deve levar até aos confins da terra (At. 1.8). Por isso mesmo é a igreja, e 
não qualquer outras instituição humana, a coluna da verdade de Deus, ela 
extrai, da Palavra, os fundamentos a partir dos quais vive (I Tm. 2.15).
A relação de Cristo com Sua igreja foi de sacrifício, Ele mesmo se entregou 
por Ela (Ef. 5.25). Espera-se, de igual modo, que a igreja dê continuidade
ao sacrifício de Cristo, que complete Seus sofrimentos de Cristo, não 
para salvação, mas como marca do verdadeiro discipulado (Mt. 16.24;
Cl. 1.24). Mas esse propósito unificador da igreja, por isso vivem em 
contendas (I Co. 1.10). Jesus espera que sua igreja seja uma, assim 
como Ele e o Pai são um (Jo. 17.1).

2. IGREJA, FAMÍLIA DE DEUS
Somos filhos de Deus, a Ele nos dirigimos como Aba, Pai (Rm. 8.18;
Gl. 4.1-7; I Jo. 5.19), isso mostra a importância da metáfora familiar 
na constituição da igreja. Como membros da família de Deus, temos
profunda inmidade com o Pai (Rm. 8.15), Jesus Cristo é nosso irmão
mais velho (Rm. 8.29), fomos adotados pelo Pai em Cristo
(Gl. 4.1-7), não somos mais escravos (Rm. 8.15). Por conseguinte,
nos tornamos coerdeiros de Deus em Cristo (Rm. 8.17),
participando da Sua morte e ressurreição (Rm. 8.11-13), 
do Seu Espírito Santo (Rm. 8.14,15), feitos a imagem de Deus 
(Rm. 8.29), nascidos de Deus (I Jo. 5.4). Essa filiação implica em
responsabilidade, pois devemos viver em obediência, em conformidade 
com o caráter do Pai (Ef. 5.1; I Pe. 1.14-17). A metáfora familiar para
se referir à igreja é bastante comum nos escritos de Paulo. Em I Tm. 1.2,18
o Apóstolo chama Timóteo, seu cooperador, de filho na fé. E orienta para que
o jovem pastor de Éfeso tratasse os mais velhos, na igreja, como pais e mães
(I Tm. 5.4,5). Por isso, os membros da igreja devem ser tratados como partes
de uma mesma família (I Tm. 5.1,2), mostrando cuidado um com o outro
(I Tm. 5,5,16). A relação da família com a igreja é revelada por 
Paulo em I Tm. 3.4.,5, colocando a governabilidade daquela como critério
para o ministério pastoral. A família cristã, por conseguinte, é uma extensão
da igreja, não há como a igreja ter saúde se as famílias tiverem problemas.
O marido e a mulher devem viver em conformidade com a Palavra de Deus,
em amor (Ef. 5.22,23). No contexto do lar, bem como na igreja, o amor-agape
deve ser a base dos relacionamentos. Sem o amor-agape, a igreja, e também
a família, não passará de barulho, mera formalidade (I Co. 13.1,2).

3. ENVOLVENDO A FAMÍLIA NA IGREJA
O envolvimento da família na igreja local é uma necessidade, não apenas
para a continuidade da congregação, mas também para os próprios
membros da família. Estamos nos deparando, nesses dias, com um
movimento contrário à igreja. Tais grupos argumentam que
a igreja, em sua institucionalização, nada tem de bíblica. 
É bem verdade que a institucionalização extremada da igreja pode resultar
em engessamento. Mas a alternativa é a do equilíbrio, não devemos 
incentivar o desprezo pela congregação, como é costume de alguns
(Hb. 10.25). Os desigrejados pensam que estão contribuindo ao criticar
a igreja. Mas na verdade estão retirando muitos do caminho da fé cristã.
As crianças, e principalmente os mais jovens, estão sofrendo com esse 
movimento que critica a igreja. Ao invés de descartar a igreja em sua
essência, devemos investir recursos e tempo, para melhorar o convívio
em tal contexto. As igrejas devem fazer todo possível para que as famílias
se integrem aos trabalhos congregacionais.  Uma igreja com saúde busca,
prioritariamente, a construção de relações duradouras entre as pessoas. 
Muitas igrejas locais estão perdendo a graça, literalmente, porque se 
tornaram ambientes de opressão. O amor, que é a vida da igreja, 
não é mais cultivado, as pessoas querem apenas cargos, ao invés de
servirem uns aos outros (Cl. 3.22). A igreja local precisa ser um espaço 
no qual as pessoas possam se relacionar, não apenas tirar vantagens,
mas contribuírem com sua edificação, não apenas física, também espiritual.
Há igrejas que, tal como a de Laodiceia, têm templos suntuosos, bastante
confortáveis, mas que as pessoas não se sentem parte de uma mesma família
(Ap. 3.17). Não podemos esquecer que a igreja somos nós, por isso, ela
será o que cada membro for. As famílias precisam ir à igreja, não apenas 
por obrigação, mas para adorar a Deus, e servirem uns aos outros em amor. 
A liderança cristã deve investir para que o ambiente eclesiástico seja agradável,
mas sem abrir mão dos princípios bíblicos, sobretudo do seu papel
fundamental, proclamar a verdade do evangelho de Jesus Cristo.

CONCLUSÃO
No Sl. 122 o salmista expressa sua alegria ao ser convido para ir ao 
Templo, a Casa do Senhor. Nós, os cristãos, não dependemos mais
de um espaço físico determinado para adorarmos a Deus, pois Ele busca
adoradores, que o façam em espírito e em verdade (Jo. 4.24). Isso, no entanto,
não deve ser argumento para as pessoas se distanciarem do templos, que 
continuam sendo ambiente de adoração, principalmente de exposição das
Escrituras. A família cristã pode resgatar o mesmo princípio do salmista,
e se alegrar pela oportunidade de ir ao Templo, considerando que, ali, 
se relacionará com outros cristãos (I Co. 12.12-19), poderá orar coletivamente
(Mt. 18.20), e crescer na doutrina de Deus (I Co. 14.26).

BIBLIOGRAFIA
DeYOUNG, K., KUCK, T. Por que amamos a igreja. São Paulo: Mundo
Cristão, 2010.
HUGHES, K., HUGHES, B. Disciplinas da família cristã. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2006.



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Blog Não é da Conta de Ninguém
Pastor Edinaldo Domingos




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