A FAMÍLIA E A IGREJA
Texto Áureo: Sl.
122.1 – Leitura Bíblica: Rm. 1.1-24
Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
A Bíblia nos ensina a chamar Deus de
Pai, Abba, indicando, assim,
que somos todos parte de uma família (M6. 6.9). Na aula de hoje veremos
que somos todos parte de uma família (M6. 6.9). Na aula de hoje veremos
a importância da integração da
família cristã dentro dessa família maior.
Ao final, destacaremos aspectos práticos a fim de envolver todos os
membros da família no contexto da igreja. Esperamos, com esta aula,
despertar uma geração de desigrejados que não quer mais envolvi-
mento, principalmente responsabilidades com a igreja local.
Ao final, destacaremos aspectos práticos a fim de envolver todos os
membros da família no contexto da igreja. Esperamos, com esta aula,
despertar uma geração de desigrejados que não quer mais envolvi-
mento, principalmente responsabilidades com a igreja local.
1. JESUS E A SUA IGREJA
A igreja é composta por pessoas que
foram salvas através do sacrifício
de Jesus Cristo. A palavra igreja
vem do grego ekklesia significa assembleia,
comunidade. Em sua formação
gramatical, vem de klesia (chamados) e ek
(para), dando ideia de pessoas
que foram chamadas por Deus. Não
podemos desprezar a igreja porque
Cristo demonstrou Seu amor por ela
(Ef. 5.25), derramando Seu próprio
sangue (At. 20.28). Cristo está trabalhando
para apresentar uma igreja santa
perante o Pai (Ef. 5.25-27). Ele é o
edificador da igreja, a Rocha que
a sustenta, Sua pedra fundamental
(Mt. 16.18; I Pe. 2.4,5). Ele é o
Cabeça da Igreja, isto é, a suprema
autoridade, por isso a igreja
cristã não deveria ter papas, a Bíblia, a revelação
de Deus, tem a última palavra
(Ef. 1.22). Sendo Ele a Cabeça, a Igreja é o
Seu corpo, espera-se, portanto, que
esta dê continuidade à obra que Ele
mesmo iniciou (Ef. 1.23; 5.23). A
igreja de Jesus Cristo existe para
cumprir um propósito, estabelecido
desde a fundação do mundo (Ef. 3.10-11).
A revelação de Deus, manifesta em
Cristo, é dispensada à Igreja, que
deve levar até aos confins da
terra (At. 1.8). Por isso mesmo é a igreja, e
não qualquer outras instituição humana,
a coluna da verdade de Deus, ela
extrai, da Palavra, os fundamentos a
partir dos quais vive (I Tm. 2.15).
A relação de Cristo com Sua
igreja foi de sacrifício, Ele mesmo se entregou
por Ela (Ef. 5.25). Espera-se, de igual
modo, que a igreja dê continuidade
ao sacrifício de Cristo, que
complete Seus sofrimentos de Cristo, não
para salvação, mas como marca do
verdadeiro discipulado (Mt. 16.24;
Cl. 1.24). Mas esse propósito
unificador da igreja, por isso vivem em
contendas (I Co. 1.10). Jesus espera
que sua igreja seja uma, assim
como Ele e o Pai são um (Jo. 17.1).
2. IGREJA, FAMÍLIA DE DEUS
Somos filhos de Deus, a Ele nos dirigimos
como Aba, Pai (Rm. 8.18;
Gl. 4.1-7; I Jo. 5.19), isso
mostra a importância da metáfora familiar
na constituição da igreja. Como membros
da família de Deus, temos
profunda inmidade com o Pai (Rm.
8.15), Jesus Cristo é nosso irmão
mais velho (Rm. 8.29), fomos
adotados pelo Pai em Cristo
(Gl. 4.1-7), não somos mais
escravos (Rm. 8.15). Por conseguinte,
nos tornamos coerdeiros de Deus
em Cristo (Rm. 8.17),
participando da Sua morte e
ressurreição (Rm. 8.11-13),
do Seu Espírito Santo (Rm. 8.14,15),
feitos a imagem de Deus
(Rm. 8.29), nascidos de Deus (I Jo.
5.4). Essa filiação implica em
responsabilidade, pois devemos
viver em obediência, em conformidade
com o caráter do Pai (Ef. 5.1; I Pe.
