A NECESSIDADE E A URGÊNCIA DO
CULTO DOMÉSTICO
Texto Áureo: Dt. 11.19 – Leitura
Bíblica: Dt. 11.18-21; II Tm. 3.14-17
Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
O lar e a igreja são parte de um todo, por isso, o
culto doméstico, como
extensão do culto no templo, deve ser uma prática
constante. Na aula
de hoje trataremos a respeito do valor do culto
doméstico, mas antes,
mostraremos sua base bíblica, e ao final,
apresentaremos algumas
orientações prática para a realização do culto no
lar. Esperamos que
através dessa aula as famílias cristãs sejam
despertadas para a
necessidade e a urgência do culto doméstico.
1. CULTO DOMÉSTICO, A BASE BÍBLICA
A família precisa ter oportunidade de cultuar a
Deus não apenas no
templo, mas também em casa, no ambiente do
lar cristão. O fundamento
bíblico para o culto doméstico se encontra em
Dt.11, mais especificamente
no versículo 19, no qual está escrito: “E
ensinai-as a vossos filhos, falando
delas assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te,
e levantando-te”. A influência dos pais, na
formação espiritual dos filhos,
é atestada por Josué, ao declarar: “Mas se vos
parece mal servirdes ao
Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se
aos deuses a quem
serviram os vossos pais, que estavam além do
Rio, ou aos deuses dos
amorroeus, em cuja terra habitais. Porém, eu e a
minha casa serviremos
ao Senhor” (Js. 24.15). A palavra servir, em
hebraico, é abad, e significa
trabalhar, atuar, dando ideia que os pais
devam se esforçar para repassar
para os filhos os valores divinos. O próprio
Abraão foi escolhido pelo Senhor
“a fim de que ele ordene a
seus filhos e a sua casa depois dele, para que
guardem
o caminho do Senhor” (Gn.
18.19). O verbo guardar, em hebraico,
é shamar, com o sentido de “dar atenção”,
mostrando, assim, que
o ensinamento é fundamental no processo de
formação da visão cristã
dos filhos. Em consonância com esse
princípio, em Dt. 6.6,7, o povo
de Deus recebe a seguinte instrução: “E estas palavras, que hoje te ordeno,
em
tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te”.
No Novo Testamento, Paulo instruiu aos pais,
para que esses, criem seus
filhos na disciplina e admoestação do Senhor”
(Ef. 6.4). Disciplina, em grego,
é paideia, que tem a ver com tutoria, ou
instrução. Isso quer dizer que
os pais precisam educar, e se for o caso, corrigir
seus filhos para que esse
aprendam a temer, e sobretudo, amar a Deus. A
palavra admoestação, em
grego, é nouthesia, que reforça a necessidade de
adverti-los mediante a
Palavra de Deus, para que eles vivem de acordo com
as orientações do
Senhor. Timóteo, o jovem pastor, é um exemplo de
uma criança que foi instruída,
desde a tenra idade, nas Sagradas Letras, que o
fizeram sábio para a salvação
(II Tm. 3.15), tal ensinamento partiu da sua
avó, Lóide, e da sua mãe, Eunice
(II Tm. 1.2-5).
2. A IMPORTÂNCIA DO CULTO DOMÉSTICO
O culto doméstico tem grande valor, o principal deles
é a comunhão que
proporciona no lar, na medida em que os
membros da família se unem
para adorar a Deus. A família moderna está
sendo solapada pela inversão
de valores, dentre eles o isolamento. Pais e
filhos já não conseguem mais
se relacionar, cada um se isola em seu
espaço, seja ele físico ou virtual.
Por isso é urgente que pais e filhos passem a
ter momentos juntos na
presença de Deus, a fim de lerem a Bíblia, orarem e
cantarem hinos de louvor.
Outro valor do culto doméstico é que esse
deixa marcas indeléveis para toda
vida dos filhos. Como está escrito em Pv.
22.6, quando o filho é ensinado na
Palavra, é menos provável que esse venha a se
desviar quando adulto.
E, se isso vier a acontecer, ele carregará,
por toda vida, as instruções
que recebeu na infância. Esse é também um
momento de partilha, não
apenas de problemas, mas também de conquistas, e
uma oportunidade
singular para tirar dúvidas. O culto
doméstico tem um papel fundamental
no contexto familiar a fim de espiritualizar as
relações. Não podemos esquecer
que vivemos em uma época marcada pelo secularismo.
