quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Subsidios para Escola Dominical Lição 08 - O LEGADO DE ELIAS



INTRODUÇÃO
A vida e o ministério de Elias deixam muitas lições para os cristãos deste tempo.
 Ele foi um homem de Deus que foi relevante para a sua época.
 Apesar da crise estatal, e das suas próprias limitações humanas,
 foi uma voz profética para aquela geração. Nesta lição trataremos a
 respeito do seu legado, sua sucessão por Eliseu, e as qualidades que
 fazem com que ele seja digno de ser lembrado.

1. A SUCESSÃO DE ELIAS
Elias tinha consciência da sua transitoriedade, mais que isso, 
reconhecia a necessidade de um sucessor. Por isso, próximo de
 ser tomado pelo Senhor em um redemoinho, partiu de Gilgal,
 mas em companhia de Eliseu (II Rs. 2.1). Essa é uma característica
 fundamental de todo homem ou mulher que exerce função de
 liderança na igreja. Jesus deu o exemplo preparando Seus
 discípulos ao longo do ministério. Paulo formou filhos na fé que
 foram capazes de conduzir o rebanho de Deus. O movimento
 evangélico no Brasil está em crise. Muitos pastores não 
vislumbram mais o futuro da obra, muito menos os valores do
 Reino. Eles querem se eternizar em seus cargos, têm receio de
 perderem “a benção” terrena. A maioria deles não prepara
 sucessores para assumir a obra quando partirem. E quando
 o fazem, escolhem não com base na orientação de Deus,
 mas nas conveniências pessoais. Aqueles que estavam próximos
 a Elias sabiam que Eliseu seria o sucessor, e o próprio 
Eliseu também (II Rs. 2.2-6). Certamente Eliseu se 
destacou na escola dos profetas, ele era aquele aluno
 que chamou a atenção do mestre. As pessoas a quem 
Deus chama têm um potencial que não pode ser
 negado. Elas geralmente são as mais interessadas nas
 “escolas dos profetas”. A preparação faz parte do processo
 de formação de um líder, ele precisa tanto de conhecimento
 teórico quanto prático. As escolas e institutos bíblicos,
 bem como as Escolas Dominicais exercem papel
 preponderante na formação de líderes. Se quisermos
 encontrar líderes que queiram dar continuidade à obra de Deus, 
não desprezemos aqueles que estão nesses contextos.  

2. O TRANSLADO DE UM PROFETA
Antes de ser transladado Elias passou por um percurso geográfico e,
 ao mesmo tempo, espiritual. Ele estava em Gilgal, depois seguiu
 a Betel, somente depois ao Jordão. Gilgal foi o princípio, naquele
 lugar Josué acampou com o povo de Israel (Js. 4.19). Depois Elias 
prosseguiu para Betel, um lugar de oração, onde Abraão edificou um
 altar ao Senhor (Gn. 12.8). Somente depois ele partiu para Jericó,
 o lugar da batalha, e finalmente para o Jordão, de onde subiu.
 Aquela jornada fazia parte também da formação dos seus
 sucessores. Eliseu reconheceu a necessidade de acompanhar
 Elias naquele momento. O sucessor do profeta prometeu não deixá-lo
 sozinho, sabia do valor do homem de Deus (II Rs. 2.6). A ausência 
de comunhão entre os líderes deste tempo é algo preocupante.
 A competitividade se instaurou de tal maneira no seio da igreja
 que os pastores não conseguem mais confiar uns nos outros. 
Eles estão sempre disputando terreno, querendo ser um maior 
do que outro. A insegurança tem feito com que muitos adoeçam
 tanto no corpo quanto na alma. Precisamos desesperadamente de
 “eliseus” entre os pastores. Líderes em quem se possa confiar, 
principalmente nos momentos mais difíceis. Essas pessoas podem,
 como Eliseu, desejarem o ministério profético, e até mesmo o pastorado,
 pois excelente coisa almeja (I Tm. 3.1,2), respeitando o tempo de Deus.
  Aqueles que passam o cajado, devem saber quando devem fazê-lo para 
não sacrificar a obra de Deus. Elias fez um pedido ousado, queria ser
 profeta. Não estava pedindo comodidade, antes um ministério
 atuante. Esse é o principal problema de alguns líderes eclesiásticos,
 eles não querem assumir o preço do ministério profético. A seara
 continua grande, mas os ceifeiros ainda são poucos (Mt. 9.37).
 Nem todos querem ir para a seara, preferem os grandes centros,
 onde há status e riqueza. Eliseu não pediu para ser sacerdote,
 mas profeta, essa é uma diferença que não pode ser desconsiderada. 
Pedir a porção dobrada no ministério não significava, como 
alguém possa pensar, maior visibilidade. Com a porção dobrada 
viriam maiores exigências, e por conseguinte, grandes responsabilidades.

