Além de amigos e familiares, o velório e o enterro de Sóstenes Apolos contaram com a presença de diversos políticos, comprovando a influência e o respeito do religioso. Líder evangélico era conhecido pela vanguarda e o trabalho social
Balões brancos, aplausos e um coro de centenas de vozes entoando o hino Fiel Senhor. Assim foi a despedida do pastor evangélico Sóstenes Apolos da Silva, morto aos 64 anos, devido a complicações de um câncer raro, na noite de segunda-feira. O canto de louvor era um dos preferidos dele e emocionou os fiéis durante o enterro realizado na tarde de ontem, no Cemitério Campo da Esperança. Já o velório do líder religioso reuniu, à tarde, mais de 5 mil pessoas no Ginásio de Esportes da Polícia Militar.
O líder religioso deixou mulher, três filhos e quatro netos: saudade
Pai amoroso. Líder espiritual vanguardista e inovador. Um homem que transitava entre os políticos, mas respeitava as diferenças entre os poderes do Estado e da igreja. Esses foram alguns dos adjetivos atribuídos durante a cerimônia de adeus ao pastor Sóstenes Apolos, um homem que liderava mais de 2 mil pessoas no templo da L2 Sul e sabia de cor o nome de cada um dos seguidores.
O velório do pastor foi organizado no Ginásio de Esportes da PM: emoção
Além de políticos, como a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de quem Sóstenes era conselheiro e guia espiritual; do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); e do presidente da Câmara Legislativa, Wasny de Roure (PT); representantes de diversas unidades da Federação vieram a Brasília para prestar as últimas homenagens ao religioso. Entre eles o presidente da Assembleia de Deus de Belém, no Pará — também chamada de Igreja Mãe das Assembleias do Brasil por ser a primeira —, pastor Samuel Câmara. "Ele fazia o que era justo e não contrariava a igreja. Era um grande amigo de confidências. Tínhamos identidade de visão e de propósitos da igreja", disse.
O religioso destacou ainda que o pastor Sóstenes foi o primeiro, na Assembleia de Deus, a dar a oportunidade para que as mulheres se tornassem pastoras. A ex-ministra Marina Silva participou do velório e do enterro do líder. Ela não falou com a imprensa, mas no perfil dela em uma rede social divulgou a seguinte nota de pesar: "Um homem amável, de coração generoso e dedicado à comunidade, deixa grande tristeza e imensa saudade. Que Deus console a todos nesse momento de luto, especialmente a esposa, os três filhos, as noras e os netos".
Uma das secretárias do pastor, Elizabete Couto, 57 anos, conviveu com o pastor por 17 anos. Para ela, a lembrança que fica é a do "paizão". "Se alguém chegava precisando de uma agulha, ele arrumava. Se precisava de R$ 10 mil, ele fazia de tudo para conseguir. O amor que tinha pelas pessoas e pelo campo missionário era enorme. Ele dava a vida dele pelas missões", relembra.
O corpo do pastor Sóstenes chegou ao ginásio da Polícia Militar às 14h04. A orquestra da igreja entoou o hino Mais perto quero estar do meu Deus. Todos os presentes se levantaram e, mesmo após o fim do canto, permaneceram de pé, em silêncio. Muitos não contiveram as lágrimas. Idosos e pais acompanhados dos filhos enfrentaram o clima abafado do local
e fizeram fila para passar diante do caixão.
Emocionado, o governador Agnelo Queiroz (PT) lamentou a morte do líder religioso. "É uma perda enorme. Era amigo pessoal dele e tenho muita admiração pelo intenso trabalho social e espiritual desenvolvido ao longo dos anos. O pastor Sóstenes era um homem muito querido e respeitado", afirmou.
Bastante emocionada, a família do pastor chegou ao ginásio por volta das 14h30. O corpo do religioso deixou o local no fim da tarde e alcançou o Cemitério Campo da Esperança às 17h20. Nessa hora, o pôr do sol pintou o céu de laranja. O adeus ao líder que inspirou milhares de pessoas no DF e nos arredores teve mais orações, hinos religiosos, balões brancos soltos no ar e uma demorada salva de palmas.
Sóstenes era baiano de Feira de Santana. Graduou-se em teologia pela Escola Preparatória de Obreiros Evangélicos (EPOE) do Rio de Janeiro. Também foi engenheiro agrônomo, com mestrado em informática. Filho de pastor, era atuante na igreja desde a adolescência. Em janeiro de 1987, assumiu a presidência da Assembleia de Deus do Plano Piloto. Era casado com Heronildes, com quem teve três filhos: Daniel Silva, Habner Lemuel e Misael Hermon. Ele também deixa quatro netos: Victor Mateus, Pedro Henrique, Karinna Esther e Viviane.
Extraído do Blog do Pr. Ival Teodoro
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Pastor Edinaldo Domingos
O velório foi em Brasília ou no Acre ?
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