1.14-17). A metáfora familiar para
se referir à igreja é bastante
comum nos escritos de Paulo. Em I Tm. 1.2,18
o Apóstolo chama Timóteo, seu
cooperador, de filho na fé. E orienta para que
o jovem pastor de Éfeso tratasse
os mais velhos, na igreja, como pais e mães
(I Tm. 5.4,5). Por isso, os
membros da igreja devem ser tratados como partes
de uma mesma família (I Tm.
5.1,2), mostrando cuidado um com o outro
(I Tm. 5,5,16). A relação da
família com a igreja é revelada por
Paulo em I Tm. 3.4.,5, colocando a
governabilidade daquela como critério
para o ministério pastoral. A
família cristã, por conseguinte, é uma extensão
da igreja, não há como a igreja
ter saúde se as famílias tiverem problemas.
O marido e a mulher devem viver
em conformidade com a Palavra de Deus,
em amor (Ef. 5.22,23). No
contexto do lar, bem como na igreja, o amor-agape
deve ser a base dos
relacionamentos. Sem o amor-agape, a igreja, e também
a família, não passará de
barulho, mera formalidade (I Co. 13.1,2).
3. ENVOLVENDO A FAMÍLIA NA IGREJA
O envolvimento da família na igreja
local é uma necessidade, não apenas
para a continuidade da
congregação, mas também para os próprios
membros da família. Estamos nos
deparando, nesses dias, com um
movimento contrário à igreja.
Tais grupos argumentam que
a igreja, em sua
institucionalização, nada tem de bíblica.
É bem verdade que a institucionalização
extremada da igreja pode resultar
em engessamento. Mas a
alternativa é a do equilíbrio, não devemos
incentivar o desprezo pela congregação,
como é costume de alguns
(Hb. 10.25). Os desigrejados
pensam que estão contribuindo ao criticar
a igreja. Mas na verdade estão
retirando muitos do caminho da fé cristã.
As crianças, e principalmente os
mais jovens, estão sofrendo com esse
movimento que critica a igreja. Ao
invés de descartar a igreja em sua
essência, devemos investir
recursos e tempo, para melhorar o convívio
em tal contexto. As igrejas devem
fazer todo possível para que as famílias
se integrem aos trabalhos
congregacionais. Uma igreja com saúde busca,
prioritariamente, a construção de
relações duradouras entre as pessoas.
Muitas igrejas locais estão perdendo a
graça, literalmente, porque se
tornaram ambientes de opressão. O amor,
que é a vida da igreja,
não é mais cultivado, as pessoas querem
apenas cargos, ao invés de
servirem uns aos outros (Cl.
3.22). A igreja local precisa ser um espaço
no qual as pessoas possam se
relacionar, não apenas tirar vantagens,
mas contribuírem com sua edificação,
não apenas física, também espiritual.
Há igrejas que, tal como a de
Laodiceia, têm templos suntuosos, bastante
confortáveis, mas que as pessoas
não se sentem parte de uma mesma família
(Ap. 3.17). Não podemos esquecer
que a igreja somos nós, por isso, ela
será o que cada membro for. As
famílias precisam ir à igreja, não apenas
por obrigação, mas para adorar a Deus,
e servirem uns aos outros em amor.
A liderança cristã deve investir para
que o ambiente eclesiástico seja agradável,
mas sem abrir mão dos princípios
bíblicos, sobretudo do seu papel
fundamental, proclamar a verdade
do evangelho de Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
No Sl. 122 o salmista expressa sua
alegria ao ser convido para ir ao
Templo, a Casa do Senhor. Nós, os
cristãos, não dependemos mais
de um espaço físico determinado
para adorarmos a Deus, pois Ele busca
adoradores, que o façam em
espírito e em verdade (Jo. 4.24). Isso, no entanto,
não deve ser argumento para as
pessoas se distanciarem do templos, que
continuam sendo ambiente de adoração,
principalmente de exposição das
Escrituras. A família cristã pode
resgatar o mesmo princípio do salmista,
e se alegrar pela oportunidade de
ir ao Templo, considerando que, ali,
se relacionará com outros cristãos (I
Co. 12.12-19), poderá orar coletivamente
(Mt. 18.20), e crescer na
doutrina de Deus (I Co. 14.26).
BIBLIOGRAFIA
DeYOUNG, K., KUCK, T. Por que amamos a igreja. São Paulo:
Mundo
Cristão, 2010.
HUGHES, K., HUGHES, B. Disciplinas da família cristã. Rio de
Janeiro:
CPAD, 2006.
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Blog Não é da Conta de Ninguém
Pastor Edinaldo Domingos
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