A programação televisiva,
e até mesmo as escolas, estão pautadas em
valores contrários à Palavra de
Deus. Através da realização do culto
domestico, pais e filhos podem dialogar
a respeito dos valores do Reino. Nesse
momento todos param suas atividades
para ficarem juntos, somente esse motivo já é
suficiente, tendo em vista que as
pessoas não conseguem mais se relacionarem,
nem mesmo dentro do mesmo
ambiente físico. A tecnologia está roubando o tempo
das famílias, é muito
tempo dedicado à televisão e à internet, e quase
nada à meditação na
Palavra de Deus. Os momentos de adoração, no culto
doméstico,
favorecem um clima de piedade no lar. Os
poucos minutos destinados
ao culto doméstico contribuíram para que a família,
não apenas dentro,
mas também fora do lar, possam ter atitudes
mais piedosas (I Tm. 4.7).
3. ORIENTAÇÕES PARA O CULTO DOMESTICO
O culto doméstico não precisa ser demorado, na
verdade, é bom que tenha
curta duração, não mais que meia hora. É preciso
considerar que vivemos
em meio a uma sociedade agitada, as pessoas estão
assoberbadas de
tarefas, inclusive os filhos. Por isso, é melhor
fazer um culto doméstico
com a duração de 10 minutos diários do que fazer
uma vez apenas com
uma hora de duração. O horário deve ser apropriado
à participação de
todos, a fim de que, na maioria das vezes, os
membros da família estejam
presentes. Se não tiver como realizar o culto
doméstico todos os dias, todo
o esforço deve ser empreendido para que esse seja
feito pelo menos uma
vez por semana. A escolha do(s) hino(s) que ser(ão)
cantado(s) é fundamental,
é importante que seja do agrado de todos,
principalmente das crianças.
A leitura da Bíblia também deve ser bem
pensada, é importante que seja
um texto curto, de fácil compreensão, e que tenham
caráter tanto instrutivo
quanto devocional. A alternância na leitura é
um aspecto importante,
respeitando inclusive as diferentes versões que são
utilizadas. Dependendo
mesmo da faixa etária dos filhos, pode ser
necessário a utilização de
uma versão mais simples, com uma linguagem mais
contemporânea.
Comentários rápidos poderão ser acrescentados ao
texto, evidentemente
os pais poderão dar início à exposição, mas é
produtivo ouvir o que os
filhos têm a dizer a respeito do texto. A
oração é um elemento essencial
no culto doméstico, cada membro da família
deve ter a oportunidade
para fazer seu pedido. Nenhum pedido deoração deve
ser motivo de
reprovação. O respeito pelas necessidades
individuais é condição
necessária para o êxito no culto doméstico.
Essa é uma oportunidade
para aprender a colocar os mais simples
problemas na presença do
Senhor. É importante também que os membros da
família se alternem
na oração, que todos tenham a oportunidade de
elevar sua voz a
Deus, através de uma oração simples, sem
palavras muito difíceis,
sobretudo com sinceridade de coração.
CONCLUSÃO
O culto doméstico está sendo esquecido em muitos
lares cristãos.
Por causa da correria desses dias, muitos já não
mais têm tempo
para reunir a família para cultuar a Deus. É importante que pais
para reunir a família para cultuar a Deus. É importante que pais
e mães sejam despertados para a realização do culto
doméstico,
mesmo que esse tenha curta duração, pelo menos uma
vez com
semana. Que essa seja uma oportunidade para
crescer no temor,
sobretudo no amor ao Senhor. O culto
doméstico não precisa
ser um espaço apenas de repreensão, mas também de
edificação,
de alegria na presença de Deus (Mt. 19,20).
BIBLIOGRAFIA
MARCELLINO, J. Redescobrindo o tesouro
perdido do culto
familiar. São José dos Campos: Fiel, 2004.
MERKH, D. 1001 ideias criativas para o
culto doméstico. São Paulo:
Voxlitteris, 2003.
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Blog Não é da Conta de Ninguém
Pastor Edinaldo Domingos
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