3. DIGNO DE SER LEMBRADO
Enquanto Elias e Eliseu conversavam, veio, repentinamente, um 
carro de fogo, com cavalos de fogo e separou os dois. Eliseu viu,
 admirado, quando Elias foi tomado ao céu em um redemoinho
 (II Rs. 2.11). É interessante observar que Deus também pode
 manifestar sua presença em momentos simples do cotidiano. 
Jesus disse que onde estivessem dois ou três reunidos em Seu
 nome ali Ele se encontraria (Mt. 18.18-20). Há quem 
pense que o Senhor somente se manifesta nos grandes encontros.
 Deus tomou Elias enquanto os dois conversavam, certamente
 a respeito das maravilhas do Senhor. Precisamos valorizar mais
 as coisas pequenas da igreja, não apenas os eventos vultosos.
 Eliseu aprendeu muito com os momentos que esteve a sós com 
Elias, em conversas, talvez, despretensiosas. Os discípulos de Jesus
 extraíram verdades, que se encontram registradas nos evangelhos, 
a partir de diálogos simples. A conversa de Jesus com 
Nicodemos (Jo. 3) e com a Mulher Samaritana (Jo. 4) são dois 
exemplos dessa verdade. O líder que será lembrado não é
 aquele que ver multidões, mas pessoas. Elias é lembrado porque 
o seu ministério esteve focado sobretudo em gente, não em 
estruturas sociais, distanciadas de Deus. Muitos líderes eclesiásticos
 ficarão na lembrança de poucos. Eles fazem autopromoção em
 demasia, pois já sabem que cairão no esquecimento. Mas Elias,
 e todos aqueles que têm compromisso com a Palavra de Deus,
 serão identificados. Acazias soube, pelas características, que Elias
 era o profeta de Deus (II Rs. 1.3-8). Esta geração carece de
 verdadeiros homens e mulheres que sirvam ao Deus vivo e
 verdadeiro (I Rs. 17.1). Elias foi também lembrado por ser um
 homem de oração (Tg. 5.17,18). Os líderes eclesiásticos
 precisam orar mais e brigar menos, somente assim poderão
 dar glória a Deus, falar a palavra dEle, e não a deles mesmos (I Rs. 18.36).

CONCLUSÃO
O mesmo poder que esteve sobre Elias está disponível para 
os cristãos hoje (Ef. 3.18-21), não apenas em porção dobrada,
 mas em abundância (Jo. 16.23; At. 1.8; 2.2-4). Para recebermos
 precisamos orar, pois esta é a vontade Deus, dar o Seu Espírito
 à Igreja (Lc. 11.11-13). Muitos não receberam o Seu poder porque 
não pedem, nõ se interessam, querem apenas bênçãos materiais (Tg. 4.2,3). 
A vontade de Deus é que sejamos cheios do Espírito Santo, peçamos, pois,
 Ele nos atenderá (I Jo. 2.14,15). Mas não nos afastemos das Escrituras, 
saibamos manuseá-la, para sermos aprovados por Deus (II Tm. 3.16,17).

BIBLIOGRAFIA
GETZ. G. Elias: um modelo de coragem e fé. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.
SWINDOLL, C. R. Elias: um homem de heroísmo e humildade. São Paulo:
 Mundo Cristão, 2001.

FONTE: Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

___________________________________


Blog Não é da Conta de Ninguém
Pastor Edinaldo Domingos
AD em Coronel João Pessoa - RN


.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pode comentar.... Não é da Conta de ninguém!